A multiplicação das imagens
Se, inicialmente, os corpos das máquinas fotográficas, pesados e volumosos, impunham um limite ao número de chapas fotográficas, logo os inventores se debruçaram no sentido de torná-lo possível ou, em alternativa, de obter várias fotografias a partir da mesma chapa.
Assim, se alguns encontraram a maneira de mudar a chapa sem a retirar do aparelho, outros prosseguiram escolhendo «a via da multiplicação das imagens, inventando a chapa móvel, a objectiva deslocável ou a bateria de objectivas» (“L’Appareil Photo”, Crown Publishers, EUA, 1978).
É desta última tentativa de solução, que se serviu o aparelho construído em 1859 por Hermagis (imagens na edição em papel de "A Voz de Ermesinde").
As quatro objectivas eram montadas numa placa encastrada profundamente numa espécie de gaveta situada no interior do corpo da máquina. Quando em repouso, estas objectivas ficavam protegidas por uma cortina rolante.
Umas portinholas abriam-se lateralmente para permitir aceder às objectivas. Descobrindo estas, uma a uma, ou várias ao mesmo tempo, podiam-se obter uma, duas, três ou quatro tomadas de vista simultaneamente numa mesma chapa.
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IMAGEM L'APPAREIL PHOTO |
OUTRA SOLUÇÃO
Esta câmara Múltiplo Retrato de Dallmeyer, é posterior à câmara de Hermagis, datando de 1866. Na imagem, vista de frente e de trás, consegue perceber-se que possuía um mecanismo de deslocamento horizontal e vertical, permitindo-lhe tomar quatro vistas na mesma chapa.
Por:
AVE
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