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    Arquivo: Edição de 15-06-2009

    SECÇÃO: Destaque


    REUNIÃO DA JUNTA DE FREGUESIA DE ERMESINDE

    A cidade aos retalhos...

    A Junta de Freguesia de Ermesinde reuniu no passado dia 3 de Junho para apreciar sobretudo vários pedidos de subsídio e apoios a várias entidades, nomeadamente do tecido associativo, despachados positivamente, na generalidade, excepto um ou outro caso.

    Foi também, como habitualmente, uma longa reunião, em que se voltou a tratar de muitos casos já antes abordados, que contou com a intervenção atenta do freguês José Martins, e também de uma longa lista de novos problemas a resolver trazidos por outro freguês, Paulino Maia, muito colaborante com a Junta, a quem trouxe um relatório de situações para resolver e respectivas propostas.

    Para além da cidade discutida rua a rua aos retalhos, destaque para a intervenção de Sónia Sousa, da CDU, denunciando as péssimas condições em que se encontra o “Circuito de Manutenção” dos Montes da Costa e a degradação crescente do parque da Socer e do bairro Mirante de Sonhos.

    O Gabinete de Acção Social da Junta continuou em discussão, sendo o assunto igualmente introduzido por Sónia Sousa.

    Fotos URSULA ZANGGER
    Fotos URSULA ZANGGER
    O presidente da Junta Artur Pais, cujo destino à frente da autarquia continua incerto, iniciou a sessão com um período de informações, salientando-se a abertura do serviço de passageiros da Linha de Cintura, entre Ermesinde e Leça do Balio, prometido para Setembro. Os comboios circularão de hora a hora (nos dois sentidos), só mais tarde se estendendo o serviço até Matosinhos, após a construção de uma estação intermodal em Leça do Balio.

    Ainda em relação à ferrovia, a Refer anunciou que estaria disposta a antecipar a construção de uma passagem pedonal superior no apeadeiro da Palmilheira, já prevista no quadro do projecto de quadriplicação da linha do Porto até Ermesinde, além de outras medidas de segurança, como sinalização luminosa

    Artur Pais deu ainda conta do resultado dos contactos com a Câmara sobre a situação da passadeira “desaparecida” na Rua Elias Garcia e de cuja perigosa ausência já recentemente resultou um acidente. A Câmara de Valongo declarou que a responsabilidade de repintura da passadeira cabia à Estradas de Portugal. No decurso da reunião, membros da Junta e fregueses presentes lamentaram que este apuramento da responsabilidade se esteja a sobrepor à urgência de uma resolução, havendo mesmo quem se dispusesse a ir pintar as faixas por sua conta e risco antes que ocorresse algum acidente fatal.

    Outra informação importante foi a de que várias fontes públicas em Ermesinde, se confirma após análises se encontrarem com as suas águas impróprias para consumo (entre elas as da Formiga, Rua de Ermesinde, Bela, Elias Garcia. Foi sugerido pelo freguês José Martins apurar-se o mesmo relativamente ao tanque da Rua Miguel Bombarda.

    No período aberto ao público José Martins interveio ainda sobre a situação da passagem na Elias Garcia (que considerou “jogo do empurra”).

    O DOCUMENTO

    DE PAULINO MAIA

    Paulino Maia apresentou um documento em que elencou um extenso rol de problemas e de sugestões, de que são exemplo um semáforo a colocar no cruzamento da Rua Vila Betriz com a da Palmilheira, a reparação do pavimento nas ruas Miguel Bombarda (entre a Linha do Douro e a Elias Garcia), a Rodrigues de Freitas e a Rua das Macieiras, a necessidade de resguardos laterais no abrigo de transportes públicos junto à estação ferroviária, a construção de uma rampa para deficiente de acesso ao café da Vila Beatriz e a sua abertura ao público, a colocação de piso novo no parque infantil, a substituição do resguardo lateral por uma rede metálica que limite o ruído do bater das bolas, a remoção de uma lixeira junto ao posto da EDP na Rua José Ferreira dos Santos, a degradação da fábrica de tecidos de Sá, património da revolução industrial, a colocação de passadeiras para peões e repintura das apagadas nas ruas da Palmilheira, Filipa de Vilhena, Eng. Armando Magalhães e um pouco por toda a cidade, a proposta de criação de sentido único nas ruas 1º de Dezembro, dos Combatentes e Miguel Bombarda (entre R. da Fonte e R. Quinta do Souto), a colocação de uma protecção no campo de treino de ténis para impedir que as bolas se escapem para junto das piscinas municipais (já houve um acidente mortal), a reparação do lavadouro na Praceta Alberto Taborda, a criação de passeios para peões nas ruas da Palmilheira, Gil Vicente e Travessa 1º de Dezembro, o atravessamento integral no Parque Urbano em direcção ao parque infantil, por meio de rampa e não de escadas (para evitar quedas, como ocorre com alguma frequência), a resolução da situação perigosa de um prédio a ameaçar ruir na Rua José Joaquim Ribeiro Teles, em frente à Rua de Sá e, por fim, a colocação de uma vedação no parque da Resineira, isolando-o dos campos agrícolas e a colocação de um piso adequado na pista de caminhada, que com a chuva se transforma num lodaçal.

