Autor: Pedro Ribeiro Pereira
Data: 17-02-2010 20:31
Assunto: O LAMENTÁVEL DA POLITICA

Foi com alguma estupefacção – confesso – que li os dois últimos textos de origem Socialista (do Partido, entenda-se), publicados no “Painel Partidário” do Jornal “A Voz de Ermesinde” [exclusivo da Edição em Papel], sendo o primeiro deles de individual responsabilidade do Sr. Tavares Queijo e o segundo do Secretário do Partido Socialista de Ermesinde. De facto, o excesso de demagogia e, acima de tudo, de falta de responsabilidade e coragem em estabelecer um diálogo directo e objectivo (no primeiro caso, fundamentalmente) é não só evitável, como claramente lamentável. Expressões como “andam por aí pessoas e grupos” ou “cá estaremos para ver quem daqui por quatro anos brindará com flûtes de champagne” são, sinceramente, tão evitáveis que, por não o terem sido, se tornam moralmente condenáveis. Pelo menos para este jovem, que ainda gosta de acreditar na clareza de ideias, no referido “bom-senso”, não em algumas, mas sim em todas as situações. Enfim, felizmente vivemos, como me poderão dizer – demasiado habitual – num país livre, em pleno Estado de Direito. É verdade, ainda bem que o é. Contudo, há uma base necessária de respeito e de trabalho dedicado. Consegui-lo através de indirectas acusações, que não passam disso mesmo, dada a nulidade de argumentos, ou através do afastamento e desistência de cargos, quando a eles concorreram e para eles foram legitimamente eleitos (mesmo que se fiquem por posições hierarquicamente inferiores às desejadas), é, isso sim, uma realidade impossível, irresponsável, desencorajável e triste. É a realidade lamentável do todo que é a Politica. Tão lamentável que, poucos meses passados do Processo Eleitoral, já nós temos governantes preocupados em brindes futuros, e eleições longínquas.