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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2005

    SECÇÃO: Desporto


    Escola EB 2,3 Padre Américo parte para a aventura no Parque Paleozóico de Valongo

    No passado dia 23 de Junho, a Escola EB 2,3 Padre Américo, de Campo, organizou junto dos seus alunos do 2º e 3º Ciclos uma Marcha de Montanha rumo ao Parque Paleozóico de Valongo. Um evento que contou com a presença de 500 alunos do referido estabelecimento de ensino, que ao longo do percurso puderam desfrutar de um rol de actividades desportivas radicais.

    Manhã cedo e a Escola EB 2,3 Padre Américo apresentava já um clima de boa disposição, entusiasmo, e porque não dizer também, um certo sentimento de alívio e de dever cumprido, ou não fosse este o último dia em que os alunos pisavam o estabelecimento de ensino para rumaram depois para as tão merecidas e ansiadas férias. E para celebrar este derradeiro dia do ano lectivo 2004/05, nada melhor do que uma marcha de montanha até ao Parque Paleozóico de Valongo. Uma ideia que partiu do grupo de professores de Educação Física do estabelecimento escolar – inserida no plano de actividades curriculares – e que contou com a presença de cerca de 500 alunos. De mochila às costas os jovens montanhistas meteram pés à estrada para viver um dia repleto de aventura e diversão. O primeiro grande momento do dia foi vivido no campo de jogos da Associação Recreativa e Cultural da Azenha (ARCA), onde os alunos puderam assistir a demonstrações caninas e equídeas, ambas a cargo da Guarda Nacional Republicana. Um momento que foi igualmente presenciado pelo presidente da Junta de Freguesia de Campo, José Carvalho, que aproveitou esta primeira paragem para saudar a longa caravana de alunos que enchia as ruas da freguesia. Deixadas as instalações do ARCA, a caravana rumou em direcção à Ponte dos Moinhos, que atravessa o Rio Simão, e que marcava o fim do trajecto em asfalto para se dar início ao percurso pela estrada florestal que faz a ligação até à Aldeia de Couce. Sempre “acompanhados” pelo rio Ferreira, o grupo efectuou a segunda paragem do dia numa pequena bouça no interior da Serra de Santa Justa, onde foram retemperadas as forças com um pequeno lanche.

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    DESPORTOS RADICAIS

    ATRAEM A CARAVANA

    Foi nesta segunda paragem que o grupo pôde, pela primeira vez, experimentar as inúmeras actividades desportivas espalhadas ao longo do percurso. O Tiro com Arco fez então as delícias de alunos e professores, que não se cansavam de “fisgar” o alvo, e não será de admirar se daqui a alguns anos virmos alguns destes rostos a competir ao mais alto nível em provas desta modalidade, pois habilidade foi coisa que não faltou a alguns deles.

    Findas as primeiras actividades desportivas, o grupo voltou a pôr pés a caminho rumo ao destino seguinte. Sempre com o rio Ferreira a seu lado, a caravana passou então por um dos locais mais afamados da região, a aldeia de Couce. Um povoado no meio da serra que, e saliente-se como curiosidade, só há bem pouco tempo é que viu nascer a luz eléctrica!

    Foi uma oportunidade para os alunos conhecerem uma das realidades mais pitorescas do Concelho de Valongo, uma aldeia que pela sua forma de viver é uma verdadeira preciosidade – e raridade – no século XXI. Passada a aldeia de Couce, o grupo chegou ao grande momento radical do dia, a travessia do rio Ferreira através de cordas e tirolesa. Alguns rostos amedrontados, outros nem por isso, o que é certo é que todos “curtiram” imenso esta aventura. Ultrapassado o rio, era altura de iniciar o almoço, realizado no Vale dos Castores, com toda a gente a devorar as iguarias que traziam consigo nas mochilas, é caso para dizer que a “fome era negra”. Mas não se pense que o rol de actividades desportivas e radicais se ficou pelo Tiro com Arco e pela travessia do rio, pois o Vale dos Castores foi transformado num verdadeiro parque de actividades radicais. Voleibol, futebol, matraquilhos humanos, insufláveis, rappel, parede de escalada, foram algumas das muitas actividades que todos puderam praticar durante o resto da jornada. Dia este que já ia longo, e a meio da tarde foi altura de voltar a pôr as mochilas às costas e regressar à Escola EB 2,3 Padre Américo.

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    UMA EXPERIÊNCIA PARA REPETIR

    Naturalmente feliz estava o presidente do Conselho Executivo do Agrupamento Vertical de Escolas de Campo, do qual esta EB 2,3 Padre Américo faz parte, Orlando Rodrigues.

    Na sua opinião, esta actividade serviu essencialmente para colocar os alunos em contacto com a vida local da sua freguesia, com a natureza, e com a prática do desporto. Foi uma oportunidade para trazer a escola para fora da escola, «pois não pretendemos fechar os alunos dentro de uma sala de aulas o ano todo. Temos feito, aliás, várias actividades durante o ano lectivo, e esta marcha de montanha foi o culminar desse leque de iniciativas. Esta é igualmente uma forma de fazer com que os alunos gostem da escola, uma vez que a freguesia de Campo é um meio difícil, tem um elevado insucesso escolar, a maioria dos miúdos abandona muito cedo a escola, e com este tipo de actividades pretendemos agarrá-los mais à escola».

    Como já antes salientámos, esta aventura reuniu cerca de 500 alunos, que estiveram acompanhados por 70 professores, encarregados de educação, e outras entidades mais que ajudaram a tornar realidade esta actividade. Entidades estas a quem Orlando Rodrigues deixou uma palavra de agradecimento, «pois sem eles nada disto seria possível. Aos Bombeiros Voluntários de Valongo, à Câmara Municipal de Valongo, pela cedência da parede de escalada, à GNR pelo magnífico espectáculo de demonstrações caninas e equídeas, à ARCA, pela cedência do seu espaço, à Junta de Freguesia de Campo, à Federação Portuguesa de Tiro com Arco, e a outras empresas da região que nos forneceram equipamentos e alimentos, a todos eles, o nosso muito obrigado por nos ter ajudado a concretizar esta actividade».

    Para Tomásia Escobal, professora de Educação Física, e coordenadora deste projecto, o empenho de todos os docentes e alunos da escola em torno desta marcha teve resultados bem positivos, uma vez que tudo correu às mil maravilhas.

    Todos, sem excepção, gostaram imenso desta iniciativa, em que quase tudo foi uma novidade, de tal maneira que já se falava numa eventual repetição desta actividade no próximo ano lectivo. Bom, a ver vamos, porque agora é tempo de férias, tempo de esquecer a escola por uns meses, e partir para outras aventuras de Verão. Boas férias, e até para o ano!

    Por: Miguel Barros

     

     

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