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 Como nos devemos alimentar durante a crise financeira Todos os dias somos invadidos por notícias que nos mostram o estado de recessão, que a economia portuguesa atravessa.  No entanto, estes tempos difíceis não devem ser desculpa para adoptarmos uma alimentação menos cuidada, cheia de alimentos baratos e com menor densidade nutricional. Uma dieta alimentar à base de cachorros quentes, batatas fritas, salgadinhos e menus “fast-food” nunca deve ser considerada como uma boa opção em termos económicos. Ao longo deste texto iremos dar-vos algumas dicas de como enfrentar este período (esperemos passageiro) de crise económica mantendo as regras de uma alimentação saudável. 
 FRUTAS  E LEGUMES 
 Quantas vezes já ouviram a célebre frase: “Comprar frutas e legumes é muito caro”. Essa ideia não podia estar mais errada. Comprar fruta e legumes da época é bastante económico e nutritivo.  Uma das melhores formas de conseguir frutas e legumes frescos é cultivá-los você mesmo, caso possua um quintal ou um pequeno jardim com espaço suficiente para o fazer. 
 PROTEÍNAS 
 Este grupo de alimentos é sempre mais difícil de conseguir com um orçamento reduzido. Lagosta fresca, “filet mignon”, ostras, são apenas uma miragem quando falamos em carteiras apertadas, no entanto, poderá encontrar boas opções a preços baixos. Em primeiro lugar, é preferível comprar peças de carne “não preparadas”. Poderá marinar ou rechear você mesmo, não precisa que o talho ou a loja faça isso e cobre pelo serviço. Poupa dinheiro, e poderá ter um maior controlo sobre o valor nutricional e o nível de sal dos temperos. Comprar galinha inteira com os ossos e pele custa bastante menos, e poderá retirá-los facilmente para preparar uns saborosos peitos de galinha. Relativamente ao peixe, poderá optar por o adquirir na lota, onde este se vende a um preço muito mais baixo. No entanto, a carne e o peixe não são as únicas opções. Poderá substituir estes alimentos por alternativas proteicas uma a duas vezes por semana. O feijão e os ovos são excelentes exemplos de fontes de proteínas que ajudam a manter os bons níveis de nutrição em tempos de crise. 
 CEREAIS 
 Relativamente a este grupo poderá optar por comprar pão quando este se encontra a preços mais baixos em maior quantidade e congelar para comer mais tarde. O valor nutricional mantém-se praticamente inalterado por muito tempo.  Relativamente aos cereais de pequeno-almoço (opte sempre pelos integrais com baixos teores em açúcares) prefira as embalagens familiares de marca branca. Compare o rótulo. Dicas gerais: - Elabore uma lista de compras e cumpra essa lista. Assim não compra mais do que necessita; - Não vá às compras com fome – há mais tendência em comprar alimentos supérfluos que só vão fazer aumentar a conta no final; - Prefira as frutas e legumes da época; - Não esqueça as leguminosas, pois são boas alternativas ou complementos à carne, peixe e ovos; - Escolha embalagens familiares e em casa separe por doses individuais; - Não esqueça a sopa de legumes sempre no início das refeições. Com o estômago “forrado” sente menos apetite para o prato principal; - Não saia de casa sem tomar o pequeno-almoço, consegue assim controlar a sua qualidade e poupa bastante no final da semana; - Evite fazer as refeições principais fora de casa. Se tiver oportunidade vá comer a casa ou leve comida para o seu trabalho. Se tiver condições aqueça no microondas do trabalho ou recorra a uma garrafa termos; - Procure levar consigo alimentos para as refeições intercalares (fruta, pão ou bolachas tipo Maria ou de água e sal e iogurtes) evitando assim recorrer a snacks; - Beba no mínimo 1,5 de água por dia. Isto irá ajudá-lo a manter o seu corpo hidratado. Leve consigo uma garrafa de água de casa evitando assim comprar em locais onde são mais caras. Poupe dinheiro e ganhe saúde! 
 Por: Joana Gonçalves/Sara Teixeira (*) (*) Nutricionistas |