SECÇÃO: Local

Acampamento de aniversário da Fraternidade de Nuno Álvares de Ermesinde em Singeverga

Fotos JACINTO MOTA

O local do acampamento mereceu uma atenção especial de forma a proporcionar a todos os participantes um agradável convívio com a mãe natureza, com excelentes recantos apelativos a um verdadeiro retiro espiritual. O Mosteiro e a proximidade, concedida, com os monges, as suas actividades quotidianas e os seus ritos e actos religiosos tornaram este acampamento único e rico em recordações que perdurarão na memória de todos.

Apesar da chuva persistente no primeiro dia, a montagem do campo (tendas, pórtico da entrada de campo e o local do fogo de conselho), bem como das infrastruturas de apoio necessárias (cozinha e latrinas), decorreram com naturalidade e em espírito de entreajuda.

Depois da abertura oficial do campo com o hastear das bandeiras, estiveram presentes no campo, o nosso pároco Pde. João Peixoto, que muito nos honrou com a sua visita, e o D. Lourenço Moreira da Silva nosso conterrâneo, em Singeverga desde 1945, e que governou a Abadia entre 1977 e 1993.

A tarde foi preenchida com a visita ao Mosteiro acompanhados pelo D. Lourenço que guiou todo o grupo e narrou toda a história dos monges da ordem Beneditina desde o seu aparecimento na Europa e em Portugal, até à sua fundação naquela que era na altura a Casa da Quinta de Singeverga. Visitamos o Museu onde se encontra todo um espólio de peças de carácter zoológico e etnográfico, enviadas ou trazidas ao longo dos tempos pelos monges em missão em Angola e, também, uma das maiores colecções de borboletas identificadas e catalogadas existentes em Portugal. A igreja, os claustros e o salão “Beati qui habitant in domo tua domine” foram também visitados, sempre com o acompanhamento do incansável D. Lourenço que explicou a razão de todos os espaços, molduras e imagens. No final da visita, alguns elementos tiveram a oportunidade de adquirir o famoso licor de Singeverga manufacturado artesanalmente pelos monges no alambique anexo à casa de lavoura.

À noite, após o jantar e debaixo da chuva miudinha que ainda teimava em cair, realizou-se o Fogo de Conselho com a leitura das mensagens individuais de cada participante e, por cada uma, foi acesa e colocada uma vela junto à cruz de Cristo colocado num altar improvisado para o efeito. Foram ainda entregues Louvores Regionais aos elementos: José Rocha, João Martins, António Ferreira, Margarida Freitas e Jacinto Mota, pelos serviços prestados em prol da Fraternidade, alguns deles desde a sua fundação em Ermesinde. Cantou-se o Hino do Silêncio e todos recolheram às suas tendas.

O segundo dia em campo, e já com o sol a querer espreitar, começou com a visita à Citânia de Sanfins, onde todo o grupo admirou o imenso espaço outrora povoado pelos nossos antepassados e as suas construções. Aqui, juntaram-se ao grupo alguns elementos da Direcção do Agrupamento 7 do CNE de Ermesinde que quiseram estar presentes no Aniversário da FNA e com os quais confraternizaram ao longo do dia.

Depois do almoço em convívio no campo, todos regressaram à igreja onde assistiram à cerimónia das Vésperas cantadas pelos monges e participaram na procissão de Corpo de Deus nos claustros do Mosteiro.

Findas as cerimónias, o Abade D. Luís Bernardo falou particularmente a todo o grupo para agradecer a sua presença, desejar felicidades ao Núcleo e deixar o convite para futuras visitas ou actividades, na certeza de encontrar sempre as portas abertas com agrado.

Já ao final da tarde e de regresso ao campo, foram cantados os parabéns à Fraternidade pelos seus 17 anos, tendo o Presidente Edmundo apagado as velas do bolo de aniversário.

Depois de desmontado o campo, todo o grupo formado em círculo, cantou o Hino do Adeus tendo deixado no ar o desejo e a promessa de se voltarem e reunir…

Por: José Adriano Mota*

* FNA-Ermesinde