Jornal A Voz de Ermesinde - Forum

05-03-2007 15:30

Autor: Anónimo

Por favor leiam

Venho por este meio tecer algumas considerações acerca da conferência “Conversas em Valongo” que decorreu, no dia 27 Fevereiro, no fórum cultural de Ermesinde e tendo como orador o historiador José Hermano Saraiva.
De facto, presenciei esta honrosa iniciativa de alto esplendor cultural e que muito contribuiu para a formação de todos aqueles que a presenciaram. Para mim como professor, para os meus alunos e todos os demais estou certo que não esquecerão tão cedo a “aula” dada pelo excelentíssimo Professor José H. Saraiva.
No entanto, como professor, compete-me estabelecer 3 “avaliações” acerca da conferência, duas positivas e uma negativa.

A primeira avaliação, muito positiva, vai para a organização e em especial para o Professor José H. Saraiva que com o seu espírito de partilha de sabedoria soube cativar a plateia.

A segunda avaliação, também muito positiva, vai para o ultimo interveniente do público, um jovem que fez duas perguntas dignas de registo. Não sei quem é o jovem nem o seu nome, se o soubesse prestaria aqui uma homenagem digna de louvores. De todos aqueles que intervieram, este jovem foi o que melhor compreendeu a mensagem dada pelo Professor, foi o que melhor formulou as suas perguntas e aquele que arrancou elogios do Professor e palmas da plateia. Tudo isto por duas perguntas que fez:
A primeira pergunta foi acerca dos livros como instrumento cultural. Não me esqueço da expressão que utilizou na sua intervenção em que disse que, “a cultura é a horta da humanidade e os livros um dos frutos que a horta nos dá como alimento”. De facto, isto é impressionante para ser dito por um jovem e que, sublinho, o professor José H. Saraiva reforçou a tese deste jovem reafirmando o mesmo por outras palavras.
A segunda pergunta, feita por este jovem, foi aquela que arrancou palmas da plateia e que deu por terminada a conferencia. Perguntou ao Professor: “com 87 anos e a caminho dos 100 quais são ainda os seus sonhos?”. Foi-lhe respondido, “acabar com as guerras que é um mal da humanidade”. Estou certo que o Professor se sentiu grato pelas perguntas feitas e que desta forma deu por terminada as suas “Conversas…”.
O que haveria mais para responder??? Louvo este jovem. Ainda dizem que a juventude de hoje é rasca, ponham os olhos naquele jovem. No fim da conferência ainda o tentei procurar para o felicitar mas em vão…

A terceira avaliação, negativa, vai para o Senhor Presidente da Câmara Fernando Melo. Primeiro porque discursou sentado perante uma figura ilustre e segundo porque interrompeu, de uma forma grosseira, o jovem que anteriormente falei. Afirmou que só poderia fazer uma pergunta quando ele se preparava para fazer a segunda pergunta.
Oh Sr. Presidente, daqueles que intervieram, aquele jovem foi o único digno de respeito! As intervenções que antecederam a deste jovem, todos eles tentaram enxovalhar o José H. Saraiva invocando a sua passagem pelo governo de Salazar. Mas este jovem foi o único capaz de se levantar e deixar a única boa impressão acerca da população do concelho ao Professor José H. Saraiva. Louvo as 2 PERGUNTAS feitas pelo jovem e ainda bem que o mesmo foi persistente não obedecendo ao Sr.Presidente.

PS: Quando findou a sessão dirigi-me ao Sr. Professor para me dar um autógrafo num livro e apresentei-me como professor. O historiador confidenciou-me que apreciou muito as perguntas feitas pelo jovem e afirmou que ainda há jovens com valor.
Por isso, se o jovem ler esta página da Voz de Ermesinde aqui fica o meu sinal de agradecimento e a confidência do Professor José H. Saraiva.

06-03-2007 13:10

Autor: Anónimo2

Re: Por favor leiam
ó amigo "anónimo", deveríamos acrescentar "incorrecto", não foi o sr. presidente que "interrompeu" o dito jovem, mas a funcionária da Câmara que tinha por função gerir o evento! Não tente fazer politiquice barata com coisas sérias. Não lhe fica bem.