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    Arquivo: Edição de 30-01-2011

    SECÇÃO: Destaque


    ELEIÇÕES PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 2011

    Ermesinde e Valongo: Cavaco muito abaixo dos 50% de votos validamente expressos

    No apuramento de votos para as freguesias do concelho, verifica-se que em relação às mais populosas, Ermesinde e Valongo, o voto em Cavaco é claramente inferior à votação no País, no distrito e no concelho. Assim, em Ermesinde, Cavaco não conquista mais do que 45,59% dos votos validamente expressos e, em Valongo, 47,93%.

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    A votação para a eleição do Presidente da República em Ermesinde contradiz alguns dos aspectos da votação nacional. Com Cavaco Silva a ser mais penalizado do que no País, no distrito e no concelho, verifica-se precisamente o contrário com Manuel Alegre, cujos resultados são melhores do que no País, no distrito e no concelho.

    E o mesmo se verifica em relação a Fernando Nobre.

    Na freguesia de Valongo o sentido é idêntico ao de Ermesinde, quer no que respeita a Cavaco, que desce, quer no que respeita a Alegre e Nobre, com resultados melhores. Também quanto às abstenções, que seguem o padrão do concelho, o seu nível é inferior ao do País, quer numa quer noutra das duas freguesias mais populosas.

    A maior diferença no padrão de voto entre as duas é referente à votação em Francisco Lopes, com Valongo a suplantar ligeiramente a percentagem nacional, mas com Ermesinde a ficar a mais de 1% de distância.

    Outra curiosidade muito interessante nestas duas freguesias é a elevada ocorrência do voto branco e nulo, muito superior à média nacional. Basta dizer que, em Ermesinde, o voto em branco (907) quase igualou o voto em Francisco Lopes (987), tendo atingido 5,08%, mas sendo ainda maior em Valongo, freguesia em que chegou aos 5,27%!

    De igual modo, os nulos são muito superiores à média nacional, com 2,31% em Ermesinde e 2,41% em Valongo. Isto é, em conjunto, e em números absolutos, cerca de 7% dos votantes, em Ermesinde e Valongo!

    Comparando agora estes resultados com os de há cinco anos, verifica-se, nas duas freguesias, a estabilidade relativa das percentagens de voto em Cavaco Silva. Em Ermesinde a percentagem manteve-se um pouco acima dos 45% e, em Valongo subiu até, de 45% para 47%. Mas se atentarmos agora ao número de votantes, também aqui, como em todo o País, o caso muda de figura. Se em Valongo Cavaco perde pouco (cerca de 400 votos), já em Ermesinde, a queda é de quase 1 600.

    Manuel Alegre regista, nestas duas freguesias, e ao arrepio do País, um melhor resultado do que em 2006 (sobe de 20,67% para 22,91% em Ermesinde, embora perdendo mais de 600 votos; e sobe de 19,41% para 22,49% em Valongo, onde perde apenas 24 votos).

    Numa e noutra destas freguesias, à semelhança do voto nacional, regista-se uma ligeira perda de votos comunistas em Francisco Lopes, agora, relativamente à votação em Jerónimo de Sousa há cinco anos.

    OUTRAS FREGUESIAS

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    Em Alfena, a terceira freguesia mais urbana do concelho, pelo contrário, o voto em Cavaco é superior à média nacional, o voto em Alegre ligeiramente inferior, tal como inferior é também o voto em Francisco Lopes.

    O nível de abstenção é bastante inferior à média nacional (47,06% contra 53,41%).

    Comparando os resultados destas eleições com os de há cinco anos, verifica-se que apesar de perder mais de 250 votos, a percetagem de votos validamente expressos em Cavaco aumentou, de 51,36% para 56,45%, um resultado ao invés da tendência nacional agora verificada.

    Manuel Alegre perde cerca de 200 votos, mas desce apenas ligeiramente em percentagem, de 18,34% para 18,54%.

    Também aqui nulos e brancos registam uma subida explosiva, os brancos de 1,12% para 4,51% e os nulos de 1,06% para 2,59%.

    Nas duas freguesias mais rurais do concelho, e curiosamente, com uma marcada dissimetria eleitoral entre si – Campo e Sobrado – pode dizer-se que uma das poucas semelhanças é a subida das abstenções, brancos e nulos.

    Uma e outra registam um valor da abstenção abaixo do da média nacional, mas tal é verdadeiramente significativo em Sobrado – apenas 44,7% de abstenções, contra a média nacional de 53,41%, ainda que nas últimas eleições presidenciais não tivesse ultrapassado os 30,39%.

    Freguesia com voto marcadamente à direita, Cavaco ganhou aqui com 68,06%, o melhor resultado no concelho, apenas ligeiramente inferior aos 69,20% de votos validamente expressos de há cinco anos (ainda assim perdendo mais de 400 votos), enquanto Manuel Alegre não vai além dos 14,09%, o pior resultado no concelho, embora ganhando 5 votos em relação a 2006, e crescendo, em percentagem de votos validamente expressos, de 11,74% para 14,09%.

    Por fim, e ao contrário da anterior, a freguesia de Campo, marcadamente de esquerda, regista a maior votação do concelho em Francisco Lopes 17,8% dos votos validamente expressos, embora uma percentagem inferior à conquistada por Jerónimo de Sousa nas eleições presidenciais de há cinco anos atrás (21,51%).

    A concentração de votos no candidato comunista não impede, contudo, que também Manuel Alegre registe aqui a maior votação no concelho (24,57%), muito superior ao resultado de 2006, tanto em percentagem de votos validamente expressos (tinha obtido 20,02%), como em número de votantes (já que subiu de 888 para 936).

    Brancos e nulos são aqui (como em Sobrado) claramente inferiores à média nacional.

    A votação em Fernando Nobre, na freguesia de Campo, é ligeiramente inferior à média nacional (13,15% contra 14,10%), mas bem superior à obtida pelo presidente da AMI em Sobrado, freguesia onde não ultrapassou os 8,99%!

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    Por: LC

     

     

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