Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 10-12-2007

    SECÇÃO: Destaque


    In Memoriam...

    Meu Caro Dr. Fernando Faria Sampaio

    «Agitaste o teu nundo muitas vezes, contra a corrente das marés, porque sempre acreditaste que o sol tem de nascer igual para todos.

    Contigo partiu um pedaço de mim.

    Amo-te, Papá!»

    (Da filha, Dra. Helena Sampaio)

    No mais nobre dos materiais – o mármore frio dos cemitérios – a mais quente e a mais apaixonante das mensagens, à cidade e ao mundo, que se pode enviar para o Além...

    Impossível não dar por aquele epitáfio, onde ela brilha iluminada em cheio pelo sol do meio-dia.

    Difícil passar naquele recanto do cemitério sem que, à memória, não me ocorram tantas conversas que tivemos, tantas questões que ambos levantámos e que só num contexto de uma franca e sã amizade – como era o caso – podiam ter lugar.

    A apologética que ambos fazíamos, com argumentos e contra-argumentos, cada um por sua vez, convergiam sempre para o mesmo “sujeito da oração” – o Homem – O Homem Todo e todos os homens, o homem, indivíduo concreto, e a humanidade abstracta. O mesmo Homem que, por Amor, Cristo veio redimir, há 2000 anos.

    Quem me dera ter gravadas essas nossas divagações, sérias, cheias de sentido e profundidade, das vivências do nosso quotidiano, dos nossos passeios por essas ruas, para alimentar a ilusão de que ainda estás connosco...

    Seis anos são passados (foi em 21/12/2001) após aquele dia em que nos deixaste mais sós, mais vazios e mais pobres... e parece que foi ontem...

    À primeira vista não dá para acreditar como homens tão bons, tãos sãos e tão sábios são assim arrancados do nosso convívio, onde tanta falta fazem pelos seus comportamentos pró-activos, positivos e exemplares.

    Que o digam tantos de nós ligados ao CPN, ao Centro Social de Ermesinde, Bombeiros Voluntários, Associação Académica e Cultural de Ermesinde; que o digam todos aqueles mais necessitados a quem socorrias nas tuas visitas de médico, a qualquer hora do dia ou da noite.

    Mas, num segundo olhar – é dos livros – temos de convir que a humanidade só avalia e aprecia o bem e a virtude perante o vazio da sua falta.

    Daí que é saudável recorrer à memória para fazer “Memória”.

    Daí que os poderes da terra – muito justamente – queiram perpetuar a memória do teu nome e da tua personalidade, que atravessou em diagonal toda a sociedade do concelho, como exemplo permanente no campo pessoal, familiar, social e político.

    Dessa memória, aqui dá hoje o seu testemunho este teu amigo. Até breve.

    Por: Abílio Cunha

     

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].