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    Arquivo: Edição de 30-06-2009

    SECÇÃO: Cultura


    “Barroco Tropical” de José Eduardo Agualusa apresentado no exterior da Biblioteca Municipal

    Foto ANDRÉ CARVALHO
    Foto ANDRÉ CARVALHO
    Os ritmos africanos do grupo Nifeco animaram as muitas dezenas de pessoas que não quiseram perder o quarto aniversário da Biblioteca Municipal de Valongo e a conversa marcada com o escritor angolano José Eduardo Agualusa.

    Depois de terem assistido ao mini espectáculo, que graças às temperaturas amenas da noite de quarta-feira decorreu no exterior da Biblioteca Municipal, os presentes deslocaram-se para o interior das instalações, onde puderam ouvir José Eduardo Agualusa a falar do seu mais recente romance: “Barroco Tropical”. Aliás, pode mesmo dizer-se que o escritor angolano fez em Valongo a primeira apresentação do livro, antecipando o lançamento da obra que decorrerá apenas no próximo dia 24 de Junho, em Lisboa, apesar de este estar já na segunda edição.

    Durante o encontro realizado no âmbito da iniciativa “Uma Noite na Praça”, José Eduardo Agualusa explicou que no Barroco Tropical existem duas vozes, dois narradores, sendo que um é uma personagem que vem da obra “As mulheres do meu pai” - Bartolomeu Falcato. O “Barroco Tropical” retrata um futuro próximo de Luanda, mais precisamente no ano de 2020. «Trata-se de um romance num tempo mais à frente, o que permite olhar para o presente de uma forma diferente», disse, acrescentando que «alerta para determinadas dinâmicas que espero que não sejam concretizadas porque tornariam Luanda num pesadelo bem pior do que é hoje».

    Sobre o processo de escrita, Agualusa lembrou que todos os livros são únicos e cada um nasce de forma diferente. Se no caso do «Vendedor de passados» (obra editada em 16 países) o escritor sonhou com a personagem principal, dando origem a um conto e depois ao romance, nas «Mulheres do meu pai» partiu do desafio de uma realizadora inglesa que pediu um guião relacionado com as mulheres em África e a música. Já no caso do Barroco Tropical, a escrita aconteceu depois de Agualusa ter acordado com a voz da cantora, uma das narradoras do romance.

    Finalmente, José Eduardo Agualusa frisou que este romance é a sua obra literária “mais fantasiosa” de sempre, apesar de ter sido já considerada pelos jornalistas como uma espécie de reportagem da realidade de Luanda. «Isto acaba por ser um elogio para o escritor». «Um bom livro é aquele que nos inquieta, que nos provoca», disse.

    Por: Fomento d'Ideias

     

     

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