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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-01-2008

    SECÇÃO: Tecnologias


    Quer conhecer e colaborar com o Projecto Gutenberg? (1)

    O Projecto Gutenberg pretende a disponibilização do maior número possível de livros electrónicos grátis, ao alcance do maior número de pessoas.

    O COMEÇO

    O Project Gutenberg começou em 1971 quando foi oferecida a Michael Hart uma conta de operador contendo 100 000 000 de dólares de tempo de computação pelos operadores do super computador Xerox Sigma V no Laboratório de Pesquisa de Materiais da Universidade do Illinois.

    Foi completamente acidental, uma vez que sucedeu que dois dos quatro membros da equipa de operadores eram, por acaso, o melhor amigo do Michael e o melhor amigo do seu irmão. Calhou, simplesmente, acontecer que o Michael estava "no sítio certo, à hora certa", numa altura em que havia mais tempo de computação do que pessoas que soubessem o que fazer com ele, e esses operadores foram encorajados a fazer o que quer que quisessem com essa fortuna em "tempo livre", na esperança de que aprendessem mais para adquirirem uma maior competência nos seus trabalhos.

    De qualquer forma, o Michael decidiu que não havia nada que ele pudesse fazer em termos de "computação normal" que pudesse recompensar o enorme valor de tempo de computação que lhe tinha sido dado ... por isso, tinha de criar um valor equivalente a 100 milhões de dólares de alguma outra maneira. Uma hora e 47 minutos mais tarde, anunciou que a maior valência criada pelos computadores não seria a computação mas o armazenamento, a recuperação e a pesquisa daquilo que estava armazenado nas nossas bibliotecas.

    Seguiu, então, em frente, digitando a "Declaração de Independência" e tentou enviá-la a todas as pessoas que se encontravam nas redes ... o que, actualmente, apenas pode ser descrito como uma falha não por pouco na criação da versão primitiva daquilo a que se chamaria mais tarde "Vírus da Internet".

    Uma dissuasão amigável a partir daqui produziu a postagem de um documento em texto electrónico, e o Project Gutenberg nasceu assim que o Michael declarou que tinha "merecido" os 100 milhões de dólares uma vez que uma cópia da Declaração da Independência seria eventualmente algo de electronicamente permanente nas bibliotecas informáticas de 100 milhões dos utilizadores de computadores do futuro.

    O INÍCIO

    DA FILOSOFIA

    DO GUTENBERG

    A premissa em que Michael Hart baseou o Project Gutenberg foi: tudo o que pode ser introduzido um computador pode ser reproduzido indefinidamente ... o que o Michael apelidou de "Tecnologia Replicadora". O conceito de Tecnologia replicadora é simples; uma vez que o livro ou qualquer outro item (incluindo fotografias, sons, e mesmo itens em 3-D podem ser armazenados num computador), então poderá estar, e estará, disponível qualquer número de cópias. Qualquer pessoa no Mundo, ou mesmo fora deste Mundo (dada a transmissão por satélite) pode ter uma cópia de um livro que tenha entrado num computador.

    Esta premissa filosófica criou várias ramificações: 1. Os Textos Electrónicos ("Etexts") criados pelo Project Gutenberg destinam-se a ser disponibilizados nas formas mais simples e fáceis de utilizar disponíveis.

    As sugestões para os tornarem menos legíveis não devem ser tratadas com ligeireza. Portanto, os textos electrónicos do Project Gutenberg sãos disponibilizados naquilo a que ficou conhecido como "Plain Vanilla ASCII", querendo dizer o reduzido conjunto do American Standard Code for Information Interchange (Código-Padrão Americano para Troca de Informação): i.e.: o mesmo tipo de caracteres que você lê numa página normal impressa — itálicos, sublinhados e negritos foram colocados em maiúsculas.

    A razão para isto é que 99% dos componentes e programas de computador que uma pessoa possa correr possam ler e pesquisar esses títulos.

