63 anos
Com este número de “A Voz de Ermesinde”, de 31 de janeiro de 2021 entramos no 63.º ano de contínua publicação, o que nos dá a condição única de sermos o jornal mais antigo da freguesia e do município. Esta constatação dá-nos também a responsabilidade de tudo fazermos, dentro das nossas naturais limitações logísticas e humanas, no sentido de dignificar o nosso nome, fazendo um jornalismo que prime pela verdade e pela garantia da memória de tudo o que de mais importante acontece na cidade e no concelho.
O momento presente, em que os efeitos da pandemia mais se intensificam, tanto em número de infetados, como no número de óbitos que diretamente lhe são atribuídos, não é propício à existência de abundante matéria noticiosa, até porque grande número de instituições e coletividades, que são a nossa “matéria-prima” informativa, está meia ou completamente paralisada por efeito precisamente da Covid-19.
A longa existência deste meio de comunicação social fica a dever-se, desde logo, ao carinho a que tem sido votado por parte do Centro Social de Ermesinde, sua entidade proprietária, mas também aos seus diretores e jornalistas que o vêm servindo de forma devotada, aos seus empenhados colaboradores, aos anunciantes que ajudam a suportar a sua sobrevivência e, sobretudo, aos leitores que são a principal razão de existirmos.
Bem sabem todos aqueles que estão ligados à comunicação social escrita, que as dificuldades para manter a publicação, em papel, de um jornal, seja nacional, regional ou local, nunca foram tão grandes. O nosso caso não é diferente. Por isso todo o apoio é benvindo. Uma das melhores formas de nos apoiarem não tem qualquer custo, consiste apenas em divulgar “A Voz de Ermesinde” entre amigos e conhecidos, para que o número de assinantes aumente.
Nesta primeira edição do novo ano de 2021, o grande destaque vai para a 11.ª eleição presidencial, que permitiu, como se previa (de resto, desde 1976, todos os Presidentes da República que foram eleitos para um primeiro mandato, viram o povo plebiscitar a sua candidatura ao segundo) a reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa, ficando os restantes candidatos muito afastados de qualquer hipótese de 2.ª volta. Foi a primeira vez que ocorreu uma eleição em tempo de pandemia e a organização, na nossa cidade, da responsabilidade da Câmara Municipal e da Junta da Freguesia, primou pela qualidade, que ouvimos reconhecida na boca de muitos eleitores.
O drama da pandemia que se abate sobre nós de forma brutal, no momento em que escrevemos, justifica o novo confinamento geral que se vive, que motiva uma enorme onda de solidariedade e o esforço de todos.
Não é tempo de divisões nem de quezílias políticas, pois somos daqueles que consideram que governantes, autarcas e, sobretudo, os profissionais de saúde estão a fazer tudo o que está ao seu alcance para salvar o maior número de vidas e impedir o alastramento desta epidemia. Mas é necessário que todos nós acatemos as suas ordens e conselhos, só assim a palavra esperança pode concretizar-se mais cedo.
Por si, por todos nós, fique em casa!
Por:
Manuel Augusto Dias
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