SECÇÃO: Cultura

Centro Cultural Alberto Taborda esteve em Serralves

No passado dia 20 de Abril, alguns sócios, familiares e amigos do grupo CECAT reuniram-se no Museu Serralves, Museu de Arte Contemporânea, na cidade do Porto, a fim de visitar a exposição intitulada “Cadeia da Relação” de Júlio Pomar.

Não obstante o mau tempo que se fazia sentir essa manhã, alguns associados corajosos fizeram uma breve visita guiada pelos jardins, com início pelas onze horas. Tiveram sorte uma vez que São Pedro resolveu deixar passar o sol entre as nuvens para que pudessem desfrutar do passeio e da paisagem bem como tirar fotografias, durante algum tempo. As explicações foram ouvidas com atenção mas houve também perguntas feitas e dúvidas desfeitas. A hora passou rapidamente tendo metade do jardim ficado por ver e, por isso, ficou combinado entre os presentes que futuramente, e quando o tempo estabilizasse, voltaríamos ao local para terminarmos a visita mas desta feita, por conta própria, dado que o guia já nos fornecera informação suficiente acerca das áreas não visitadas. Cerca de quinze minutos antes de terminar a visita exterior, São Pedro cansou-se e a chuva voltou.

Entretanto, o grupo maior que não fora visitar os jardins devido à chuva esteve durante esse tempo a visitar as exposições, visto haver quatro a decorrer em simultâneo. Pelas doze horas deu-se então início à visita guiada à exposição de Júlio Pomar. Embora a voz da guia não fosse muito baixa havia, no entanto, muitos ruídos em diversas salas que dificultavam a audição plena das explicações: sons de um vídeo que passava durante uma instalação de Anne-Lise Coste, Tatjana Doll e Erik van Lieshout intitulada “Violência Institucional e Poética” (de 19 Abril a 13 Julho), sons de cascatas de água da instalação do artista Bruce Nauman com “Fonte de Cem Peixes” (de 19 Abril a 06 Julho) e o barulho natural das pessoas/grupos durante uma visita a um museu tão movimentado com é o de Serralves. Talvez por essa razão, alguns elementos do grupo foram desintegrando a visita guiada preferindo visitá-la sozinhos. A exposição do artista Manuel Alvess (escrita afrancesada) era a mais silenciosa.

Numa primeira interpretação o título da exposição “Cadeia da Relação” parece apontar para uma prisão; contudo, ele diz respeito à utilização e relação continuada das formas e semânticas entre os diferentes materiais, processos e técnicas utilizadas criando, assim, cadeias de relações no seu trabalho.

Cerca das 13.15h o grupo CECAT voltou a reunir-se a fim de partir para o almoço no Restaurante Serrão em Matosinhos. Cada pessoa escolheu o que lhe apeteceu mas a sardinha assada foi predominante. A hora da refeição é, por excelência, o grande momento de convívio e de confraternização. E assim foi: conversas paralelas e conversas cruzadas sobre variadíssimos temas (o tempo para o almoço assim o proporcionou) sendo uns mais tristes e de revolta e outros mais alegres e de esperança no futuro. Depois da conta paga foram as despedidas e a promessa de um novo reencontro no mês de Maio. Ao sair do restaurante esperavam-nos uns bons minutos de sol, suficientes para nos deslocarmos até aos automóveis e fazermos a viagem de regresso a casa, após a qual a chuva retornou. E assim aconteceu o dia 20 de Abril de 2008.