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Edição de 30-04-2024
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    Arquivo: Edição de 15-12-2022

    SECÇÃO: Editorial


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    Feliz Natal!

    Eis que, passado mais um ano, estamos novamente a chegar ao Natal.

    Nesta altura do ano é hábito desejarmos um Feliz Natal a todos! E é com essa finalidade que escrevo estas linhas que vos destino.

    Mas se nos dois anos anteriores a grande preocupação portuguesa, europeia e mundial, era a pandemia denominada Covid, agora junta-se-lhe outra preocupação, porventura mais grave, que é a guerra que a Rússia faz à Ucrânia, desde 24 de fevereiro de 2022, completam-se precisamente 10 meses, na véspera deste Natal.

    Há 108 anos, a Primeira Guerra Mundial levava metade da duração desta (quase cinco meses de combates na Frente Ocidental) quando se chegou à quadra natalícia. Era o primeiro Natal em guerra.

    Nesse dia os combatentes que lutavam na região da Bélgica e da França resolveram, espontaneamente e sem conhecimento dos superiores comandantes da Guerra, fazer tréguas durante vários dias e celebrar o Natal em paz.

    Houve cânticos de Natal, cooperação entre alemães e os seus inimigos (os Aliados) no enterramento daqueles que caíram na terra-de-ninguém, troca de presentes (cigarros, alimentos, vinho, conhaque, presunto, biscoitos) e até jogos de futebol. Isso mesmo se pode ler na National Geographic, edição portuguesa de dezembro de 2014:

    «Em Dezembro de 1914, havia trincheiras nas frentes de batalha da Bélgica e da França. (…) No dia 24 de Dezembro, porém, em certos pontos da frente ocidental, os alemães colocaram nos parapeitos das trincheiras árvores iluminadas e os Aliados juntaram-se a eles numa paz improvisada: foi a trégua de Natal da Primeira Grande Guerra (…).

    Depois de promessas gritadas entre trincheiras, alguns soldados dedicaram cânticos de Natal aos adversários. Outros emergiram para dar apertos de mão e partilhar cigarros. Muitos concordaram a estender a paz até ao dia de Natal para se poderem encontrar de novo e enterrar os mortos. Cada lado ajudou o outro a cavar sepulturas e a realizar homenagens fúnebres. Os soldados partilharam comida e presentes, trocaram botões de uniformes como lembranças e defrontaram-se em partidas de futebol (…)».

    Não é previsível que possa suceder o mesmo na atual Ucrânia, os ódios crescem à medida que a destruição avança, colhe cidades e mata inocentes todos os dias. São usadas quase todos os tipos de armas, reais e psicológicas. A morte, o sofrimento e o medo alastram, como o frio, e os homens e instituições que deveriam ter uma palavra a dizer estão manietados pelo uso do veto por parte da Federação Russa, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Quantos milhares ou milhões de seres humanos ainda têm de ser massacrados para que a nova ordem mundial se torne mais democrática e mais humana?

    Por cá, felizmente, e apesar da inflação (que também dizem ser provocada pela Guerra) aumentar o nível de pobreza, ainda vai havendo Natal, porque há paz, e, ao menos nesta quadra, as pessoas, as empresas, as instituições costumam ser mais solidárias… para quem não tem o mínimo para viver o dia de Natal, nem nenhum dos outros dias do ano, com a dignidade que os direitos humanos justamente reivindicam.

    Mas porque é Natal, aproveito, no cumprimento da nossa melhor tradição, o ensejo para desejar Boas Festas aos nossos leitores, colaboradores, anunciantes e a todos os ermesindenses, em geral, na expetativa de que nesta quadra todos os nossos/vossos melhores desejos se concretizem.

    Feliz Natal!

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    Por: Manuel Augusto Dias

     

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