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Foto MANUEL VALDREZ

Conferência de Imprensa do PS

O Partido Socialista, ao tomar conhecimento da demissão de todos os pelouros por parte de Miguel Santos, apressou-se a convocar uma conferência de imprensa , realizada na sede do concelho, na qual os socialistas tornaram pública a sua crítica ao Executivo social-democrata.

Apontava o texto de convocatória do PS: «(...Sete meses após as eleições, as claras divisões da equipa do PSD resultantes de uma luta pela liderança e pelo poder no interior do Município, não só paralisam a Câmara, como prejudicam gravemente o Concelho e as pessoas que aqui vivem e trabalham (...)».

O PS considerava ainda, citando um seu texto anterior, apresentado aquando do chumbo do Plano e Orçamento da Câmara para 2006, que este fenónemo de «divisões internas e luta pelo poder pessoal» era normal em «altura de fins de ciclo político e quando o líder principal perde força política, resultante de perdas eleitorais significativas (...)».

Os socialistas, considerando que «o episódio dos pelouros só por si não era [é] nada de extraordinário», já que as competências pertencem à Câmara, entendia contudo que «a gravidade da actual situação» se prende «com o facto de ser apenas mais um sintoma da ingovernabilidade da Câmara Municipal e do penoso arrastar de uma situação que prejudica o desenvolvimento do Concelho e de todos aqueles que aqui trabalham e habitam».

Os socialistas consideravam também que era «incompreensível que um Partido responsável como o PSD ignor[ass]e pura e simplesmente a situação, desmentindo, na prática, aquilo que os seus líderes dizem defender para o País. Nem mesmo sabemos de que lado está o PSD – se de quem liderou a lista que ganhou as eleições (ainda que por pequena margem) ou dos nomes que impôs nessa lista, com os resultados que estão à vista (...).

Por: AVE