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    Arquivo: Edição de 15-01-2010

    SECÇÃO: Destaque


    NOTÍCIAS DO CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

    A posse dos novos corpos sociais do Centro Social de Ermesinde

    Em cerimónia realizada no passado dia 4 de Janeiro no Salão Nobre da instituição, e com a presença de muitas individualidades, tomaram posse os novos corpos sociais do Centro Social de Ermesinde (CSE), cuja Direcção é de novo presidida por Henrique Queirós Rodrigues.

    Estiveram presentes uma forte delegação da Câmara Municipal de Valongo, composta pelo seu vice-presidente João Paulo Baltazar, e ainda os vereadores Arnaldo Soares e Maria Trindade Vale, o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, e o presidente da UDIPSS-Porto, Artur Borges.

    Lino Maia, presidente da CNIS, que entretanto necessitou de se ausentar, também esteve presente ao início da cerimónia.

    O acto de posse, dada a ausência do presidente da Mesa da Asembleia Geral cessante, Lúcio Barbosa, actualmente presidente do Supremo Tribunal Administrativo, foi dirigido pelo vice-presidente, Raul Santos, actualmente presidente da Assembleia de Freguesia de Ermesinde, e que repete o seu mandato no CSE.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    Entre os presentes encontravam-se também Casimiro Sousa, que era o presidente em exercício à data da tomada de posse (vice-presidente no início do mandato), e outros membros da Direcção cessante, como a ex-vice-presidente Ana Paula Silva, Maria Augusta Moura, António Alberto Sousa e Fernanda Lage, também directora de “A Voz de Ermesinde”.

    Um a um foram tomando posse os vários membros dos Corpos Sociais do CSE, primeiro a Mesa da Assembleia Geral, que volta a ser dirigida por Ferreira dos Santos, depois a Direcção e, finalmente, o Conselho Fiscal, agora presidido por Artur Carneiro.

    AS PALAVRAS

    DO PRESIDENTE

    DA DIRECÇÃO

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    Após o acto da posse, tomou a palavra o presidente da Direcção Henrique Rodrigues, que começou por agradecer aos associados que patrocinaram a lista única que se apresentou a sufrágio, e aos associados que foram votar.

    «Honrado com os votos de confiança» depositados nos novos corpos sociais, Henrique Rodrigues agradeceu depois a disponibilidade manifestada a todos os membros dos corpos sociais recém-eleitos e, por fim, estendeu também o seu agradecimento aos corpos sociais cessantes.

    Manifestando a sua intenção de manter o Centro Socail de Ermesinde com a visibilidade municipal, distrital e nacional que tem tido, o novo presidente da Direcção do CSE admitiu ter-se atravessado um triénio difícil, bem como difícil seria também o triénio que agora se iniciava. E para o ilustrar melhor referiu o défice previsional da instituição para o próximo ano, que embora elevado, era bem menor que o défice previsional do País. «Se o País vai vencer, nós também venceremos», concluiu.

    O presidente da Direcção referiu-se então ao grande objectivo estratégico e principal marca do último mandato, que foi conseguir para o CSE um selo de qualidade, através do processo de certificação e reafirmou o objectivo do processo de qualificação das respostas sociais, que são o ponto nuclear da instituição. Servir os utentes do CSE viria sempre em primeiro lugar, e mais ainda para aqueles que mais precisem do seu apoio.

    O esforço dos trabalhadores deve traduzir-se na melhoria do bem-estar de todos.

    Referindo-se depois aos objectivos da requalificação, aliás assumidos por protocolo de 2004 entre o Governo e as IPSS, Henrique Rodrigues comentou que esses objectivos não podem pecar por uma demasiada uniformização. E debruçando-se sobre a realidade do CSE, destacou que esta era uma instituição com cerca de 60 anos, inspirada pela obra do Padre Américo, e que não podia haver uniformização sem se perder o carisma do CSE. Os processos de mudança devem ser feitos com cuidado, avisou o presidente da Direcção. Se uma árvore é demasiado corpulenta, será melhor não a mudar, ilustrou alegoricamente, para voltar então à ideia já antes esboçada – as mudanças de qualificação e certificação devem ser feitas com prudência e sempre ao serviço dos mais pobres.

    E aludiu depois a uma questão que começa agora a a gerar-se, a de ser preciso profissionalizar a gestão. Mas isso seria o correspondente à introdução de um elemento lucrativo. Quanto a isso, a resposta de Henrique Rodrigues é que a gratuidade do voluntariado deverá manter-se – essa era uma marca dos fundadores da instituição.

