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Edição de 31-03-2024
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09-08-2009 18:34
Autor: A. ÁLVARO DE SOUSA
CRITÉRIOS DE ELEIÇÃO Imprimir Responder
ALTERAR PARA MELHORAR A DEMOCRACIA

Aproximam-se eleições legislativas e autárquicas e, como sempre acontece, no interior dos partidos é ocasião para tardes e noites de “facas longas”, com desfechos aplaudidos por uns e contestados por outros que, estando de acordo com grande, ou mesmo a maioria dos eleitos constantes das listas a sufragar nas eleições, não se revêem, de todos, em alguns dos candidatos.

Estas situações poderiam e deveriam ser eliminadas. Primeiro nos partidos e depois nas eleições onde os eleitores são convidados a escolherem os seus representantes: nacionais, regionais ou locais, bastando para alcançar tal desiderato, que as listas que hoje são “fechadas”, passassem a ser “abertas”, como acontece em muitos outros países democráticos.

Se alterássemos a legislação nesse sentido, as legítimas razões invocadas por quem não concorda com determinadas opções dos líderes partidários, designadamente com a Dra. Manuela Ferreira Leite, desapareceriam da discussão política, na medida em que os conselheiros partidários teriam oportunidade de eleger e de recusarem quem entendessem que deveria ou não constar das listas de candidatos do partido às respectivas eleições. Concretizando, a partir do que se vê e ouve nos media, as listas do PSD de candidatos às legislativas poderiam ser objecto de confirmação ou de rejeição dos contestados nomes: António Preto, Helena Lopes da Costa, Maria José Nogueira Pinto, Pacheco Pereira, Deus Pinheiro, Couto dos Santos, Passos Coelho, Miguel Relvas, Feliciano Barreiras Duarte, Pedro Pinto e Virgílio Costa. E talvez outros.

E, quando transferirmos a mesma hipótese para as eleições nacionais (legislativas, regionais e autárquicas), os partidos passarão a ter mais respeito pelas opções dos eleitores, na medida em que estes elegerão como seus representantes não de acordo com a ordem dos nomes nas listas, mas segundo critérios que lhes assegurem maior credibilidade de bom desempenho das respectivas funções.

Mas, como não ignoramos que as máquinas partidárias colocam acima do interesse nacional o egoísmo dos seus próprios, não será para as eleições com data marcada, e talvez nem para as próximas, que a transparência eleitoral se processe: continuaremos a “suportar” as mesquinhas conveniências dos “aparelhos” partidários, até que algo de pura e dura ruptura aconteça nas democracias ocidentais.

Não existem respostas a este tema.

 

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