Subscrever RSS Subscrever RSS
Edição de 30-06-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Opinião


foto
VAMOS FALAR DE ASSOCIATIVISMO (86)

Ser “fortes” ou “importantes”, eis a questão!

Há dias, ao participar, em representação da Confederação, num colóquio direcionado às entidades da Economia Social (ES), que versava o tema “Vamos Cozinhar Transparências – Um roteiro pela Prestação de Contas Transparentes na Economia Social”, um dos preletores, convidado para refletir sobre tema tão sugestivo, com toda a naturalidade, procurando classificar as entidades desta ES, e citando-as todas de passagem, disse: “Temos ainda a Confederação Portuguesa das Coletividades (CPC), a entidade mais forte do setor, mas a menos importante.”

Tal e qual.

Dito assim, e tendo em conta os objetivos do colóquio – que eram os de evidenciar e discutir, de forma descontraída, conceitos importantes e promover a troca de experiências na aplicação da prestação de contas transparentes na família da ES – evidenciou-se a existência de princípios e diferenças qualificativas entre a força e a importância dos seus membros.

Princípios esses que têm sido uma das matérias que mais atenção têm merecido por parte da CPC, na relação com o tecido associativo, em todas as ações de capacitação, contribuindo com tal atitude para que sejamos considerados e respeitados como uma importante entidade da ES, tratada em patamares de igual importância com todas as outras entidades da mesma.

Nem mais, nem menos.

É verdade que, desde há mais de 100 anos, andamos por aí na procura contínua de bem representar o movimento associativo popular, a par da melhoria da nossa capacidade organizativa.

E temos consciência das nossas debilidades. Socorrendo-nos da nossa utilização permanente da análise SWOT, os factos, quanto aos nossos Pontos Fortes, evidenciam que somos a “maior rede social”, que exercemos um “trabalho de proximidade” e que somos, e seremos sempre, “resilientes”. Quanto aos Pontos Fracos, evidenciamos, sim, uma “fraca interligação e comunicação” e demonstramos um grau de “conservadorismo” muito próprio de um movimento que nasce das vontades do povo – e preocupante desde a criação associativa – onde muito é feito com “poucos recursos técnicos”.

foto
Tais factos, reconhecidos e avaliados a vários níveis do trabalho de direção associativa, remetem-nos sempre para reflexões com o objetivo de encontrar e defender soluções, de forma a prestarmos as devidas atenções aos nossos Pontos Fracos.

Não será por mero acaso que nos leva à procura permanente de alargar o nosso grau de envolvimento com todas as entidades, exatamente no quadro das instituições da Economia Social.

A realidade é o que é, escolhendo-se, para o caso, dois pontos fundamentais:

o primeiro, o forte trabalho criado pelas nossas coletividades a nível nacional, envolvendo, entre associados, dirigentes e populações que usufruem das suas atividades, cerca de 3 milhões de cidadãos. O segundo, e embora movimentando valores elevados em euros, não ganhando nada com o exercício de tais responsabilidades diretivas – porque somos benévolos – ainda aplicamos os lucros obtidos na melhoria e manutenção das instalações associativas, entre muitos outros casos. E, mesmo assim, somos o parente mais pobre de toda a ES. Daí, os menos importantes. E porque menos apoiados.

Se a avaliação real e a valorização justa da existência das coletividades e da sua oferta de diversos conteúdos sociais fossem possíveis de quantificar verdadeiramente, a definição de “menos importante” seria, ou é, claramente invertida.

Assim, fica a ideia do desconhecimento de uns e da intenção de desvalorização de outros.

Objetivos

de responsabilidade coletiva

Não querendo, com esta abordagem, dar a entender o desejo de “enfiar a cabeça na areia”, escondendo as realidades das nossas dificuldades e anulando considerações um pouco ou tanto negativas derivadas da imagem de “menos importantes”, tal abordagem não deixa de ser entendida como uma atitude de menorização deste movimento associativo.

Será fundamental que sejam dadas respostas por todas as coletividades, filiadas ou não na Confederação, defendendo-se que só unidas, trocando experiências e trabalhando processos de melhoria a vários níveis, estudando soluções e medidas em nossa defesa, se conseguirá melhorar essa imagem.

Futuramente, serão desenvolvidas ideias de trabalho, esperando sugestões e contributos para a aplicação de dinâmicas de desenvolvimento com vista ao futuro.

No princípio…

Milhares de dirigentes pioneiros deste movimento – que sempre foi o “menos importante” para os poderes instalados, mas muito importante para os mais frágeis e para as populações – sempre trabalharam, ganhando personalidade própria, e fortaleceram-se até aos dias de hoje, honrando esses mesmos pioneiros do associativismo.

Por isso mesmo, indicamos desde já algumas sugestões de trabalho, que passam pela

(...)

leia este artigo na íntegra na edição impressa.

Nota: Desde há algum tempo que o jornal "A Voz de Ermesinde" permite aos seus leitores a opção pela edição digital do jornal. Trata-se de uma opção bastante mais acessível, 6,50 euros por ano, o que dá direito a receber, pontualmente, via e-mail a edição completa (igual à edição impressa, página a página, e diferente do jornal online) em formato PDF. Se esta for a sua escolha, efetue o pagamento (de acordo com as mesmas orientações existentes na assinatura do jornal impresso) e envie para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o nome, o NIF e o seu endereço eletrónico para lhe serem enviadas ao longo do ano, por e-mail, as 12 edições do jornal em PDF.

Mas se preferir a edição em papel receba comodamente o Jornal em sua casa pelo período de 1 ano (12 números) pela quantia de 13,00 euros.

Em ambos os casos o NIB para a transferência é o seguinte: 0036 0090 99100069476 62

Posteriormente deverá enviar para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o comprovativo de pagamento, o seu nome, a sua morada e o NIF.

Adelino Soares*

* CPCCRD

 

Outras Notícias

 

este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu Este espaço pode ser seu
© 2005 A Voz de Ermesinde - Produzido por ardina.com, um produto da Dom Digital.
Comentários sobre o site: [email protected].