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ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2025

A análise dos resultados eleitorais pelas forças políticas que foram a votos

No rescaldo destas Eleições Autárquicas contactámos as várias forças partidárias que foram a votos no sentido de obter delas uma reação ao que se passou no dia 12 de outubro. Nem todas elas acederam ao nosso pedido até à data por nós estipulada para o envio dessa análise/leitura eleitoral. Seguem, na íntegra, as reações (publicadas pela ordem de chegada ao nosso correio eletrónico) das seguintes comissões concelhias:

Apesar de termos uma Europa e um país a derivar para partidos da Direita e, apesar de haver o natural desgaste dos ciclos autárquicos, este voto de confiança dos valonguenses é um reconhecimento do trabalho realizado, mas principalmente, da vontade das pessoas de que a mudança iniciada em 2013 não pare.

Ao mesmo tempo é um sinal claro de que há, ainda, muito por fazer e de que devemos continuar a trabalhar para merecer a confiança dos cidadãos. Trabalhar com proximidade, diálogo e dedicação. O PS reafirma o seu compromisso com uma governação responsável, participada e empenhada no desenvolvimento sustentável e na melhoria da qualidade de vida em todo o Concelho. Sendo certo que não vamos parar os projetos que entendemos serem estruturantes, vamos também investir na resolução dos problemas que diariamente afetam a vida e a rotina dos nossos munícipes.

Chega: «A estrutura de Valongo do partido Chega analisou os resultados das eleições autárquicas de 12 de outubro. Ao longo dos quatro anos de mandato autárquico que agora termina, o partido Chega teve um único deputado municipal, bem como um único representante nas Assembleias de Freguesia de Ermesinde e de Valongo, com todos os constrangimentos e limitações inerentes ao facto de ser apenas um.

Ainda assim foi possível o desempenho das funções de forma a cumprir os objetivos de fiscalização e de alerta para as decisões que se entendia serem contrárias aos interesses dos valonguenses, não deixando, no entanto, de votar favoravelmente sempre que as propostas, independentemente de onde vinham, eram favoráveis ao concelho.

O nosso trabalho, a nível local, foi valorizado pelos valonguenses, passando de 1693 para 6632 votos e de 4,2% para 13,67%. Em mandatos, passamos a ter um vereador, quatro deputados municipais (antes um) e nove representantes em Assembleias de Freguesia (antes dois), estando assim, o Chega, representado em todos os órgãos autárquicos. Sabemos que com este grande reforço de representação será possível, neste próximo mandato, responder às expetativas dos nossos eleitores e demonstrarmos que merecemos a confiança crescente de mais valonguenses».

PAN: «As Eleições Autárquicas de 2025 marcam o fim de uma caminhada feita de entrega, esperança e convicção. Apesar de não termos alcançado representação nos órgãos autárquicos, o PAN Valongo sente o orgulho de ter realizado uma campanha honesta, próxima das pessoas e centrada nas causas que nos movem: a habitação acessível, a proteção animal, a mobilidade sustentável e a agricultura local. Em cada freguesia, deixámos sementes de consciência ecológica, empatia e responsabilidade.

CDU: «Os resultados obtidos pela CDU nestas Eleições Autárquicas não espelham o reconhecimento merecido pelos nossos eleitos em vários órgãos autárquicos desenvolvido durante anos, apesar do trabalho sério, dedicado e coerente desenvolvido em nome da CDU. Apenas foi eleito um candidato da CDU para a Assembleia Municipal, ficando sem representação nas freguesias e no executivo da Câmara. Resultados que não espelham o facto de, desde sempre, estarmos presentes ao lado das populações. Trata-se da obtenção de um resultado negativo, na sequência do chamado “voto útil” — um falso voto útil entregue ao PS, que em nome do combate à direita, continuará a revelar-se, tal voto, como inútil. Não servirá a luta para o melhoramento das condições de vida dos trabalhadores e da população do concelho. É significativo para tais resultados, a desigualdade de meios utilizados na campanha eleitoral por cada força politica, utilizando verbas avultadas para conseguir os seus objetivos, sem se comprometerem com a população, através da evidência clara dos seus programas para o concelho e para cada freguesia para os próximos quatro anos. A CDU conhece bem os problemas concretos do concelho: Às dificuldades em aceder à habitação, as carências no acesso ao médico de família, a falta de espaços de lazer e recreio, o preço da água, a insuficiente limpeza e manutenção dos espaços públicos, o trânsito caótico, as escolas sem condições e a ausência de transportes coletivos eficazes, acresce, a precariedade do trabalho da nossa população, que maioritariamente, faz do concelho um dormitório. São realidades que continuam a penalizar quem vive e trabalha em Valongo, exigindo políticas locais mais justas e centradas no bem comum. Continuaremos a ser uma voz incómoda na Assembleia Municipal. Estaremos atentos à gestão da Câmara e das Juntas de Freguesia e exigiremos respostas concretas para com compromissos assumidos, na defesa dos interesses da população. Os resultados obtidos pela CDU, criando dificuldades na nossa ação, não limitam a nossa vontade em continuar a defender um melhor futuro para todos».

Iniciativa Liberal: «A maior vitória da Iniciativa Liberal de Valongo nestas autárquicas aconteceu antes mesmo do dia 12 de outubro: pela primeira vez, apresentámos uma candidatura completa a todos os órgãos autárquicos do concelho, incluindo assembleias de freguesia. Foi um enorme orgulho levar as ideias liberais a todos os boletins de voto de Alfena, Campo, Ermesinde, Sobrado e Valongo.

Assumimos que na freguesia de Valongo, o resultado ficou aquém do desejado, pois acreditávamos poder alcançar o mesmo que em Ermesinde. No entanto, só agora começa o verdadeiro trabalho liberal nas autarquias: com transparência, rigor e ambição, continuaremos a provar que Valongo só tem a ganhar com mais liberdade».

Bloco de Esquerda: «As recentes eleições autárquicas confirmaram uma tendência de crescimento da direita em Portugal. É um facto generalizado, que se expressou no concelho de Valongo, por uma maioria de votos à direita (PSD, IL, CHEGA), e pela concentração do voto esquerdista no PS. Apresentámos um conjunto de candidatos jovem e renovado, com várias caras novas. No entanto, o voto soberano dos cidadãos determinou que, no próximo ciclo legislativo local, o Bloco de Esquerda fica fora dos órgãos autárquicos. Assumimos o resultado negativo com a mesma humildade com que entrámos na campanha eleitoral. Reconhecemos a perda total dos nossos mandatos nos órgãos autárquicos, mas comprometemo-nos a continuar a nossa atividade junto das pessoas. Continuaremos aqui, agora e sempre, lutando pela dignidade de vida dos que aqui residem, na luta por mais habitação, um ambiente mais saudável e melhores condições de vida para os cidadãos da nossa terra.

Felicitamos os atuais autarcas, especialmente o novo presidente da Câmara Municipal de Valongo, Paulo Esteves Ferreira, e os presidentes das Juntas de Freguesia, Miguel de Oliveira, Ivo Vale Neves, Arnaldo Soares, José Manuel Carvalho e Ana Lourenço pelos seus resultados. Contudo, asseguramos desde já o nosso escrutínio constante e construtivo sobre o exercício do mandato que agora se inicia, guiados pela seriedade dos valores que nos movem em prol do coletivo do concelho.

Estaremos sempre presentes, por Mais Vozes, Mais Cores, Mais Valongo! Até já».