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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 30-09-2010

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    Largo da feira velha forçou 2ª revisão do Orçamento da Junta de Freguesia

    Reuniu no passado dia 18 de Setembro, tendo como principal ponto da Ordem de Trabalhos a discussão e votação da 2ª Revisão do Orçamento da respectiva Junta, a Assembleia de Freguesia de Ermesinde. Numa discussão muito breve o documento viria a ser aprovado por maioria (PS/PSD/CDU/independente ex-CDS), embora com os votos contra da Coragem de Mudar.

    Raul Santos anunciou ter colocado esta força política em tribunal devido a um comunicado que ela fez publicar e em que seria acusado de conivência com a chamada da polícia à Assembleia de Freguesia em sessão anterior daquele órgão.

    Realce para uma recomendação proposta pela CDU quanto à conclusão do ramal ferroviário de Leixões.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Rapidamente aprovada a acta da reunião anterior, com elogios à sua redacção por parte de Jorge Videira (Coragem de Mudar), iniciou-se a discussão da proposta de 2ª Revisão Orçamental, em grande parte justificada com as obras no largo da feira velha.

    Jorge Aguiar, da Coragem de Mudar, começou logo com a acusação de incompetência por causa de uma nova alteração do Orçamento da Junta.

    Tavares Queijo anunciou o voto favorável dos eleitos do PS, posição que manuel Dias, do PSD, também sustentou, defendendo que as alterações introduzidas no Orçamento da Junta deveriam ser reflectidas na Assembleia de Freguesia, que é o seu Parlamento.

    Recordou depois a próxima comemoração do Centenário da República, tendo convidado os presentes a participar nas iniciativas que terão lugar no concelho de Valongo dia 4 de Outubro.

    A revisão viria a ser aprovada com quatro votos contra (Coragem de Mudar).

    João Queirós, da CDU, leu uma declaração de voto na qual lembrava a necessidade de cumprir tudo o que constava no Plano de Actividades. Pelo contrário, Jorge Videira considerou que as obras no largo da feira deveriam ter, desde o início, exigido em orçamento, as verbas necessárias para a obra.

    PERÍODO DE ANTES

    DA ORDEM DO DIA

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    O presidente da Assembleia, Raul Santos, foi o primeiro a usar da palavra para se referir ao caso da chamada da PSP à última sessão, uma situação considerada vergonhosa e inaceitável.

    Por isso mesmo ele próprio e o senhor presidente da Junta tinham tentado junto do comissário responsável pela esquadra de Ermesinde, apurar o autor da chamada da polícia.

    Por isso não poderia permitir as acusações que a Coragem de Mudar, em texto enviado para o Painel Partidário de “A Voz de Ermesinde” de 10 de Julho de 2010 lhe tinha dirigido, ao acusar o presidente da Junta e o da Assembleia de se porem ao lado das duas forças políticas maioritárias para, por um lado tentar impedir pela repressão a utilização da liberdade de expressão. Por outro lado, brincando com os profissionais da polícia, chamando-os para depois dizerem que era a brincar, numa clara canalhice própria de alguma criança mais irreverente, mas indigna de eleitos locais».

    Raul Santos anunciou por isso ir interpor uma acção nos tribunais contra a Coragem de Mudar.

    Jorge Videira interveio a seguir, rejeitando que a Coragem de Mudar tivesse acusado Raul Santos de chamar a polícia, acusando-o isso sim de não ter ido mais longe nas démarches para apurar o(s) autor(es) do telefonema para a polícia.

    Acusou depois a Mesa de não ter dado conhecimento aos eleitos da Coragem de Mudar de alguns eventos públicos ou de os avisar na véspera, por e-mail, como teria acontecido com as comemorações do XX Aniversário da Cidade de Ermesinde.

    Por fim acusou a Junta de Freguesia de proceder a demasiadas revisões do Orçamento – duas nos últimos cinco meses, solicitando finalmente alguns esclarecimentos sobre certas rubricas inscritas no Orçamento agora revisto.

    Seguiu-se-lhe a intervenção de João Queirós, da CDU, que alertou para que a prometida arborização da cidade teria que ser feita nos próximos meses de Inverno.

    Quis ainda saber o estado do projecto do berçário da Junta e, finalmente, apresentou duas recomendações à Assembleia. A primeira para que se tomem as medidas tendentes à abertura plena do ramal ferroviário de Leixões, ligando Ermesinde a Matosinhos, incluindo a paragem prevista num apeadeiro junto ao Hospital de S. João, sob pena de, confrontado com o actual relativamente reduzido volume de passageiros, tal se apresente futuramente como «razão» para a desactivação do ramal.

