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    Arquivo: Edição de 15-04-2010

    SECÇÃO: Tecnologias


    Categorias de software livre e não livre – pequeno glossário (2)

    Eis um glossário das várias categorias de software mencionadas amiúde nas discussões sobre software livre. Nele explica-se que categorias se sobrepõem ou são parte doutras categorias

    (conclusão).

    foto
    Software

    semi-livre

    O software semi-livre não é livre, mas vem com permissão para que os indivíduos o possam usar, distribuir e modificar (incluindo distribuição de versões modificadas) sem objectivo de lucro. Um exemplo conhecido de programa semi-livre é o PGP.

    Do ponto de vista do GNU, o software semi-livre é muito melhor que o software proprietário, mas ainda tem problemas, não sendo viável usá-lo num sistema operativo livre.

    As restrições que inclui a licença copyleft estão desenhadas para proteger as liberdades essenciais para todos os utilizadores. Para o GNU a única justificação para uma restrição substantiva no uso dum programa é com o fim de prevenir que alguém poda juntar outras restrições, considerando que os programas semi-livres têm restrições adicionais puramente egoístas.

    Resulta impossível incluir software semi-livre num sistema operativo livre, já que as condições de distribuição do sistema operativo como um todo som a conjunção das condições de distribuição de todos os programas que inclui. Juntar um programa semi-livre ao sistema converteria o dito sistema em semi-livre. E o GNU não deseja que isso ocorra pelas seguintes razões:

    * Pensamos que o software livre deveria ser para todo o mundo - incluindo empresas - e não só para o âmbito educacional ou para amadores. E desejamos convidar as empresas a usar todo o sistema GNU, portanto não podemos incluir nenhum programa semi-livre.

    * As distribuições comerciais de sistemas operativos livres, incluindo os sistemas GNU/Linux, são muito importantes, e os utilizadores apreciam poder comprar distribuições comerciais em CD-ROM. A inclusão dum programa semi-livre num sistema operativo impediria a sua distribuição em CD-ROMs comerciais.

    A Fundação para o Software Livre não tem objectivos de lucro, e portanto poderia legalmente empregar internamente programas semi-livres, mas não o fazemos, já que consideramos que isso soabotaria os nossos esforços com vistas a obter programas equivalentes para incluir no GNU. Se existe um trabalho que peça uma determinada peça de software, até não se elaborar um programa livre que cubra tais necessidades o sistema GNU tem um vazio, e portanto apoiará os projectos para cobrir o dito vazio. Porém, se no projecto GNU empregássemos software semi-livre para cobrir o dito vazio, teríamos menos interesse em escrever um programa livre alternativo, assim não o fazemos.

    Software

    proprietário

    O software proprietário é aquele que não é nem livre nem semi-livre. O seu uso, modificação ou redistribuição está proibida, ou requer solicitar permissão, ou está restringido de tal forma que é praticamente impossível fazê-lo livremente.

    A Fundação para o Software Livre segue a regra de não instalarmos nenhum programa proprietário nos nossos computadores, salvo temporariamente para o propósito específico de escrever uma alternativa livre ao dito programa. Fora disso, cuidamos de que não haja desculpa possível para instalar um programa proprietário.

    Por exemplo, consideramos justificado instalar Unix no nosso computador nos anos 80, devido a que o estávamos a empregar para escrever uma alternativa livre ao dito Unix. Hoje em dia, dado que já é possível obter sistemas operativos livres, a desculpa já não é aplicável, de forma que eliminamos dos nossos computadores os sistemas operativos não livres, e em cada novo computador que instalamos deve correr um sistema operativo completamente livre.

    Tampouco insistimos em que os utilizadores de GNU, ou os colaboradores de GNU, tenham que seguir tal regra. É uma regra para uso interno. Ainda que esperemos que você decida segui-la também.

    Freeware

    O termo “freeware”' não tem uma definição claramente aceite, sendo usada comummente para os pacotes que permitem redistribuição mas não modificação (e que o seu código fonte não é acessível). Estes pacotes não são software livre, pelo que cumpre evitarmos empregar “freeware” como sinónimo de software livre.

    Shareware

    A licença shareware permite provar o programa um número determinado de vezes ou de dias, e redistribuir cópias, mas se alguém quer continuar a usar a cópia deve pagar pelo software.

    O shareware não é software livre, nem semi-livre, por duas razões:

    * Na maioria dos casos o código fonte não é acessível, e por isso não se pode modificar o programa.

    * A licença shareware não permite copiar e instalar um programa sem pagar, mesmo a utilizadores individuais sem objectivo de lucro. (Na prática muitas pessoas ignoram as condições de distribuição e fazem-no de todas as maneiras, mas as ditas condições não o permitem).

    Software

    comercial

    O comercial é software elaborado por uma companhia pensando em cobrar pelo seu uso. "Comercial" e "proprietário" não são a mesma cousa. A maioria do software comercial é proprietário, mas há software livre comercial e software não comercial que não é livre.

    Por exemplo, Ada de GNU distribui-se sempre ao abrigo da GPL de GNU, e cada cópia é software livre; mas os seus desenvolvedores vendem contratos de suporte. Quando os seus vendedores falam com possíveis clientes, às vezes estes dizem: «Sentir-nos-íamos mais seguros com um compilador comercial». Então os vendedores respondem: «Ada de GNU é um compilador comercial, ainda que seja software livre».

    Para o projecto GNU o importante é que Ada de GNU é software livre; o facto de ser ou não comercial não é um ponto crucial. Porém, o desenvolvimento adicional do Ada de GNU procedente da empresa que o suporta é claramente benéfico.

    Por: FREE SOFTWARE FOUNDATION (*)

    (*) Texto traduzido e adaptado por nós a partir da versão galega.

     

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