    Qualquer outro sistema de armazenamento de texto electrónico ficará aquém de um público de 99%.

    Isto não significa que não existam outros meios válidos para fazer o negócio dos textos electrónicos ... afinal, mais de metade dos computadores são DOS, portanto uma pessoa poder-se-ia dirigir a um público mais vasto fazendo apenas DOS. Todavia, o Plain Vanilla ASCII destina-se ao público com Apples e Ataris até aos velhos computadores homebrew Z80, enquanto o público de Mac, UNIX e super computadores se mantém incluído.

    Com esta inspiração, o Project Gutenberg selecciona os textos electrónicos um pouco com base na filosofia de "retorno pelo investimento" ... escolhemos textos electrónicos que esperamos que grandes partes do público pretendam ter e usar com frequência. Pedem-nos frequentemente que preparemos textos electrónicos a partir de edições impressas de materiais esotéricos, mas isto não permite a utilização por o público a que decidimos destinar-nos, 99% da população em geral.

    Ainda com a mesma inspiração, o Project Gutenberg tem evitado pedidos, solicitações e pressões para criar "edições autorizadas". Não escrevemos para um leitor que se preocupa se uma certa oração de Shakespeare tem um ":" ou um ";" entre as suas partes. Temos em vista o objectivo de lançar textos electrónicos que sejam 99,9% precisos aos olhos do leitor em geral. Dadas as preferências dos nossos revisores, e a falta generalizada de capacidades de leitura que se relata ter a população, provavelmente excedemos esses requisitos por larga soma. Todavia, para as pessoas que pretendem uma "edição autorizada" teremos de esperar mais algum tempo até que isto seja fazível. Tencionamos, contudo, lançar muitas versões de Shakespeare e outros clássicos para estudo comparativo a um nível universitário antes do final do ano 2001, quando planeamos completar o nosso 10 000º livro da Biblioteca Pública Electrónica do Project Gutenberg.

    O Project Gutenberg fez parte das celebrações do 100º Aniversário das Bibliotecas Públicas, que começou em 1995. O Project Gutenberg espera encontrar o "Registo de Domínio Público", depois do 100º Aniversário do Registo de Direitos Autorais dos EUA em 1997.

    Também esperamos que você faça parte disso. Estão todos convidados.

    Por: PROJECT GUTENBERG

    Nota de Rodapé

    O nosso objectivo final é fornecer Textos Electrónicos em Domínio Público pouco depois de estes terem entrado no Domínio Público. Claro, o período antes do qual uma obra protegida entra em Domínio Público foi aumentado de 28 anos (com uma extensão disponível por 28 anos) para mais de 50 anos sobre a morte do autor, por isso, isso pôs obstáculos, para sermos brandos, aos nossos planos. (A protecção por direitos autorais original era de 14 anos, nos EUA). Portanto, uma pessoa podia fazer inicialmente uma previsão razoável de que tudo o que estava sob direitos autorais estaria no Domínio Público enquanto podia ser utilizado; sob a nova lei, é impossível prever a duração dos direitos autorais e as probabilidades de um livro entrar em Domínio Público durante o tempo de vida de um leitor médio são mínimas. (Suponha que você tem 25 anos quando lê um livro novo e o autor tem 50: espere a média de 25 anos para que o autor morra (que pensamento!*). Agora tem de esperar mais 50 anos para ter acesso a esse livro; não interessa quando foi escrito (a não ser que seja antigo .. antes do período sobre o qual a lei retroage) ... portanto você terá de esperar (em média) até ter 100 anos. Uma pessoa com 25 anos, de acordo com a lei original, teria de esperar 14 anos ... até ter 39 anos. Uma grade diferença, entre ter 39 e 100 anos. Não é só isso, as leis de direitos autorais também se deveriam manter iguais durante todo esse tempo ... algo de duvidar seriamente, visto como têm mudado no século mais recente.

     

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