    A segunda para que se adoptem as medidas tendentes à modernização dos serviços da Segurança Social em Ermesinde, inclusive passando estes para um novo local, tendo em conta «a existência na freguesia de edifícios capazes de corresponder a esta finalidade».

    O socialista Tavares Queijo chamou a atenção para que esta era a altura indicada para a limpeza de bermas, valetas e linhas de água, para evitar males maiores na época das chuvas e solicitou a colocação de um semáforo na Avenida Duarte Pacheco, junto da bomba da Repsol.

    Por fim congratulou-se pela abertura ao trânsito da passagem subterrânea de Miguel Bombarda e com o facto de estar em marcha o Plano de Emergência Social.

    Jorge Aguiar, da Coragem de Mudar, gracejou com a falta de cinzeiros à entrada da Junta (um remoque a Luís Ramalho).

    Manuel Costa do PS protestou contra o já referido texto da Coragem de Mudar (“Canalhices, mentiras e ilegalidades...”), declarando não admitir as ofensas daquela força política e acusando-a de descer a um nível muito baixo. «Em política não vale tudo», comentou.

    Américo Silva (PS) avisou sobre situações de falta de visibilidade na zona da passagem subterrânea de Miguel Bombarda e voltou a lembrar o passeio abatido, há quase meio ano na esquina da Ramalho Ortigão com a Júlio Dinis. Sugeriu também um único sentido na zona.

    Carlos Santos, independente ex-CDS, alertou para que no antigo edifício da Junta na Rua do Passal ainda existiriam documentos de grande valor histórico.

    Jorge Videira encerraria este período de intervenções, antes das respostas do presidente da Junta declarando que a Coragem de Mudar não tinha ofendido nem os ermesindenses nem a Assembleia, e que esperava então a decisão do tribunal quanto às ofensas a Raul Santos.

    Luís Ramalho começaria precisamente por responder a este último quanto à questão do número de revisões do orçamento, lembrando a Jorge Videira que no último mandato deste tinham sido feitas sete alterações orçamentais! Acrescentou ainda que o orçamento era dinâmico e que a lei previa que se fizessem alterações, sendo até a primeira revisão de natureza obrigatória.

    Sobre o berçário lembrou que este só avançaria desde que houvesse financiamento.

    PERÍODO DEPOIS

    DA ORDEM DO DIA

    Dado que o tempo de intervenções para o período antes da Ordem do Dia tinha sido esgotado, um novo período de intervenções teve lugar no final da sessão, tendo começado Jorge Aguiar, da Coragem de Mudar, por considerar que o recentemente editado Roteiro da Cidade de Ermesinde mais não era do que um folheto publicitário.

    João Arcângelo, da mesma força política, inquiriu sobre o estado da abertura do novo posto dos CTT na zona Bela/Sampaio e quis ver esclarecida a mera posição de parceiro da Junta de Freguesia de Ermesinde relativamente à Lipor, de facto a instituição responsável pelo projecto Terra a Terra.

    Sobre o Roteiro, Luís Ramalho responderia que tinha sido autorizada pela Junta à empresa responsável pela edição e preparação do Roteiro, a inclusão de textos do livro de Jacinto Soares (editado pela Junta), precisamente para lhe dar uma maior consistência. Quanto ao posto dos CTT esperava que este estivesse aberto em Outubro, esclarecendo que ficaria situado não em Sampaio, onde não foi viável, mas o mais perto possível.

    INTERVENÇÕES

    DO PÚBLICO

    Após o primeiro período de informações gerais por parte do presidente da Junta, e cuja principal notícia foi a próxima eleição de Miss e Mister Ermesinde, passou-se ao período de informação do público, sendo a única intervenção a de Artur Costa, ex-membro da Junta de Freguesia eleito pelo PS.

    O freguês pediu uma resposta da Junta quanto às questões de segurança em volta da antiga fábrica de Sá, às árvores mortas e sua substituição em frente ao edifício Carlos Gonçalves, e declarou-se «crítico acérrimo» de certas intervenções do público que estabelecem diálogo com a mesa. Vinha isto a propósito do estado da Rua Simões Lopes, que realmente estava em mau estado há muito tempo, mas de que ele, Artur Costa, não seria responsável, pois teria estado na Junta, sim, mas na oposição, ao contrário do actual presidente, que questionava sobre o estado das coisas. Luís Ramalho responderia que há algum atraso, mas devido ao facto de que além do calcetamento da rua, estar prevista a colocação de árvores.

    Por: LC

     

     

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