    Dirigiu depois uma palavra aos trabalhadores do CSE, cujo trabalho tem tido um grande papel na visibilidade da instituição. E referiu ainda a grande proximidade entre trabalhadores e utentes.

    E sobre a situação dos trabalhadores defendeu que deve haver uma grande estabilidade, e que o local de trabalho deveria ser um lugar de bem-estar, tal era um requisito do trabalho da instituição em prol das crianças, dos jovens e dos idosos.

    E por fim deixou uma última nota, a de que as forças vivas da sociedade têm que ter a visão imediata de que qualquer pessoa que precise tem que ter aqui uma resposta, possa ou não pagar por ela. Manifestou, a encerrar o seu discurso, o objectivo de cooperação leal com todas as instituições e a vontade de manter o CSE na linha da frente das IPSS.

    OUTRAS

    INTERVENÇÕES

    Usou depois da palavra o presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Luís Ramalho, que apontou ser o CSE uma instituição que tem vindo a desenvolver um trabalho que tem sido suporte de muitas famílias, com valências capazes de cuidar de pessoas desde a mais tenra idade e pela sua vida fora.

    Luís Ramalho esperava poder estar presente em todos os momentos importantes do CSE, manifestando-se muito honrado pelo convite na presença do acto de posse.

    Seguiu-se-lhe no uso da palavra o vice-presidente da Câmara Municipal de Valongo, João Paulo Baltazar, que realçou o trabalho que tem vindo a ser feito pelo CSE, juntamente com outras IPSS do concelho, como a Santa Casa da Misericórdia de Valongo, a ADICE e o Centro Social e Paroquial de Alfena.

    Salientou depois a grande experiência do Centro Social de Ermesinde, manifestou o seu acordo para com a preocupação manifestada para com os trabalhadores por Henrique Rodrigues e terminou agradecendo o convite para estar presente, declarando a disponibilidade da Câmara Municipal de Valongo em colaborar com o CSE.

    A PALAVRA

    DOS OUTROS

    PRESIDENTES

    DA INSTITUIÇÃO

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    Usou, por fim, da palavra, Artur Borges, presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Porto, que pedindo desculpa de falar no fim, respondendo ao convite de Henrique Rodrigues, tinha consciência de fugir ao protocolo devido às entidades presentes.

    Artur Borges traçou então, brevemente, um quadro da UDIPPS, do número de instituições, do número de voluntários, do número de trabalhadores, para logo de seguida declarar que via com preocupação a intervenção do Estado na vida de muitas dessas instituições.

    Há a necessidade de salvaguardar a nossa autonomia, defendeu o presidente da UDIPSS-Porto, as formatações nem sempre têm um sentido positivo, avisou. Mas reafirmou também a disponibilidade das IPSS para o que a comunidade entender que deva ser o seu papel.

    E precisou que entendia importante que as autarquias tivessem competências a nível social, mas nunca se deveria cair na partidarização das instituições.

    Elogiando o papel do CSE, referiu depois o anterior presidente da instituição, Alberto Carvalho, pessoa precisamente saída do CSE e que estava no seio da organização de solidariedade social ao nível do distrito.

    Por fim, cumprimentou o novo presidente da Direcção, Henrique Rodrigues, estendendo nele os seus cumprimentos a toda a Direcção, a quem desejou votos de Bom Ano e saúde!

    Ferrreira dos Santos, ouvido após a contagem dos votos aquando do acto eleitoral, manifestou a sua satisfação por voltar à presidência de uma instituição pela qual tinha uma muito especial preferência.

    Também Artur Carneiro, o novo presidente do Conselho Fiscal, em contacto com “A Voz de Ermesinde” fez questão de frisar o seu desejo de uma nova caminhada, marcante, para o Centro Social de Ermesinde, em que um grupo de homens e mulheres «com rosto, com cores partidárias, com cores clubistas, com cores religiosas, ou seja com a liberdade que Abril nos deu e com a Democracia que muitos nos querem fazer esquecer», serão capazes de governar esta casa, tirando-a da situação difícil em que se encontra.

    Artur Carneiro expressou também a sua completa disponibilidade para que o Futuro da instituição viesse a ser um sucesso, dado o CSE existir para ajudar os mais desfavorecidos.

    E finalmente, a sua disponibilidade total para tudo o que o presidente da Direcção Henrique Rodrigues entendesse em que lhe poderia ser útil, não apenas para fiscalizar as contas, mas igualmente para «partilhar o dia-a-dia desta caminhada que tem como objectivo o equilíbrio financeiro», bem assim como criar mais e mais condições aos seus utentes.

    Por: LC

     

     

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