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    Arquivo: Edição de 10-07-2007

    SECÇÃO: Polémica


    Chegou a vez do Fernandinho

    Quando há dias regressei de Almeida, depois de por ali ter estado por trinta dias, de imediato me deparei com as tradicionais intervenções de José Pacheco Pereira e de António Lobo Xavier, na primeira Quadratura do Círculo que voltei a poder acompanhar. E o que ouvi, para lá de em mim causar um sorriso, não deixou de vir ao encontro do que sempre esperei.

    Tal como há um tempo atrás pude referir no programa, Opinião Pública, na edição da tarde da SIC Notícias, o estado de graça de Fernando Pinto Monteiro, como Procurador-Geral da República, terminaria no dia em que um qualquer detentor de soberania, actual ou passado, pudesse ser posto em causa pelo Sistema de Justiça.

    Isto mesmo começa já a perceber-se, desde que estejamos atentos aos comentários, até mesmo críticas, que vão surgindo ao dia a dia em torno de Fernando Pinto Monteiro, o Fernandinho de Porto de Ovelha, freguesia do histórico concelho de Almeida.

    Como teria de dar-se naquele programa televisivo, o tema da acusação a Pinto da Costa, com o carácter público e nacional que tem, teria de ali ser debatido. Ora, como muito bem salientou António Lobo Xavier, ligam-no a Pinto da Costa laços de amizade pessoal, pelo que a sua apreciação, claro está, será sempre susceptível de por aí se ver condicionada.

    DESCONHECIMENTO

    O mais interessante da intervenção de António Lobo Xavier é que o próprio reconheceu desconhecer a globalidade do processo, para lá de pôr em causa a para mim natural consideração que sempre o livro de Carolina Salgado teria de merecer de quem tinha a incumbência de conduzir as averiguações a quanto possa ter sucedido.

    É também importante salientar que sempre tive para mim que os resultados obtidos pelo Futebol Clube do Porto, em Portugal e nas competições internacionais, têm, naturalmente, de apresentar uma causalidade forte: porque haveriam os dirigentes portistas de corromper actores desportivos portugueses, se é quase certo que o não fizeram no estrangeiro e foram aí também campeões?

    De igual modo, também nunca duvidei, por um momento que fosse, que a figura de Jorge Nuno Pinto da Costa, apontada a partir de dado momento como a chave organizativa dos êxitos do seu clube, seria sempre um alvo a pôr em causa, no plano da discussão pública, por parte dos que atravessam hoje momentos difíceis ao nível dos seu clubes. É a natureza das coisas, e sobretudo das nossas.

    Mais interessante, contudo, foi a afirmação de José Pacheco Pereira, a cuja luz Fernando Pinto Monteiro actua segundo a agenda mediática! Mas como poderia ser de outro modo, quando a agenda mediática nos traz dados materiais objectivos, assinados e envolvendo temas cuja discussão na vida social se arrasta desde há décadas?! Que diria José Pacheco Pereira se o Procurador-Geral da República não tivesse dado um ínfimo de atenção ao livro, “Eu Carolina”, e se viesse mais tarde a provar que certo trecho do mesmo era, afinal, verdadeiro, tudo tendo ficado em nada?!

    VAMOS

    ESPERAR...

    Vamos, pois, esperar para ver o que poderá vir a atingir o Fernandinho, agora que algumas das nossas personalidades mais referentes nos voltam a surgir embrenhadas no seio do Sistema de Justiça. E já agora, num tema onde até José Pacheco Pereira consegue ter razão: em que se fica com todo aquele acervo informativo que Ana Gomes nos trouxe sobre os aviões da CIA?

    Por: Hélio Bernardo Lopes

     

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