REUNIÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO
Vem aí a Mostra de Teatro Amador
Reuniu ontem, dia 21 de fevereiro, a Câmara Municipal de Valongo (CMV), em sessão morna na qual se aprovaram, entre outras decisões, o Regulamento da Feira do Parque Aventura da Lipor, a anulação do concurso anterior para aquisição de combustíveis rodoviários a granel, o concurso público para serviços de varredura e recolha de resíduos sólidos urbanos, uma candidatura ao programa Comenius Regio (no âmbito do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida), e o apoio às associações participantes na Mostra de Teatro Amador 2013.
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Fotos URSULA ZANGGER |
A sessão teve início com o ponto de intervenções antes da Ordem do Dia, tendo usado da palavra o vereador independente Afonso Lobão, que apontou as grandes questões económicas que tolhem o concelho. Apontou a situação de desemprego crescente, o investimento inexistente, o desaparecimento de muitas pequenas e médias empresas e a grave crise do comércio tradicional. Relembrou, por isso, as suas propostas anteriores de apoio a este comércio, às empresas e às atividades económicas tradicionais – pão, brinquedo, lousa – como suscetíveis de dinamizar o concelho. Defendeu ainda a dinamização das zonas industriais, o desenvolvimento do associativismo (reconhecendo embora a pouca expressão do associativismo empresarial), a promoção de projetos criativos de jovens, um ninho de empresas em Alfena, a criação de cooperativas (beneficiando dos novos apoios dados a conhecer pelo Instituto António Sérgio).
João Paulo Baltazar manifestou a sua concordância no essencial com a intervenção de Afonso Lobão, e recordou as iniciativas da autarquia do concurso de montras (um exemplo de promoção do comércio tradicional), a colaboração com a ADRITEM, reconheceu a fraqueza do movimento associativo empresarial, anunciando contudo uma iniciativa que pode vir a dar frutos, numa fase inicial, recorrendo ao apoio de uma associação empresarial do vizinho concelho de Paredes. Referiu a existência, em Sobrado, de alguns produtores agrícolas de alguma importância que, de algum modo, pensa poder vir a associar ao trabalho de promoção das Bugiadas e, finalmente referiu a crescente procura de espaços na zona industrial de Campo, como consequência da abertura da Via Distribuidora.
João Paulo Baltazar comentou ainda, a finalizar a sua intervenção, que o empobrecimento imposto ao País também o torna mais atrativo ao investimento.
Pedro Panzina foi o último vereador a intervir neste período de antes da Ordem do Dia, e respondendo ao presidente da autarquia valonguense, apontou que, não discutindo as questões de fé ou esperança, na verdade as empresas vão fechando a um ritmo mais acelerado do que as que vão chegando.
Apontou depois que era bom que se soubesse o que cada um queria para o concelho, pois as candidaturas iam aparecendo e não se conhecia nenhuma ideia: «Não se conhece o pensamento dos candidatos ou potenciais candidatos – disse –. Falo em nome dos cidadãos que represento».
PERÌODO DA ORDEM DO DIA
Com assuntos pouco escaldantes, destaque para um reparo de Pedro Panzina apontando que o edifício que atualmente acolhe a Polícia de Segurança Pública não oferece, ele mesmo, condições de segurança, de certo modo criticando o projeto camarário de entregar uma parte maior do edifício (antigo Tribunal do Trabalho de Valongo) a esta corporação. João Paulo Baltazar, reconhecendo em parte a situação, esclareceu que tal tinha sido alvo de consulta aos próprios interessados.
Mais à frente foi Maria Trindade Vale quem esclareceu que a anulação do concurso para aquisição de combustíveis rodoviários a granel se devia a que nenhum dos concorrentes tinha cumprido os requisitos do concurso, sendo necessário abrir um novo.
Sobre um processo de loteamento no qual a CMV apresentava uma proposta de «obras de urbanização da Câmara Municipal», Sérgio Sousa esclareceu tratar-se de inconformidades com a lei que, apontadas pela autarquia, não foram sanadas, assumindo esta as competentes decisões pelo incumprimento.
João Paulo Baltazar, mais à frente, anunciou a participação de 11 associações do concelho na Mostra de Teatro Amador, para o qual chamou a atenção e apelou à presença do público.
PERÍODO DE INTERVENÇÕES DO PÚBLICO
Neste período interveio o munícipe Celestino Neves, que pediu esclarecimentos sobre duas questões, uma referente ao assunto Marcelo, Peixoto & Irmão, que seria respondida por Sérgio Sousa, outra sobre uma intervenção solicitada pela Junta de Freguesia de Alfena junto do viaduto da A41, intervenção esta que seria faseada e que, na primeira fase deveria avançar até ao 5º pilar, com uso de betuminoso. O munícipe queria saber se era possível tal intervenção, em leito de cheia. João Paulo Baltazar garantiu que a intervenção solicitada não era em leito de cheia e ainda que nunca seria ali criada uma feira, como anteriormente se tinha chegado a aventar. Apenas será feita uma requalificação que permita a utilização do espaço pelas pessoas.
Relativamente ao outro assunto, Sérgio Sousa garantiu que decorre normalmente, mas com todo o cuidado. Uma parte do problema pode ser resolvido no quadro da revisão do PDM, havendo contudo outras situações em que a CMV terá de atuar de acordo com o previsto na lei.
Por:
LC
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