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20-05-2025 14:15
Município de Valongo avança com investimento de 17,75 milhões de euros na ETAR de Ermesinde para melhorar a qualidade da água do Rio Leça
A Câmara Municipal de Valongo avançou hoje que a requalificação e modernização da ETAR de Ermesinde e Alfena vai finalmente avançar.
De acordo com a autarquia, «a empreitada, com um valor total estimado em 17.750.000,00 euros, já tem financiamento assegurado e deverá ser adjudicada até ao final do ano, prevendo-se o arranque das obras em 2026. O investimento será financiado em 70% por fundos comunitários, no âmbito do Programa NORTE 2030 – Ciclo Urbano da Água em Alta. Além de contribuir para a melhoria da qualidade da água do Rio Leça, promovendo a sustentabilidade ambiental, a ampliação da ETAR permitirá a produção de energia elétrica em cogeração».
«Estamos a cumprir o objetivo primordial de despoluir o Rio Leça. Com esta intervenção, vamos contribuir decisivamente para recuperar e reabilitar o Corredor do Leça, devolvendo a qualidade da água e preservando a biodiversidade do único rio que nasce e desagua na Área Metropolitana do Porto», salientou o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, durante a visita técnica ao equipamento, onde esteve acompanhado pelo vice-presidente, Paulo Esteves Ferreira, pelo presidente da Junta de Freguesia de Ermesinde, Miguel de Oliveira, e pelas equipas responsáveis pelo projeto, que será executado pela concessionária das Águas de Valongo – Be Water.
Em funcionamento desde 1998, a ETAR de Ermesinde e Alfena encontra-se com a capacidade sobrecarregada devido ao aumento da população que serve atualmente: cerca de 39.000 habitantes em Ermesinde e 14.000 em Alfena. Construída para tratar 8.040 metros cúbicos de efluentes por dia, a ETAR recebe atualmente, em média, 10.317 metros cúbicos/dia. Quando as obras estiverem concluídas, a capacidade aumentará para 14.322 metros cúbicos/dia.
A empreitada inclui a construção de uma nova estação elevatória de efluente bruto e de um novo tratamento preliminar; a construção de uma terceira linha de tratamento com novos reatores biológicos, adaptados para a remoção de azoto total e fósforo total, em conformidade com a mais recente legislação ambiental; e a inclusão de uma etapa de digestão anaeróbia de lamas, com valorização do biogás em cogeração.