Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 31-03-2024
  • Edição Actual
  • Jornal Online

    Arquivo: Edição de 15-06-2010

    SECÇÃO: Educação


    O DESAFIO DA VIDA (EDUCAÇÃO & SAÚDE)

    A família – um pilar da vida

    O nosso desafio é esclarecê-lo e ajuda-lo a superar os obstáculos da vida para ser feliz. Somos uma equipa transdiscipliar e é para isso que existimos. Tem o nosso apoio em www.felicity.com.pt ou [email protected]

    Se pensarmos que o ser humano é como uma casa em que as suas divisões são as diferentes áreas de vida, podemos considerar que a família constitui os pilares dessa casa - a base que permite a sua segurança e crescimento.

    A nossa família está sempre presente, desde o início ao fim da nossa vida, durante esta experienciamos novas sensações, conhecemos novos mundos, conquistamos a nossa autonomia, emancipamo-nos, cruzamo-nos com novas pessoas que vão e vêm, mas a família, essa permanece, como os pilares de uma casa que a mantêm de pé.

    A família é essencial no desenvolvimento da criança (e do futuro adulto). Não retirando importância à influência do meio no desenvolvimento e formação da personalidade e identidade de uma pessoa, os familiares são aqueles que nos servem de modelo desde novos, com quem aprendemos, quem nos educa e que intencionalmente ou não e nos transmite os valores que iremos futuramente passar aos nossos filhos. Essa transmissão de valores familiares não é apenas feita por palavras, mas essencialmente por observação de comportamentos e pelos acontecimentos vividos.

    Desde cedo escutamos comentários como “tens os olhos e o sorriso do teu pai”, comparações estas que não se reduzem ao aspecto físico pois ouvimos com frequência “tens o feitio da tua mãe, resmungas como ela”, o que nos faz pensar que não são só as características físicas que se transmitem mas também a personalidade, a forma de estar na vida, de reagir perante os acontecimentos e de lidar com determinadas situações.

    Foto JUNIAL ENTERPRISES - FOTOLIA
    Foto JUNIAL ENTERPRISES - FOTOLIA
    Por outro lado, somos seres individuais, com características próprias e diferentes dos nossos antepassados, mas ao mesmo tempo esta evolução como seres únicos tem como base um passado comum que nos organiza como família.

    Não podia deixar de focar a importância dos avós, aqueles que nos contam histórias quando somos pequenos, que nos vão buscar à escola, que nos levam a lanchar e nos compram uma caderneta de cromos e um saco de gomas, que tomam conta de nós e ficam connosco quando estamos doentes e os nossos pais não podem. São eles que, para além de darem um grande suporte afectivo, asseguram a continuidade da história da família ao longo das gerações e que são tantas vezes injustamente esquecidos.

    Também a terapia familiar defende a família como um todo, considerando-a um sistema, um conjunto de elementos, ligados por um conjunto de relações que interagem permanentemente com o exterior e mantêm o seu equilíbrio ao longo de um processo de desenvolvimento, constituído por diferentes estádios de evolução. A família não é vista isoladamente mas em contínua relação como meio que a rodeia.

    Quando as pessoas procuram apoio terapêutico, geralmente têm uma preocupação e identificam um problema relativo a um dos elementos. Muitas vezes, ao longo do processo terapêutico, verifica-se que alterando as dinâmicas familiares (como atitudes e comunicação) o problema central é superado. Isto demonstra a influência do sistema familiar nos seus membros como pessoas individuais.

    A terapia familiar é assim uma abordagem psicoterapêutica na qual se intervém através de sessões com os elementos de uma família. Esta tem como objectivo alterar as interacções entre os membros da família e melhorar o funcionamento de cada membro; ajudar a família a ver o seu problema actual sob uma nova perspectiva; alterar as suas atitudes de responsabilizar um membro individual para o reconhecimento de que os problemas são interaccionais; modificar a comunicação entre os membros da família; criar formas alternativas de resolver problemas, directa ou indirectamente; modificar o grau de angústia associada ao comportamento sintomático e, de forma mais geral, optimizar a posição das fronteiras entre os membros; e estabelecer hierarquias apropriadas.

    É importante pararmos para repensarmos toda a dinâmica familiar e perceber se estamos a dar o nosso melhor, se conseguimos superar os momentos de crise e os obstáculos que surgem ou se precisamos de uma orientação.

    Por: Joana Pinto (*)

    (*) Psicóloga

     

    Outras Notícias

     

    este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
    © 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
    Comentários sobre o site: [email protected].