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    Arquivo: Edição de 15-02-2011

    SECÇÃO: Arte Nona


    Grande Prémio de Angoulême 2011 para Art Spiegelman

    O Grande Prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême 2011, que decorreu de 27 a 30 de Janeiro, foi atribuído a Art Spiegelman.

    VINHETA ART SPIEGELMAN
    VINHETA ART SPIEGELMAN
    O Grande Prémio do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême 2011, que decorreu de 27 a 30 de Janeiro, foi atribuído a Art Spiegelman.

    Nascido em 1948, em Estocolmo, no seio de uma família polaca que escapou aos campos de concentração, foi contudo nos Estados Unidos que Spiegelman se afirmou como um dos maiors quadrinistas do nosso tempo.

    Participa, na juventude, em várias publicações underground, mas é a revista que cria, em 1980, com a sua companheira Françoise Mouly, consagrada como uma das mais importantes publicações dos Estados Unidos, que o lança em definitivo, como editor e como autor – a “Raw”.

    Aí se publica toda a vanguarda da ilustração e da banda desenhada americana, como Gary Panters ou Charles Burns, tal como muitos autores europeus da craveira de Joost Swarte, Francis Masse, Javier Mariscal, Jacques Tardi, etc., que faz assim descobrir aos leitores americanos.

    Mas é com “Maus”, uma extraordinária história em que o desenhador desenvolve uma crónica autobiográfica (em que se combinam a relação difícil com o pai e as recordações do holocausto), usando personagens animais humanizadas (ratos para os judeus e gatos para os nazis), que o seu génio é definitivamente consagrado. A obra é reconhecida como obra-prima da banda desenhada, mas também da narrativa em geral, sendo-lhe atribuído o prestigiado Prémio Pulitzer, o que sucedeu pela primeira vez a um quadrinista.

    O Festival de Angoulême já tinha antes, em 1988, consagrado Maus (tomo 1) como o Melhor Álbum Estrangeiro, o mesmo acontecendo com o segundo tomo, agora no ano de 1993.

    Nos anos 90 Art Spiegelman colabora com o prestigiado jornal “The New Yorker”, aí assinando várias obras, nos mais diversos registos: “The Wild Party”, a partir de um poema de Joseph Mancure March, “Open Me… I’m A Dog”, um livro para crianças e “Crime Does Not Pay”, uma comic opera, de que realiza o libreto e os figurinos.

    Muito marcado pelos acontecimentos trágicos do 11 de Setembro, aos quais assiste em Nova York, faz aparecer em 2004 “In The Shadow of No Towers” (editado em em francês com o título “A l’ombre des tours mortes”, publicada pela Casterman), onde se exprime de novo o seu olhar agudo num campo muito largo que vai da política ao universo dos comics.

    Mais recentemente, em 2008, os leitores puderam apreciar uma nova edição do seu primeiro livro, “Breakdowns”, acompanhado de algumas estórias inéditas. No ano seguinte, em 2009, aparece “Be A Nose”, uma surpreendente compilação dos seus cadernos de croquis.

    Por: AVE/Julie Rhéaume (*)

    (*) Da Organização do Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Adaptação e tradução livre de “A Voz de Ermesinde”.

     

     

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