    A situação deste mesmo parque a degradar-se foi também objecto da denúncia da comunista Sónia Sousa, que pôs ainda em dúvida a legitimidade da designação nos Montes da Costa de um “Circuito de Manutenção” «abandonado... e sem manutenção».

    Sónia Sousa denunciou ainda a situação de «degradação generalizada» do recente Bairro do Mirante de Sonhos, que tornam inadmissível o aumento das rendas, segundo queixas dos moradores.

    A terminar a sua intervenção, a autarca apresentou um documento de reflexão sobre os propósitos do Gabinete de Acção Social, propondo «mudanças substantivas no respeitante ao conceito subjacente (...) e à operacionalização dos seus objectivos». A intervenção minuciosa de Sónia Sousa levou o Executivo a considerar o seu estudo para avaliação das medidas a pôr em prática.

    Ainda no período destinado ao público foi discutido um problema surgido no cemitério.

    Na continuação das intervenções antes da ordem do dia, destaque para a de Artur Costa, que sinalizou um problema ocorrido na ETAR de Ermesinde que, em sus opinião só demonstrava o logro da propaganda em torno da requalificação do Leça.

    Alcina Meireles acrescentaria que a ETAR de Ermesinde «não funcionava».

    “A Voz de Ermesinde” procurou posteriormente confrontar José Luís Pinto com o problema acontecido na ETAR, tendo este reconhecido a ocorrência de um pequeno problema pontual «sem gravidade» do ponto de vista químico, apesar do aspecto desagradável. O autarca sublinhou, inclusive, o surgimento de grandes quantidades de peixe no Leça em Ermesinde, o que acontece pela primeira vez em muitos anos.

    O problema ocorrido ter-se--ia devido, justificou, a um excesso do detergente usado na clarificação da água

    Discutidas ainda foram algumas questões relativas ao acesso à colónia balnear da Junta, sendo reafirmado que o acesso é gratuito e universal.

    Outros mal-entendidos discutidos tiveram que ver com o passeio da Junta, ao qual um tal “Sr. Carvalho”, que trataria de “facilitar” as inscrições, é completamente alheio.

    A QUESTÃO

    DOS SUBSÍDIOS

    foto
    No período da Ordem de Trabalhos foi aprovada a atribuição de subsídios à AACE (apoio pontual para o Encontro de Coros) e Casa do Povo (arredondado por sugestão de Alcina Meireles de 450 para 500 euros). Quanto ao apoio a um livro de crónicas de Nuno Afonso foi unanimemente decidido ver-se os custos para posterior decisão sobre o apoio, foi aprovado o pedido de 300 balões para uma actividade da Escola Secundária, não foi acolhido o pedido de um apoio por parte da Academia Attitude, por se tratar de entidade privada com fins lucrativos (questão introduzida por Sónia Sousa que mereceu o apoio de Artur Costa), foi aprovado por maioria, com os votos contra do PS o pedido de apoio da União Ciclista de Sobrado para uma prova a atravessar a cidade de Ermesinde. Os membros do PS declararam ter revisto a sua decisão favorável do ano anterior. E, por fim, foi rejeitado o pedido de apoio para obras apresentado pela Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, já que esta entidade poderia fazer uso de outros recursos que a Junta não tinha. Além disso, a Junta tinha recentemente recusado um apoio a uma entidade religiosa de outra confissão que não a católica, não sendo justo usar agora de critério diferente.

    A última situação do género discutida foi a do apoio à União Desportiva da Formiga, entidade à qual, no ano anterior, a Junta disponibilizou um espaço para as festas do ano anterior. Por se considerar esse um apoio suficiente, não foi atribuído qualquer outro.

    A questão dos subsídios provocou, no entanto, da parte de alguns membros da Junta, com destaque para Artur Costa, o comentário desagradado de que não estava ser cumprido o regulamento da atribuição de subsídios e que, isso sim, era urgente começar a pô-lo em prática.

    Foi então aprovada a constituição da comissão de atribuição de subsídios que fica constituída por Alcina Meireles, Sónia Sousa e Américo Silva.

    FINANCIAMENTO

    DAS ESCOLAS

    O último ponto discutido na reunião foi o respeitante à aprovação (unânime) do financiamento às escolas que, de acordo com o novo orçamento da Junta, passou para 13 mil euros, considerado ainda assim escasso para as necessidades. Grande polémica causou contudo a forma de distribuição destas verbas. havendo quem achasse que deviam ser distribuídas pelo número de alunos e quem achasse que deviam ser atribuídas conforme as necessidades. Também se considerou que era aos agrupamentos que devia caber a forma de redistribuir a verba por entre as suas escolas. A discussão acabou por não ser muito conclusiva.

    Por: LC

     

     

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