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LER É O MELHOR REMÉDIO (14)
“O Caçador de Elefantes Invisíveis”, de Mia Couto
título deste livro, que é uma coletânea de contos que o autor publicou na revista Visão nos anos da pandemia COVID-19, é homónimo de um desses contos, mais precisamente o terceiro. Com efeito, “O Caçador de Elefantes Invisíveis” é uma antologia que reúne vinte e seis contos e na qual se constata como as circunstâncias de vida durante a pandemia constituíram uma inspiração para a redação de alguns deles. De igual forma, também as raízes do autor marcam de forma indelével os contos, que revelam muitas vezes a riqueza linguística e cultural de África. Mia Couto nasceu em Moçambique, em 1955, e é escritor e biólogo. Conforme se pode ler na segunda orelha desta edição, o autor conta com diversos prémios e distinções, dos quais destacaria, por nos serem mais familiares, o Prémio Eduardo Lourenço (2011) e o Prémio Camões (2013).
O livro começa com o conto “Um gentil ladrão”, uma reflexão sobre a indiferença e solidão que trespassa as gerações atuais como uma doença disseminada: “chama-se indiferença. Era preciso um hospital do tamanho do mundo para tratar essa epidemia”. O autor aflora novamente esta temática já no crepúsculo desta antologia, no conto “A parede”, que fala da velha Deolinda, uma senhora sem companheiro nem filho que travou o vazio que crescia em sua casa com a ajuda de um bondoso vizinho.
Em “A fumadora de estrelas”, conta-se a bonita história do nascimento de um bebé batizado de Sayari, em homenagem à estrela mais brilhante do céu noturno. Noutro parto, desta vez metafórico, designado por “O parto-póstumo” retrata-se uma personagem com fome de longe, que ansiava esquecer o mundo, mas que sofria do antecipado tédio de haver um destino. Alguém com sonhos nunca concretizados e saudades de ser esse alguém para acreditar neles. Neste registo poético encontramos outros
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Por:
Eduardo Tavares
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