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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 31-01-2022

    SECÇÃO: Editorial


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    A dar voz a Ermesinde, há 64 anos!

    "A Voz de Ermesinde” completou este mês 64 anos de publicação ininterrupta. É caso único em Ermesinde e no concelho de Valongo e muito pouco frequente a nível nacional. E o facto de ser propriedade de uma instituição de assistência social, atualmente designada como Centro Social de Ermesinde, ainda lhe confere uma maior singularidade.

    A história recente de Ermesinde (e não só a mais próxima de nós, também a história mais antiga aqui tem sido divulgada por um conjunto alargado de colaboradores que, empenhadamente, se tem debruçado sobre ela), de forma muito direta está plasmada nas suas páginas, e, necessariamente, também a do concelho onde se insere (mas mesmo a da região e do país).

    Os ermesindenses estão de parabéns pela existência deste periódico na sua terra, que constitui um repositório inigualável de informações preciosas sobre a vila e a cidade que lhe dá o nome. Os principais acontecimentos, os grandes melhoramentos, as suas instituições e coletividades, as personalidades que mais se destacaram fazem parte, com certeza, dos muitos milhares de páginas que se imprimiram, ao longo de todos estes anos, primeiro, sob o título de “Sopa dos Pobres” e, logo depois, sob o nome “A Voz de Ermesinde”.

    Foram muitos os leitores e amigos que nos fizeram chegar os parabéns por mais este aniversário. Agradecemos, reconhecidos, a todos e queremos continuar a merecer a confiança dos ermesindenses que, como nós, têm orgulho na manutenção deste periódico, pese embora as dificuldades com que se debate a imprensa escrita, e a que o nosso jornal não é alheio. Mais leitores e assinantes e, sobretudo, mais anunciantes podem prolongar-lhe a vida.

    Para já, felizmente, não nos falta quem escreva. Se repararem bem, aparecem na ficha técnica deste número o nome de uma mão cheia de novos colaboradores que desde há algum tempo vêm cooperando connosco. E nesta edição estreia-se ainda um novo colaborador na área do direito, o prestigiado advogado Daniel Torres Gonçalves, a quem damos as boas-vindas, formulando os votos de que se sinta bem entre nós.

    É também nosso desejo permitir o acesso livre do arquivo de “A Voz de Ermesinde” a um alargado público, entre o qual se incluem, obviamente, todos os estudiosos da história local. Mas esta pretensão só pode ir avante com apoio exterior, pois exige elevado investimento que nem o jornal nem o seu proprietário têm. Estamos em crer, no entanto, que tal desiderato não será de difícil concretização. Qualquer pesquisa na internet permite concluir que são já vários os municípios no país que têm a sua imprensa regional digitalizada e de acesso livre ao público.

    Já agora, porque o momento é de festa para o nosso jornal, permitam-me a veleidade de sugerir aos nossos autarcas a atribuição do nome do jornal “A Voz de Ermesinde” a uma das artérias da nossa cidade. Esta ideia não é minha nem é nova, já há algum tempo que pessoas da nossa redação, há largos anos ligadas à elaboração do jornal, me falaram desta ambição, com a qual de pronto concordei e que parece ser comum a muitas outras pessoas. Se na nossa cidade há, na zona da Palmilheira, ruas com o nome dos emblemáticos diários do Porto: “Primeiro de Janeiro”, “Comércio do Porto” e “Jornal de Notícias”, merecido é também que este jornal, que tão importante é para a terra que lhe dá o nome e norteia o seu rumo, seja perpetuado na toponímia ermesindense.

    Viva Ermesinde! Viva a sua “Voz”!

    Por: Manuel Augusto Dias

     

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