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    Arquivo: Edição de 20-12-2010

    SECÇÃO: Música


    Espaços culturais - Regularidade de programação ao alcance de todos

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    Uma chamada.

    Sim, uma chamada foi o suficiente para mudar a minha rotina. Estando a estudar na Faculdade, um amigo convida-me para irmos ver um concerto de dois colegas nossos da ESMAE (Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo).

    Em boa hora aceito, pois foi dos melhores concertos a que já assisti. Foi um concerto de dois pianistas a quatro mãos num piano, de música francesa (Claude Debussy, e Maurice Ravel), juntando-se declamações de poemas portugueses e exibição de de fotografias relativas à cidade do Porto.

    A sala de espectáculos (ou equipamento cultural, como agora se chama) foi o Auditório de Espinho, que conta com programação anual regular há já bastante tempo. Este é só um exemplo que me fez pensar nos espaços que existem para a divulgação de trabalhos/apresentações das mais variadas artes. Comparando com o que havia há 15/20 anos, por exemplo, existe uma incomparável melhoria. Agora há mais e melhores sítios para actividades culturais.

    Em 2009/2010, como aluno Erasmus, terminei a Licenciatura em Piano na Academia Ferencz Liszt, em Budapeste, na Hungria. As diferenças foram enormes, principalmente na língua e na tradição do meio musical que fui encontrar. O facto de a Academia estar a dois passos tanto do edifício da Ópera como de várias salas de espectáculo muito importantes do Teatro, da Broodway//musicais das pequenas e grandes orquestras, das salas de exposições, dos museus, com uma profusão de cafés centenários, de cinemas e bares pressupõe uma organização de uma parte enorme da cidade para os edifícios de Cultura e Entretenimento, facilitando o movimento e publicidade de todas as formas de Arte.

    Aqui, em Portugal, já podemos notar esta organização a dar frutuosas provas  de um investimento que se realizou, essencialmente, por parte do Poder Local. É disso exemplo o Concelho de Valongo e, mais propriamente, a cidade de Ermesinde. Basta ver a capa do número 862 do jornal "A Voz de Ermesinde" para se constatar esse facto importantíssimo. A cultura é apresentada com cada vez mais regularidade. Isto acontece em Vila Real, Coimbra, Bragança, Guimarães (que será Capital Europeia da Cultura em 2012), Braga, só para citar algumas cidades.

    Assim sendo, não existe a necessidade de continuarmos a defender o preconceito de que "lá fora é que é bom" ou "que aqui nada se faz". Fica por terra o preconceito de sair da "província" para se poder ter acesso à Cultura. Cada vez mais a Cultura vem até nós, estejamos onde estivermos.

    Por: Filipe Cerqueira

     

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