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    Arquivo: Edição de 20-12-2009

    SECÇÃO: Psicologia


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    A IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL

    A doença de Parkinson

    Este é um espaço de reflexão e diálogo sobre temas do domínio da Psicologia, que procurarei dinamizar com regularidade, trazendo para aqui os principais problemas do foro psicológico que afectam pessoas de todas as idades.

    Na qualidade de psicóloga estou disponível para os leitores de “A Voz de Ermesinde” me poderem colocar as questões que desejarem ver esclarecidas, através de carta para a redacção deste quinzenário ou para o seguinte “e-mail”: [email protected]

    Os factores emocionais são uma parte importante da síndrome de Parkinson. Os efeitos traumáticos da doença podem gerar uma grande confusão e um diagnóstico da doença de Parkinson é um acontecimento muito sério na vida de uma pessoa. O modo como o paciente interpreta e reage ao facto é muito importante. Disso vai depender a maneira como ele se sente e o que ele faz. Naturalmente, os sentimentos do paciente também afectarão as pessoas que o rodeiam, designadamente, familiares e amigos.

    A doença de Parkinson tem uma componente muito física, mas a mente também pode ser afectada. Esta doença exige que o paciente aprenda a lidar com ela tanto mentalmente como fisicamente. A maior parte dos pacientes de Parkinson mantém a capacidade de gozar a vida por longos períodos de tempo.

    Por serem normalmente muito leves, os sintomas da doença de Parkinson podem passar despercebidos nos estágios iniciais. Pode haver tremor no polegar, que vem e vai, ou uma sensação de tremor interno, ou ainda a letra escrita ficar mais pequena.

    Mas, mesmo aqueles que reconhecem sintomas iniciais e procuram ajuda, podem ter as suas preocupações descartadas por médicos que não conseguem diagnosticar a presença da doença de Parkinson num estado inicial.

    Naturalmente, os diagnósticos são difíceis quando os sintomas não aparecem externamente. Tremores internos não são prontamente observáveis. As pessoas nestas condições são frequentemente diagnosticadas como neuróticas. Normalmente, dão-lhe tranquilizantes e recomendam-lhes psicoterapia.

    Por outro lado, há pessoas que identificam o tremor em si e acreditam ter a doença de Parkinson, mas ao irem ao médico, descobrem que não.

    Estas pessoas podem sofrer de alguma outra doença que, de qualquer maneira, se assemelha à doença de Parkinson. Algumas drogas, por exemplo, produzem efeitos colaterais, que se parecem com os sintomas desta doença.

    Os doentes que ignoram os seus sintomas podem adiar a identificação da doença de Parkinson. Quando o diagnóstico é feito, ficam surpreendidos por não terem de percebido antes os sinais da sua doença até serem forçados a fazê-lo.

    ACEITAR

    A SUA CONDIÇÃO

    Aqueles que aceitam sua condição e procuram informar-se sobre ela são capazes de programar melhor a sua convivência com a doença, de forma inteligente. Os que tentam escondê-la das pessoas à sua volta, e até de si mesmos, enfrentam uma longa série de episódios mentalmente dolorosos. Em tais circunstâncias, a luta para negar o que está realmente a acontecer pode produzir anos de tensão e ansiedade.

    A maneira como o indivíduo rege ao diagnóstico da doença de Parkinson depende, em grande parte, da maneira como ele encarava a vida antes da doença.

    É importante reconhecer, contudo, que a doença de Parkinson é uma experiência singular. Não se pode reagir a ela como se fosse um problema menor. Ele não desaparece e é provável que piore com o tempo.

    Apesar de alguns casos progredirem extremamente devagar, outros evoluem muito rapidamente. Em caso algum, no entanto, isso pode ser previsto com antecedência. O que quer que aconteça, o paciente da doença de Parkinson precisa aceitá-la como parte da sua vida.

    Por vezes é difícil evitar focalizar o elemento desastre da doença de Parkinson, o que pode causar mais dor emocional e intensificar os próprios sintomas.

    Tanto quanto possível, o melhor é concentrar-se no lado positivo da vida, adoptar a postura do "eu vou fazer o melhor que puder"! Muitos pacientes de Parkinson acham que as suas vidas ainda são agradáveis, apesar da doença não os deixar agir do modo que agiam antes. É muito importante que os familiares próximos entendam isto, porque a sua postura e reacções frequentemente influenciam o doente.

    Uma postura positiva e de aceitação por parte do cônjuge do paciente e de outros membros da família e amigos pode ajudar a manter um espírito de bem-estar e aliviar muitos dos medos e ansiedades que podem acometer o paciente de Parkinson. Para além disso, os pacientes de Parkinson devem ser incentivados a obter as informações sobre a doença, pois eles precisam de se adaptar da melhor maneira possível.

    Por: Joana Dias

     

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