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Edição de 31-03-2024
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    Arquivo: Edição de 31-05-2009

    SECÇÃO: Destaque


    A CAMPANHA ELEITORAL NO CONCELHO

    Maria José Azevedo lança para a Assembleia a candidatura de João Castro Neves

    A sede concelhia da candidatura independente de Maria José Azevedo à presidência da Câmara Municipal de Valongo foi inaugurada naquela cidade no passado sábado, dia 23 de Maio.

    A iniciativa teve como maior ponto de interesse a revelação do cabeça-de-lista da Associação Coragem de Mudar à Assembleia Municipal, cuja escolha recaiu sobre João Castro Neves, que foi apresentado como «jurista de prestígio nacional e antigo docente universitário».

    Fotos MANUEL VALDREZ
    Fotos MANUEL VALDREZ
    O cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, João Castro Neves, «especialista em temas autárquicos por via da sua actividade profissional», classificou como "iníquos" muitos dos regulamentos da Câmara de Valongo e lamentou que «a maioria que tem gerido o município não privilegie o interesse público, gerindo em favor do lucro».

    «Depois de uma vida preenchida, académica e profissionalmente» – aponta em comunicado a Associação Coragem de Mudar – «João Castro Neves resolveu, pela primeira vez, envolver-se activamente numa candidatura, apoiando-se na ética kantiana para explicar a sua decisão». E o comunicado prossegue, citando as palavras do cabeça-de-lista à Assembleia Municipal: «Apoiar a Dr.ª Maria José Azevedo foi uma decisão fácil de tomar. Mas hesitei em aceitar o convite para encabeçar a lista para a Assembleia Municipal. Mas acabei por concluir: É tempo de pensar no que posso fazer pelo concelho e não de esperar no que o concelho possa fazer por mim».

    A sede concelhia da Associação Coragem de Mudar, localizada em Valongo, propiciou à candidata à Câmara Maria José Azevedo intervir sobre a situação de uma cidade que está retalhada ao meio pela auto-estrada número 4. Neste momento há um projecto em cima da mesa para que o viaduto que atravessa Valongo seja ampliado, minando ainda mais a qualidade de vida da população local. Comprometeu-se então a candidata: «Enquanto não apresentamos o nosso programa, permitam-me que os volte a alertar para uma preocupação. Não podemos permitir que a A4 venha a ser alargada no actual traçado, aumentando a divisão que separa a cidade de Valongo em duas; há alternativa, com o desvio da auto-estrada para Norte, que permitirá devolver à cidade parte do seu território e ligar as duas zonas harmoniosamente. Por isso, podem contar comigo na total oposição a que a actual auto-estrada seja duplicada pelo meio da cidade. Já basta que Valongo seja a única sede de concelho da Área Metropolitana com entrada portajada – agora, para Ermesinde, prepara-se também a reposição das portagens. Podem também contar comigo na total oposição a essa medida».

    Perante os apoiantes, Maria José Azevedo revelou-se empenhada em corporizar uma «ruptura tranquila, mas profunda» com a actual gestão autárquica, que «está adormecida e é insensível aos problemas dos seus munícipes».

    A actual vereadora, eleita pelo PS, mas em fim de mandato e em vias de colisão com o aparelho do partido, anunciou: «Porque queremos ouvir os nossos munícipes, a nossa aposta é na democracia participativa – não participe apenas com o voto – queremos também as suas propostas, sugestões, ideias. Por isso lançámos um inquérito aos cidadãos, aos empresários e às instituições – queremos que nos ajudem a fazer o nosso programa de candidatura – com um pouco de cada um, podemos fazer mais por todos – as vossas propostas serão os nossos compromissos», salientou.

    Curiosamente, a candidatura socialista rival de Afonso Lobão tem já no terreno uma iniciativa semelhante, mas cujo contacto está já a ser estabelecido por via telefónica.

    IRRESPONSABILIDADE

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    Segundo as palavras da Associação Coragem de Mudar, «os dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que Valongo é um concelho onde o rendimento per capita está 15 pontos abaixo da média nacional e 26 pontos aquém da média do Grande Porto. O que isto quer dizer é que este concelho é mais pobre do que a média do país e ainda mais pobre do que a generalidade dos municípios vizinhos». Neste quadro, Maria José Azevedo lamentou as opções seguidas pelo actual executivo camarário social-democrata.

    «Pagar por um espectáculo, com dinheiro da Câmara, 90 mil euros, é uma ofensa a quem precisa, e um desrespeito pelos que contribuem com os seus impostos para os cofres da Câmara. Gastar 90 mil euros com um espectáculo de um cantor - como será feito em Setembro - é uma ofensa a todas as Instituições culturais do concelho, que passam anos sem qualquer apoio do Município. Gastar mais de 100 mil euros em propaganda da Câmara, é irresponsabilidade, quando há fornecedores que esperam mais de um ano que a Câmara lhes pague o que lhes deve. Deixar que a dívida a curto prazo aumente, num ano, de 7 para mais de 17 milhões – sem que se veja obra feita –, é uma irresponsabilidade», denunciou Maria José Azevedo, que voltou a antecipar que a sua candidatura à edilidade não irá afixar outdoors de grandes dimensões, «que custam, cada um, o equivalente a dois salários mínimos».

    E por fim, levantando um pouco o véu sobre as suas prioridades se fosse eleita presidente da Câmara, Maria José Azevedo manifestou o desejo de que «o concelho seja conhecido em Portugal e no Mundo pela aposta exemplar que aqui será feita na Educação».

    Para atingir esse objectivo, a autarca iria «dialogar com as escolas e com os professores, procurar formas de apoiar os pais, construir parcerias com instituições de investigação e criar todas as condições para que os estabelecimentos escolares do concelho sejam conhecidos pela excelência».

    Antes da candidata interveio João Ruas, militante do PSD, que explicou os motivos por que se juntou à Associação Coragem de Mudar, realçando «a capacidade de Maria José Azevedo colocar os interesses colectivos, do concelho de Valongo, à frente dos interesses partidários». A mesma postura foi elogiada por Jorge Duarte, que nunca militou em qualquer partido, mas que participa agora activamente na candidatura de Maria José Azevedo. Odete Dias, candidata independente a presidente da Junta de Freguesia de Campo, identifica-se «com a capacidade de trabalho e de mobilização de Maria José Azevedo (…). É uma mulher capaz de arregaçar as mangas, varrer o chão e, a seguir, ainda vai escrever a sua intervenção", ilustrou.

    Por: AVE/ACM

     

     

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