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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 30-09-2006

    SECÇÃO: Local


    CARTAS AO DIRECTOR

    Férias estragadas

    A) Com o orçamento limitado, limitei-me a fazer umas férias caseiras. Como tal peguei na toalha, chapéu de sol, cana de pesca e fui a banhos para o rio Leça. Pois prometeram-me a sua despoluição há muito. Azar! Aquilo não é já rio, é um cano de esgoto pestilento, um atentado à saúde pública. Está certo que somos nós que poluímos, mas é a nós que são extorquidas taxas e taxinhas, para dizerem que usufruímos de um razoável ambiente.

    B) Na fuga da pestilência, cheguei à rotunda do “calhau” Megalito e o que vi? Dois pomposos placards, anunciando a construção do novo hospital privado. Pelo conhecimento que tenho, será para ricos e alguns mais remediados. Mas pergunto: faltam médicos no Centro de Saúde e hospitais? Eles não faltam nas clínicas, consultórios privados e na nova vaga dos florescentes hospitais privados. Mais palavras para quê?

    Foto JOÃO DIAS CARRILHO
    Foto JOÃO DIAS CARRILHO
    C) No regresso ao centro da cidade, debaixo de forte aguaceiro, esbarro no final da Rua 5 de Outubro com a já normal enxurrada de porcaria nauseabunda, saída das famigeradas tampas de saneamento, devido ao eterno entupimento das condutas e ao desprezo que a edilidade de Valongo nutre pelos cidadãos de Ermesinde.

    D) Dia azarado, fugindo desta pestilência para cota mais alta, deparo junto aos muros da Igreja do Bom Pastor com um saco de lixo, com uma boa quantidade de pão (conforme o registo da foto). Suponho que será daquela fauna pedincha que alimenta os hospitais privados.

    E) Fumo e fogo por todo o lado, serras de Santa Justa e Pias calcinadas, fauna e flora dizimadas, populações em pânico, o negócio do fogo em expansão, até quando? As mãos que escrevem esta prosa já acenderam muita fogueira no meio, bem no meio do restolho das searas em época de ceifas, para se cozinharem as refeições, e jamais ardeu, para além do perímetro conveniente. Aceito hoje os descuidos, desleixo e alguma má fé. Convencerem-nos que não passamos de uns descuidados. Desculpem, não aceito! E sugeria que se começasse por descobrir quem pagará a muitos dos incendiários e, a esses sim, colocá-los a ferros. Talvez que por aí tivéssemos muitas surpresas e a diminuição do flagelo. É muita coincidência, tanto alcoólico e com falta de tino para tanta maldade. Haja coragem e vamos ao cerco do flagelo!

    Por: João Dias Carrilho

     

     

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