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    Arquivo: Edição de 10-12-2007

    SECÇÃO: Cultura


    Exposição no Centro Cultural de Campo

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    No passado dia 24 de Novembro, sábado, foi inaugurada no Centro Cultural de Campo a exposição de pintura e poesia “A cor das Palavras”.

    “A Cor das Palavras” é um projecto artístico, protagonizado pelo artista plástico Artur Oliveira e pelo poeta Ricardo Oliveira, o qual irá estar exposto entre 24 de Novembro de 2007 e 06 de Janeiro de 2008.

    A exposição apresenta uma proposta de leitura da sociedade e da vida através de duas linguagens distintas, mas que se completam. Essas linguagens são a pintura e a poesia. Os autores optaram por este método para universalizarem a arte e torná-la dialogante com o espectador. Estes acreditam que «a verdade que o Homem procura esconde-se por trás das ciências que vai construindo e que a forma mais sustentada de a vislumbrar é interceptando as diferentes áreas do saber humano». Assim, os dois autores procuram oferecer uma verdade partilhada num diálogo entre pintura, poesia e opinião por parte do espectador. Esta é a proposta de abertura da exposição, que logo pode ser identificada na obra “Universo”.

    No entanto, embora seja este o sustentáculo conceptual que segura o projecto, os autores encontraram na sociedade outros motivos que resolveram inscrever em arte. Faz-se um percurso pela sociedade, tentando descortinar algumas ambiguidades que importará corrigir, assim, sem filiações partidárias, procuram denunciar, sempre desde um ponto de vista humanista, as injustiças, os abusos de poder, a exploração, a diferença entre o homem ocidental e o do terceiro mundo… Todos estes temas são tratadas de forma directa ainda que sob a beleza metafórica para que o espectador possa participar de uma construção intelectual e consiga ver a verdade por trás da realidade. De salientar ainda o espírito humorístico presente nas obras que nos é dado a partir dos muitos e diversificados sentidos irónicos.

    SUJEITO DA VIDA

    Para além destes temas, os autores preocupam-se em situar o Homem como sujeito individual na sua vida, ou seja, tentam perceber a Vida, como se pode ver, por exemplo em “Uma existência feita da soma de muitos instantes”.

    A nível técnico, os quadros apresentam dois planos: um em traço difuso, quase expressionista, que representa uma captação da realidade, da qual, o pintor extrai, rasgando da realidade, uma metáfora, que desenha no outro plano em traço limpo, nascendo a sua verdade em antítese, ciente de que o Homem se equilibra em paradoxos. A poesia é escrita em verso livre, uma vez que o autor acredita na liberdade como forma de o Homem se exprimir no máximo de si. Todos os poemas apresentam, à imagem dos quadros, dois planos: o plano de superfície, em que o poeta apresenta uma imagem da realidade e uma verdade sugerida, por trás, que nos é dada através da metáfora.

    Há ainda a referir que ambos os autores não se encontram filiados em qualquer escola artística pelo que sentem um espírito de liberdade, quer temática, quer técnica, desde a primeira à última obra.

    Por: AO/RO

     

     

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