Junta de Freguesia de Ermesinde acolheu curso de formação do CDS-PP
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Foto MANUEL VALDREZ |
Decorreu no passado dia 20, no auditório da Junta de Freguesia de Ermesinde, uma formação política direccionada aos militantes do CDS-PP. A iniciativa inserida na nos Cursos de Formação de 2008, contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Artur Pais, João Almeida, secretário-geral, David Tavares, da Concelhia do CDS-PP da Maia e Campos Cunha, o presidente da Concelhia de Valongo e o vice-presidente da mesma, Alexandre da Silva Teixeira.
A palestra começou com a intervenção de Artur Pais, que começou por felicitar a mesa pela iniciativa levada a cabo e recordou tempos antigos em que esteve ligado à Democracia Cristã.
O objectivo deste curso de formação é «ajudar as pessoas a perceber os procedimentos a ter em conta numa campanha eleitoral», referiu Campos Cunha.
Tivemos a oportunidade assistiu ao primeiro painel da formação que versou sobre a segurança social e foi levado a cabo por João Almeida. Este começou por explicar algumas questões relacionadas com a Caixa de Previdência e reformas. O secretário-geral frisou a evolução demográfica nada favorável a uma situação sustentável do nosso sistema. Existem dois factores associados a esta evolução demográfica, «um negativo e outro positivo, se por um lado há aumento significativo da esperança média de vida, por outro está a verificar-se uma redução na natalidade, o que leva a que haja um envelhecimento da população e consequentemente um desequilíbrio do sistema», declarou João Almeida.
Perante estes problemas o secretário-geral apresentou três possíveis soluções. A primeira passaria por aumentar a idade da reforma, e a segunda seria facilitar a entrada de imigrantes no país de forma a que estes passassem assim a contribuir também para a Segurança Social.
No entanto, esta última solução, segundo o orador, despertaria alguns problemas do ponto de vista da identidade nacional. Por fim a implementação de uma política de natalidade foi também enunciada como uma possível solução para atenuar o envelhecimento da população.
RENDIMENTO SOCIAL
DE INSERÇÃO DEVERIA
SER FISCALIZADO
João Almeida concluiu este assunto referindo que o funcionamento do sistema está estatizado. Desta forma o CDS-PP defende que cada cidadão tenha a liberdade de escolher como usar a sua contribuição.
A palestra prosseguiu com a abordagem sobre outras prestações sociais como sendo o subsídio de doença, subsídio de desemprego e subsídio de rendimento social de inserção.
João Almeida começou por criticar a atribuição deste último subsídio sem qualquer fiscalização posterior. «O rendimento social de inserção destina-se a pessoas que passam por situações complicadas que, por sua vez, deverão ser transitórias, no entanto são cada vez mais definitivas», justificou o secretário-geral.
Por outro lado, elogiou as acções bastante positivas do PS para restringir o abuso neste tipo de subsídios.
O rendimento social de inserção procura assegurar que ninguém caia numa situação de pobreza e que, desta forma, tenha meios para procurar reinserir-se no mercado de trabalho. No entanto, muitas vezes não há qualquer esforço nesse sentido, havendo situações em que a pessoa subsidiada está a desenvolver uma actividade lícita ou, até ilícita.
Por fim foi abordado o tema da educação e desemprego. «O sistema educativo do nosso país está errado porque se estivesse certo os licenciados não representariam a maioria dos desempregados», justificou João Almeida.
O secretário declarou que o sistema educativo está mal orientado e que deveria existir mais informação sobre o mercado de trabalho. Por outro lado, afirmou que «Portugal está muito condicionado pelas ideias do pós-25 de Abril, há muita dependência do Estado, as pessoas acham que é o Estado que tem de resolver os problemas de trabalho e não têm iniciativa própria. « Isto tem a ver com a mentalidade existente no nosso País, declarou João Almeida.
A formação prosseguiu com outros temas..
Por:
Teresa Afonso
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