A criança no estabelecimento prisional
A literatura oferece perspetivas divergentes sobre o impacto do contato precoce da criança com o ambiente prisional. Alguns estudos destacam possíveis efeitos positivos e negativos dessa interação. Por outro lado, outros autores enfatizam que a criança não deve ser punida pela pena da mãe.
Permanecer com a mãe no estabelecimento prisional é visto como benéfico para evitar os efeitos negativos da separação. A falta de apoio emocional pode levar a sentimentos de rejeição e aumentar o risco de ansiedade na idade adulta. O afastamento da mãe, mesmo com cuidados de outras pessoas, pode causar stress na criança.
No entanto, a bibliografia também menciona os aspetos negativos do ambiente prisional, como o barulho, o contacto restrito com o mundo exterior e a escassez de serviços de saúde. Além disso, o contacto precoce com o ambiente prisional pode aumentar o risco de défices cognitivos, comportamento desviante e problemas académicos.
Com base nos dados apresentados, é possível concluir que o contacto precoce da criança com o ambiente prisional é um fenómeno complexo, multifacetado e que exige uma análise cuidadosa dos múltiplos fatores envolvidos. A literatura mostra-se dividida, revelando tanto os benefícios da permanência da criança junto à mãe, como forma de garantir o vínculo afetivo e estabilidade emocional, quanto os riscos significativos associados às condições adversas do ambiente prisional. A separação precoce pode desencadear sentimentos de abandono, insegurança e gerar consequências psicológicas duradouras, como apontam diversos autores. Por outro lado, a permanência em um espaço inadequado ao desenvolvimento infantil, como é com frequência o caso dos estabelecimentos prisionais, pode comprometer o bem-estar físico, emocional e cognitivo da criança, afetando inclusive o seu desempenho escolar e social no futuro.
Assim, impõe-se a necessidade de
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Íris Pinto*
*Psicóloga
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