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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 15-10-2005

    SECÇÃO: Desporto


    FUTEBOL - CAMPEONATO NACIONAL DA 3ª DIVISÃO/SÉRIE B (4ª JORNADA)

    Ermesinde sem chama sofre o primeiro desaire caseiro no campeonato

    Realizando uma pálida exibição, o Ermesinde sofreu no passado dia 8 de Outubro a primeira derrota caseira (0-2) da presente temporada no “Nacional” da 3ª Divisão, ante o Torre de Moncorvo. Um jogo onde os ermesindistas estiveram “uns furos abaixo” daquilo a que nos habituaram nos primeiros jogos da época, onde efectuaram óptimas exibições. Refira-se que o Ermesinde neste encontro foi orientado pelo treinador-adjunto José Mesquita, já que o técnico principal, José Augusto, encontra-se a cumprir castigo federativo em virtude de ter dirigido alguns protestos à equipa de arbitragem no decorrer do encontro com o Esmoriz, relativo à 2ª eliminatória da Taça de Portugal. À parte desta partida com o Torre de Moncorvo, fica a informação de que o Ermesinde fez recentemente mais uma aquisição para reforçar o seu plantel. Trata-se de Alfredo Quaresma, um extremo--esquerdo vindo da Sanjoanense. Como curiosidade, saliente-se ainda o facto de que o novo reforço verde e branco é irmão de um conhecido extremo-esquerdo do futebol nacional, mais concretamente de Ricardo Quaresma, atleta do FC Porto.

    Foto MANUEL VALDREZ
    Foto MANUEL VALDREZ
    Vindos de uma derrota de 0-3, na jornada número três, na deslocação ao terreno do então líder do campeonato, Rebordosa, o Ermesinde tinha neste jogo ante os transmontanos do Torre de Moncorvo uma boa oportunidade para regressar aos triunfos na prova e aproximar-se assim dos lugares cimeiros da classificação. Uma oportunidade, no entanto, desperdiçada, já que os ermesindistas não conseguiram superar um Torre de Moncorvo acessível, uma equipa sem grandes armas que pudessem colocar em sentido o Ermesinde.

    Mas o que é certo, é que os locais tiverem uma tarde verdadeiramente “não”, e cedo se percebeu essa tendência, evidenciada pela fraca produtividade ofensiva e pelo elevado número de passes falhados e perdas de bola. No entanto, se o Ermesinde jogava mal, o Torre de Moncorvo não fazia melhor, toada esta que fez deste um jogo de fraco nível, sem grandes motivos de interesse na maior parte do tempo. Talvez por isso a primeira ocasião de algum perigo junto de uma das balizas surgiu somente à passagem do minuto 14, quando o defesa ermesindista Isidro apareceu sozinho dentro da área forasteira para enviar o esférico muito por cima da trave da baliza à guarda de Rego, isto quando tinha tempo e espaço para fazer bem melhor. Onze minutos volvidos foi a vez do Torre de Moncorvo assustar as hostes verde e brancas, quando na transformação de um livre directo à entrada da área local, Paulo Dores remata para uma defesa apertada de Jorge Lopes, tendo o primeiro tempo ficado por aqui no que toca a ocasiões de perigo nas duas áreas. De facto, muito pouco para 45 minutos de futebol. Esperava-se, por isso, para a etapa complementar um pouco mais de vivacidade no jogo, algo que se viria a verificar, embora tenha sido “sol de pouca dura”, já que depois de uma entrada a “todo o gás”, em que as duas equipas pareciam determinadas em dar a volta aos acontecimentos, com duas ocasiões de golo eminente para ambos os lados –, aos 47 minutos para o Ermesinde e aos 50 minutos para os forasteiros –, o jogo acabou por cair na toada morna e feia verificada na primeira parte.

    Até que, aos 71 minutos, após uma recuperação de bola a meio-campo, o Torre de Moncorvo chega à vantagem, por intermédio de Hugo. Em inferioridade no marcador, o Ermesinde saíu então em busca do tento da igualdade, tentando a todo o custo aproximar-se da baliza adversária, embora na maior parte das vezes o fizesse mais com o coração do que com a cabeça, sem causar grande perigo para os lados do Torre de Moncorvo. Definitivamente, este não era o dia dos jogadores ermesindistas. E como se já não bastasse esta ineficácia ofensiva, os ermesindistas viram a sua situação agravar-se com as expulsões, quase seguidas de dois dos seus jogadores: Hélder, aos 85 minutos – por acumulação de cartões amarelos – e, um minuto depois, Leça – a ver directamente a cartolina vermelha –, depois de uma entrada mais dura sobre um adversário.

    A perder por uma bola a zero e com menos dois jogadores a quatro minutos do fim da partida, o Ermesinde pouco ou nada podia fazer para inverter o rumo dos acontecimentos. Quem aproveitou a situação foi de novo o Torre de Moncorvo, que em período de compensação, carimbou de vez aquela que viria a ser a primeira derrota caseira da presente temporada do Ermesinde, com a obtenção do segundo golo, através de Nunes.

    Por: Miguel Barros

     

     

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