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UMA QUESTÃO DE SAÚDE
O que devemos saber sobre a Gripe A?
A gripe A, causada pelo vírus Influenza A, continua a ser, em Portugal, responsável pela maioria das epidemias sazonais de gripe que ocorrem nos meses de outono e inverno. A gripe sazonal pode ser provocada pelo vírus influenza A ou B. Falamos em gripe A quando o vírus que está a provocar a gripe é o influenza A. De acordo com a vigilância epidemiológica nacional, coordenada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) em articulação com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, os subtipos A(H1N1)pdm09 e A(H3N2) são os mais frequentemente identificados na população humana. Estes vírus apresentam elevada capacidade de transmissão e variabilidade genética, o que explica a recorrência anual da doença e a necessidade de atualização regular das estratégias de prevenção.
Com a chegada dos meses mais frios, a gripe A volta a circular de forma mais intensa na nossa região, à semelhança do que acontece em todo o país.
De acordo com a DGS, os subtipos do vírus da gripe A que circulam atualmente na população humana são bem conhecidos e estão incluídos na vacina anual. No entanto, a elevada capacidade de transmissão do vírus faz com que, em contexto comunitário, a gripe se espalhe rapidamente, sobretudo em ambientes fechados, escolas, lares e locais de trabalho. Todos os anos, esta doença leva muitas pessoas a recorrer aos centros de saúde e hospitais, podendo ter consequências mais graves nos utentes mais velhos, nas grávidas, nas crianças pequenas e em quem vive com doenças crónicas. É por isso que a prevenção assume um papel central, não apenas para proteger cada pessoa, mas para salvaguardar toda a comunidade.
Na prática clínica diária, nos cuidados de saúde primários, observamos que a gripe A se manifesta habitualmente de forma súbita, com febre alta, dores musculares intensas, cansaço marcado, tosse e mal-estar geral. Na maioria dos casos, a doença é autolimitada, mas em pessoas mais vulneráveis, pode evoluir para complicações como pneumonia ou agravamento de doenças pré-existentes, levando a internamentos evitáveis.
A vacinação anual contra a gripe é, segundo a DGS, a medida mais eficaz para prevenir a gripe A e reduzir o risco de complicações. A vacina é atualizada todos os anos e está disponível gratuitamente para os grupos de risco definidos a nível nacional. Os centros de saúde desempenham um papel fundamental na administração da vacina e no esclarecimento da população, sendo importante que os utentes aproveitem este recurso de proximidade e confiança.
Há também comportamentos simples que fazem a diferença no dia a dia. A correta etiqueta respiratória, a lavagem frequente das mãos e a ventilação dos espaços interiores ajudam a travar a transmissão do vírus.
A etiqueta respiratória consiste em cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e a utilização de lenços descartáveis, é considerada essencial. A lavagem frequente das mãos com água e sabão, ou com soluções alcoólicas quando aquela não é possível, constitui uma das estratégias mais eficazes para interromper a cadeia de transmissão. A ventilação regular dos espaços interiores e a redução de contactos próximos durante períodos de doença são igualmente recomendadas.
Quando surgem sintomas compatíveis com gripe A, é recomendado permanecer em casa nos primeiros dias, evitando contactos próximos, em caso de ausência de sinais ou sintomas de alarme, especialmente com idosos e pessoas doentes. Esta atitude responsável protege familiares, vizinhos e colegas, contribuindo para reduzir a pressão sobre os serviços de saúde locais.
As medidas a adotar para o alívio dos sintomas da gripe A são
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*Telma Lopes - Médica Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Matosinhos - Unidade Local de Saúde de Matosinhos
*Catarina Rebelo - Médica de Família em Dublin (República da Irlanda)
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