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Edição de 31-10-2025
Jornal Online

SECÇÃO: Destaque


ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2025

Dois regressos e duas novidades em cenários do passado

IVO VALE NEVES REGRESSA À JUNTA DE FREGUESIA DE VALONGO COM MAIORIA ABSOLUTA
IVO VALE NEVES REGRESSA À JUNTA DE FREGUESIA DE VALONGO COM MAIORIA ABSOLUTA
Dois regressos à cadeira da presidência e duas novidades em cenários antigos. Passemos a explicar. Em Alfena e Valongo as respetivas juntas de freguesia voltam a ser presididas por dois autarcas que já por lá passaram em mandatos anteriores. Na primeira freguesia, Arnaldo Soares venceu as eleições, destronando o anterior presidente da Junta, Luís Miguel Caetano, por uma diferença de 409 votos. Em termos percentuais o candidato independente somou 35,13% contra os 29,82% obtidos pelo candidato do PS. O movimento independente Unidos Por Alfena (UPA) regressa assim ao poder em Alfena, mas desta feita sem a maioria absoluta conquistada nos dois últimos mandatos (2013-2017 e 2017-2021) em que Arnaldo Soares esteve à frente da Junta. No novo mandato autárquico o movimento UPA terá cinco eleitos, os mesmos que o PS. Socialistas que em comparação com as eleições de há quatro anos perdem três eleitos.

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Longe dos dois candidatos mais votados, ficou Sérgio Sousa, da coligação AD, com 16,31%, praticamente metade da votação obtida pela coligação de direita em 2021, o que fez com que passasse de cinco para apenas dois eleitos. O último eleito da próxima Assembleia de Freguesia de Alfena foi conquistado pelo Chega, com 10,10%. Uma última nota relativamente a Alfena para relembrar a que sempre que foi a votos nesta freguesia, os UPA venceram. Este é o quinto ato eleitoral autárquico que desde 2005 os UPA concorrem.

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Outro regresso deu-se em Valongo, onde após um mandato de interregno (em que fez parte do executivo camarário) Ivo Vale Neves volta a ser o presidente da Junta e de novo com maioria absoluta. O candidato do PS somou 45,04% dos votos, conquistando 10 mandatos, o que lhe dá a maioria na constituição da nova Assembleia de Freguesia de Valongo (AFV). Ainda assim, e em comparação com as outras duas ocasiões em que foi eleito, este foi o ato eleitoral em que Ivo Vale Neves ficou abaixo da fasquia dos 50% de votos. Apesar de ter conquistado mais um eleito do que há quatro anos, a AD ficou longe do PS, ao somar 28,42%. Tal como em Ermesinde, o Chega triplica a sua representação na AFV, ao passar de um para três eleitos, face aos 12,59% de votos conquistados. E também à semelhança do que aconteceu em Ermesinde, BE e CDU ficam foram do mapa política da freguesia de Valongo, tendo ambas as forças partidárias ficado sem o eleito que cada uma conquistara há quatro anos. Para vermos tal cenário é preciso recuar até às eleições de 2009, altura em que bloquistas e comunistas não elegeram qualquer membro para a AFV. Em termos percentuais, o BE teve o seu segundo pior resultado na sede do concelho desde que concorre a Eleições Autárquicas, com 1,99%, sendo o partido menos votado. Pior cenário só em 2001, quando o Bloco somou 1,09%. Já a CDU também teve um resultado modesto, 2,88%, o pior resultado em Autárquicas nesta freguesia neste século. Bloquistas e comunistas foram, inclusive, ultrapassados pela IL nas intenções de voto dos valonguenses.

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Por sua vez, Campo e Sobrado voltaram a viver um cenário anterior ao ato eleitoral de 2013, isto é, voltaram a ir a votos de forma independente, após o processo de desagregação de freguesias ocorrido este ano. E nas duas freguesias a tradição ainda é o que era, isto é, em Sobrado continuam a mandar os de direita, e em Campo os de esquerda. Por outras palavras, na primeira freguesia a AD vence de forma esmagadora o PS, 50,68% da coligação de direita contra os 30,03% dos socialistas. Aliás, foi em Sobrado que a AD registou a sua melhor votação, quer para as assembleias de freguesias, quer para a CMV, quer para a AMV. Com maioria absoluta, Ana Lourenço será assim a primeira mulher a presidir a Junta de Freguesia de Sobrado, elegendo (para a assembleia de freguesia) oito eleitos, contra quatro do PS e um do Chega. Foi em Sobrado onde a luta entre social-democratas/populares e socialistas teve contornos mais distantes, isto é, a diferença percentual entre ambas as forças partidárias foi de mais de 20 pontos percentuais.

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Por seu turno, em Campo continua a reinar o PS, mas desta feita com uma pequena novidade: sem a companhia da CDU. Bastião comunista, no que concerne ao nosso concelho, Campo não terá no próximo mandato qualquer representante da coligação de esquerda na sua assembleia de freguesia, facto que atesta o mau resultado da CDU nestas eleições. O Chega conquistou o lugar da CDU na constituição da próxima assembleia de freguesia. Quanto à vitória essa foi do socialista José Manuel Carvalho, que com 48,76% dos votos é o novo presidente da Junta. Esta foi, aliás, votação mais alta que os socialistas registaram na eleição para todos os órgãos autárquicos do concelho. Com oito eleitos, o PS conquistou a maioria absoluta nesta freguesia, seguido da AD com quatro eleitos e do Chega com um. E por falar em maiorias absolutas, Campo, Sobrado e Valongo foram as três únicas freguesias onde os vencedores cantaram vitória com… a maioria no bolso.

No que concerne à taxa de abstenção na votação para as assembleias de freguesia, ela foi menor em Sobrado (33,08%) e mais elevada em Ermesinde (47,41%).

Por: MB

 

 

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