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    Arquivo: Edição de 30-10-2010

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    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    Conferência internacional sobre a Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV)

    Fotos CNO/CSE
    Fotos CNO/CSE
    Nos passados dia 12 e 13 de Outubro, no Centro de Congressos do Tagus Park, em Oeiras, realizou-se a Conferência Internacional sobre a Aprendizagem ao Longo da Vida, promovida e organizada pela Universidade Aberta, com o Alto Patrocínio do Presidente da República e com o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia - Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Estiveram presentes, neste evento, a coordenadora do Centro de Novas Oportunidades do Centro Social de Ermesinde, Albertina Alves, e o técnico de diagnóstico e encaminhamento, Florentino Silva, com o fim de conhecerem as linhas orientadoras, directrizes e metas da Aprendizagem ao Longo da Vida no contexto europeu.

    A conferência sobre ALV foi um momento de balanço e de apresentação de perspectivas sobre a educação e formação de adultos, entre o passado, o presente e o futuro, onde se frisou a Estratégia 2020, aprovada pelo Conselho da Europa em Junho de 2010, sobre «o papel da educação e formação para a concretização de um objectivo central de crescimento inteligente, sustentável e inclusivo».

    Os trabalhos, nestes dois dias, subordinaram-se à reflexão em torno de quatro temas nucleares, a saber: a ALV no Ensino Superior; a ALV e ensino a distância; ALV e creditação de competências; e, projectos europeus em ALV.

    Nas intervenções mencionaram-se várias vezes os argumentos que justificam e balizam a actuação e definição das políticas públicas, no contexto europeu, relativamente à educação e formação de adultos. E, das perspectivas apresentadas, destacaram-se os objectivos horizontais da ALV, previstos pelo desenvolvimento de estratégias de aprendizagem contínuas e coerentes. Mas também a orientação específica ligada ao tema da empregabilidade que, nas suas várias componentes, visa a melhoria da qualidade dos sistemas de educação e de formação, de forma a responder às exigências decorrentes da aprendizagem ao longo da vida. Por fim, um enfoque particular nas instituições de Ensino Superior, por representarem insubstituíveis centros de preparação dos cidadãos para a vida e para a aquisição de competências transversais.

    Os conferencistas esclareceram ainda as necessidades subjacentes ao consenso a nível europeu sobre esta dinâmica formativa na actual conjectura e a sua tendência para o futuro. Referindo que a ALV surge hoje como factor determinante para uma adaptação da Europa à globalização das economias e da concorrência, mas também como resposta à actual mudança das estruturas sociais e familiares, em muito pressionadas pela evolução demográfica, envelhecimento generalizado e aumento das migrações. Como foi contado, as circunstâncias associadas a uma nova sociedade, em crescente, na sua heterogeneidade cultural, têm sido influenciadas pelas novas populações, facilitadas pela mobilidade física e virtual. Os discursos apontaram, igualmente, como principais implicações, a transição da sociedade industrial para a sociedade da informação e do conhecimento, com uma relação directa sobre as mudanças dos processos de produção e das formas de organização do trabalho, muito devido à aceleração das mutações tecnológicas e ao impacto da tecnologia digital.

    Da conferência resultou, dos discursos, uma definição da Aprendizagem ao Longo da Vida (ALV), como: «todas as actividades de aprendizagem intencional desenvolvidas ao longo da vida, em contextos formais, não formais ou informais, com o objectivo de adquirir, desenvolver ou melhorar os conhecimentos, as aptidões e as competências, no quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou profissional».

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    Dos aspectos essenciais da ALV, perspectivou-se, como foi referido, «a consolidação da sociedade do conhecimento, sem aumentar as desigualdades sociais nem a exclusão social». Prevendo-se, também, que a ALV venha contribuir como «factor decisivo no combate a vários tipos de assimetrias (regionais, sociais, sexuais, etárias…)», esperando-se que se revele como «solução para os baixos níveis de habilitação e de qualificação das populações, sobretudo dos menos favorecidos». Salientou-se ainda que a ALV poderá servir os propósitos das rápidas reconversões profissionais da generalidade da mão-de-obra, por constituir-se como «a modalidade de formação que melhor garante a intertransferibilidade entre Educação-Formação-Trabalho».

    Em suma, da conferência resultou a importância do actual programa europeu de educação e formação, consubstanciado no Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, que estará em vigor até ao final de 2013, mas que representará o grande desafio estratégico dos próximos anos na Europa. Desde o Ensino Pré-Escolar até ao Ensino Superior, passando pela Formação Profissional, a ALV, também reforçada pelas possibilidades do Ensino a Distância, abrange todas as dimensões sociais, assumindo «a marca distintiva das novas sociedades do século XXI». Como diziam Luís Capucha e Santiago Castillo: «O futuro passa por este conceito de Aprendizagem ao Longo da Vida».

    Por: Florentino Silva

     

     

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