19-09-2025 19:03
José Manuel Ribeiro: «A Expoval é hoje uma espécie de hino à capacidade empreendedora deste território»
Foi ontem (dia 18), ao final da tarde, oficialmente inaugurada a 16.ª edição da Expoval - Mostra do Concelho de Valongo, evento que decorre até ao próximo domingo no Parque Urbano de Ermesinde.

A abertura da Mostra ficou a cargo de José Manuel Ribeiro, que nas suas primeiras palavras frisou que aquele era um momento muito importante para si, já que seria a última vez que estaria num acontecimento público na função de presidente da Câmara Municipal de Valongo (CMV), tendo em conta que o seu ciclo de edil no nosso concelho está prestes a terminar. E a propósito deste facto, ressalvou que estas «nunca são caminhadas solitárias», chamando por isso ao palco alguns elementos das equipas que o acompanharam ao longo destes quase 12 anos de presidência, desde logo o presidente da Assembleia Municipal de Valongo, Abílio Vilas Boas; os vereadores Paulo Esteves Ferreira, Ana Maria Martins, Orlando Rodrigues, e Manuela Duarte; os presidentes das Junta de Freguesia de Ermesinde e de Alfena, Miguel de Oliveira e Luís Miguel Caetano, respetivamente; bem como o presidente da Cooperativa dos Produtores Agrícolas do Concelho de Valongo, que organiza em parceria com a Câmara a Expoval.

E sobre a Expoval, José Manuel Ribeiro lembraria mais adiante que esta Mostra já existia antes de há quase 12 anos ele ter chegado à liderança da CMV, mas que hoje é um evento que mudou em relação ao que era no passado, e mudou porque, nas suas palavras, também mudou aquilo o que é hoje o território do concelho.

«Este é o maior evento que se faz no concelho de dois em dois anos, onde mostramos a todas as pessoas aquilo o que é o território deste município, que é um território do Grande Porto onde todos os dias há vida, seja nas empresas, nas instituições, nas IPSS’s, na câmara, ou nas juntas de freguesia». Esta Expoval é, na sua voz, também mostrar o que foi feito em conjunto pelas suas equipas ao longo destes quase 12 anos de liderança autárquica, sublinhando que «tudo o que conseguimos fazer foi em equipa, sempre». E este propósito destacou o trabalho realizado em torno das marcas identitárias do nosso concelho e que estão em evidência nesta 16.ª edição da Expoval. «À época (da chegada à presidência da autarquia) nós dizíamos que ninguém está condenado ao código postal, sendo certo que estes territórios à volta do Porto são territórios com uma função muito assente no (conceito de) dormitório. Só que aqui neste território, nesta comunidade, nestas cinco freguesias, com estas pessoas de todas as idades, conseguimos fazer uma coisa que não é fácil, mas produz resultados. Começamos a dar visibilidade à identidade que cá existe há muitos anos, às coisas mais recentes e às coisas com mais anos», recordou José Manuel Ribeiro.

E já que estava em Ermesinde o autarca deu como exemplo desta visibilidade de identidade a Festa dos Ferroviários ou o brinquedo tradicional, duas tradições que na sua voz não podem ser apagadas, tal como acontece com outras tradições do restante concelho, como a panificação, a presença dos romanos neste território, as bugiadas, entre outras.

«Eu tenho mesmo muita gratidão pelas pessoas que estão aqui, e por todos os que colaboraram ao longo destes anos, pois mostraram que é possível não estarmos condenados a ser simplesmente um dormitório. E hoje eu vejo isso no dia a dia nas pessoas, que orgulhosamente dizem que vivem num território que tem identidade, e que têm orgulho da sua identidade. E isso é importante, porque as pessoas que gostam do território pelas mais variadas razões tomam decisões como ficar, investir, comprar, reabilitar, embelezar, chamar, convidar, visitar, oferecer, e tudo isso significa melhorar a vida da comunidade», disse o edil, que mais uma vez agradeceu à «grande equipa» que o acompanhou, às «pessoas que estão sempre ao meu lado e que são tão responsáveis como eu pelo que se fez».

A concluir a sua alocução, José Manuel Ribeiro disse que a Expoval é hoje «uma espécie de hino à capacidade empreendedora deste território que dá pelo nome de Valongo, que já foi Vallis Longus, mas que depois tem recantos muito bonitos como Ermesinde, Alfena, Campo e Sobrado».