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Edição de 31-03-2024
Jornal Online

Zona de Debate

01-02-2007 15:30
Autor: conetico
ao Sr.Caetano Imprimir Responder
Caros amigos, companheiros, copinchas e camaradas:

Venho por este meio, apontar uma exposição sobre as doutrinas Caetanistas.
Que imagens provocam aos olhos das pessoas quando vêem o Caetano a detestar o cobrador mas respeita-o, detesta o serviço militar mas assiste às suas homenagens, detesta os parlamentares a autárquicos mas cumpre escrupulosamente o seu dever eleitoral e faz parte dele?
Para este bom cidadão, vive por um lado as desordens e não compreendem que as revoluções fazem parte do passado, por outro lado é um utopista, quer a liberdade como se fosse possível viver sem autoridade e sem governo, quer a igualdade como se fosse possível conceber uma sociedade sem ricos nem pobres, quer a fraternidade como se não fosse preciso primeiramente pensar nestas coisas. Oh, qual padre do actual comunismo lançando o anátema nos concílios de Bizâncio a propósito do sexo dos anjos.

Os comunistas e sindicalistas – mistura perigosa, danger! – representam os interesses do proletariado esfarrapado e da pequena burguesia, reclamam a destruição maciça do Estado. Ao mesmo tempo, são da alta burguesia e apoiam, votam e aplicam os interesses dos patrões. Ao mesmo tempo, apoiam, votam e aplicam as ideias e decisões do Estado ou neste caso, autárquicos.

Sr.Caetano se está descontente salte para o lado de fora e lute?
Ou vai continuar a protestar à camaleão que nunca se sabe qual a sua face?

Infelizmente a classe explorada e oprimida não se pode libertar da classe que a explora e a oprime. Por isso, o Sr.Caetano, é o explorado e oprimido ao mesmo tempo que explora e oprime. É o coveiro e ao mesmo tempo cava a sua própria sepultura.
O Sr.Caetano frequentemente parece que se esquece, perde-se, mas no interior (e exterior) está sempre em oposição com ele mesmo.

Este senhor exige a aplicação da Lei e da Constituição quando na verdade não crê na Constituição nem em Lei alguma, critica-a. Nem a melhor Constituição o poderá satisfazer.

Este senhor quer a propriedade colectiva, quer que todas as riquezas sejam propriedade colectiva. Oh meu amigo Caetano não estamos no recreio duma escola primária… Por isso luta pela supressão do Estado politico e legal. Ao mesmo tempo faz parte do “aparelho” que faz a supressão e as leis. Diz que a autarquia age mal quando na verdade VOTA nestas decisões.
Para este camarada o colectivismo é a base do individuo e quer que a propriedade privada seja também dele próprio.
Caro camarada, digo-lhe uma coisa: “ o meu dinheiro, a minha casa, o meu carro ou quaisquer outros bens que me sejam próprios NUNCA serão seus. Trabalhe para tal. Não espere que seja eu a trabalhar para si. Isto não é nenhum recreio. Ou melhor, desculpem porque estou errado, todo o concelho é o recreio para estes senhores que se julgam donos dele. Temos sem duvida alguma que contrariar estes tipos de atitudes porque parecem meninos da primária. Não podemos ter para nós próprios o que pertence ao povo. Você é que tem de trabalhar para mim porque a Assembleia Municipal é um cargo que defende os interesses do concelho e da sua população. Se está na Assembleia Municipal foi porque alguém votou em si. Eu não fui. Cumpra o seu dever porque as pessoas do concelho de Valongo pagam para você estar aí. As pessoas não pagam para os senhores andarem com ciclotímias. As pessoas não pagam para o senhor andar com utopias. As pessoas não pagam para andar por aí com ironias grotescas e baratas. As pessoas não pagam para o senhor ir em busca de um lugar que lhe seja propício. As pessoas não pagam para se rechear. As pessoas não pagam para negociar mas para exigir. As pessoas não pagam para andar com indecisões à espera que um melhor contrato lhe seja oferecido.”
Os políticos não gostam de ouvir as verdades porque o povo os mimou. Mas está na altura de deixarem de ser mimalhos e meninos de recreio. Está na altura do povo virar a cara ao que está errado.
Por isso, Sr. Caetano, utilizo a sua frase, você é património municipal não é nenhuma mercadoria. Embora não goste da palavra património para si, de património não tem nada, utilizo-a na mesma. A população do concelho votou em si para agir como tal e não para agir como se fosse mercadoria.
Por isso, Sr.Caetano, utilizo a sua frase, você precisa de uma “redobrada atenção que poderia ficar a dever-se à extensa carga de problemas e de ciclotimias, que necessita de ser assim mais frequentemente vigiado”… e julgado!
Se você tem o direito de andar com ironias e opinar sobre algo, o meu direito sobre si é a dobrar. É a dobrar porque está a representar a população. É a dobrar porque tem de ser julgado pelas suas atitudes e decisões. É a dobrar porque me reservo ao direito de o vigiar, tal como o resto da população do concelho de Valongo tem esse direito.

P.S. – Quero deixar claro que não entenda isso como uma violação da dignidade, honra e bom-nome. Nada disso. Apenas reservo-me ao direito de julgar um cargo que é público. Tal como você o fez em relação ao Rivoli, tal como o fez em relação à ETAR na “Voz de Ermesinde”, tal como o fez em relação ao dia da cidade de Ermesinde na “Voz de Ermesinde”, etc. Como tal, lembro-lhe que a qualquer momento pode accionar o Direito de Resposta para que o publico possa ouvir a(s) sua(s) versões. Exercer o direito de resposta é um direito que lhe assiste. Assim se faz politica, ouvindo as duas partes…

Não existem respostas a este tema.

 

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