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    Arquivo: Edição de 30-06-2009

    SECÇÃO: Gestão


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    Uma ideia para Valongo

    Agora que já estão marcadas as eleições autárquicas para 11 de Outubro, começa-se a sentir um frenesim de todas as candidaturas, inclusive as que detêm o poder municipal, numa tentativa de aliciar os “clientes” com os seus “produtos eleitorais”, com verdadeiras campanhas promocionais onde o Objectivo Comercial do Lucro vem substituído pelo Objectivo Político do Poder… que algumas vezes se confundem!...

    Ora, não é meu objectivo dar uma volta de 360º para ficar tudo na mesma, mas inverter os pressupostos e colocar os Objectivos deste processo eleitoral numa linha de bem-estar e de qualidade de vida dos munícipes.

    Há um problema de base que deveria estar na mente de todos, que tem a ver com as diferentes origens da população municipal. É fácil entender que Valongo, Sobrado e Campo estão de um lado e Ermesinde e Alfena estão do outro. A própria natureza e distribuição da população e actividades económicas de cada freguesia têm as suas especificidades e contingências próprias, que levam a estas diferenças, muitas vezes provocando efeitos emocionais condenáveis. Portanto, um primeiro objectivo do nosso Concelho seria conseguir Unificar, ou seja, criar um objectivo comum para todo o Concelho e para cada uma das suas freguesias: um Desígnio.

    Penso que, para levar por diante qualquer processo virtuoso, há que ter sempre presente um sentido ascendente de criação, geração de valor e de riqueza, de enriquecimento pessoal e material da gente que participa neste processo. Ora, temos por um lado as organizações de carácter social, cultural e desportivo, que proporcionam o bem-estar colectivo… e também as instituições religiosas, que têm um papel central no bem-estar espiritual de cada um; E depois temos o enriquecimento material que também proporciona qualidade de vida aos munícipes e que deverá ser alavancado por actividades económicas concertadas, que geram efeitos multiplicadores ao nível das necessidades supervenientes, como a habitação, os espaços verdes, as actividades desportivas, as estruturas de apoio à infância e terceira idade, a educação, enfim, uma estrutura complexa que terá que ser avaliada caso a caso, de forma equilibrada.

    A semelhança do que aconteceu em Ermesinde, que até certa altura apenas cresceu com as linhas férreas do Minho e do Douro, constituindo um pólo importante de mobilidade, e mais tarde com o desenvolvimento rodoviário da A4 e A3, criou-se em Ermesinde um enclave de Mobilidade, de passagem e paragem. O facto é que este fenómeno de Mobilidade apenas se verificou na cidade de Ermesinde, e não no Concelho de Valongo. A chave do crescimento e desenvolvimento do nosso Concelho é, no meu entender, exactamente a Mobilidade, aproveitando muitas das estruturas já existentes para criar um complexo integrado de circulação de bens e de pessoas, através duma plataforma logística, que terá sido já equacionada para a zona de Campo, aproveitando a localização privilegiada em que nos encontramos, numa lógica de distribuição de tráfego de mercadorias, aliviando assim o congestionamento da zona metropolitana do Porto.

    Desta forma, poderíamos trazer para a nossa terra, inúmeros agentes económicos e actividades, ao serviço dos Concelhos do Grande Porto e do Norte do país em geral.

    A Mobilidade será portanto uma ideia que poderia gerar frutos e um efeito de expansão no crescimento e desenvolvimento do Concelho de Valongo, ao mesmo tempo que proporcionava a tal Unidade municipal de todas as freguesias e agentes do Concelho.

    Este é um trabalho árduo pois associado ao crescimento e desenvolvimento surgem muitos fenómenos de carácter social como a pobreza e a marginalidade e outras, para os quais é determinante estar atento e criar condições de acompanhamento, através de um conjunto de actividades que deverão ser ponderadas de forma equilibrada e equitativa.

    Uma política de crescimento económico tem de ser acompanhada necessariamente de politicas de desenvolvimento social, de onde sobressaem a educação, a segurança, as actividades culturais e desportivas, todo um cenário onde as pessoas cresçam de uma maneira harmoniosa. Neste ponto, temos o privilegio de acolhermos no nosso seio elementos tão Naturais como o Rio Leça, Rio Ferreira, a Serra de Pias e a Serra de Valongo, que importa aproveitar e respeitar numa lógica ambiental também ao serviço do Norte de Portugal e dos Concelhos limítrofes, em particular.

    Assim, Valongo seria mais aberto, participado e alinhava a par dos outros Concelhos da zona metropolitana do Porto, numa atitude de Movimento, Acção e Participação.

    Por: José Quintanilha

     

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