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Foto MANUEL VALDREZ

Presidência da Assembleia Municipal e composição da Junta são uma incógnita

No plano da política concelhia, na Assembleia Municipal “pouco” obsta a que Arnaldo Soares (UPA) não venha a votar ao lado da coligação PSD/PP, que poderia assim somar 15 eleitos contra os 14 do PS. Resta saber como alinharão BE (1 eleito) e CDU (2 eleitos), sendo que, desta última força política há antecedentes que permitiriam admitir poder vir a somar-se, mais uma vez, à coligação de direita na escolha da presidência da Assembleia Municipal. Estamos, contudo, convictos de que tal não ocorrerá desta vez e que a CDU irá ratificar a presidência da Assembleia Municipal a Casimiro de Sousa, um homem que dá muito mais garantias de democraticidade interna àquele órgão do que Campos Cunha, além de tornar a Assembleia mais independente da Câmara Municipal.

Também a escolha da Junta de Freguesia de Ermesinde poderia permitir, como há quatro anos, formar-se uma coligação à direita PSD/CDU, para que o PCP metesse de novo uma elemento na Junta (embora menos provavelmente possa conservar a presidência da Assembleia, o que não é, de qualquer modo, impossível – seria a proposta óbvia do PSD para conservar uma maioria na Junta, com o voto de qualidade do seu presidente). Mas também pode ocorrer uma Junta com maioria à esquerda, caso a CDU se coloque ao lado do PS como previsivelmente fará o BE. Neste caso o PCP meteria provavelmente um elemento na Junta mas não deveria ter a presidência da Assembleia de Freguesia. Aqui dificilmente o Bloco elegerá um membro para a Junta, mesmo apoiando uma lista vencedora.

Em Campo, a CDU e o PSD somam mais votos que o PS, mas não é crível que haja aqui uma “coligação” à direita PSD/CDU, até pela composição social e tradição de esquerda na freguesia.

Por: LC