UMA QUESTÃO DE SAÚDE
Acho que estou na menopausa: e agora?
Quantas vezes já ouvimos falar de menopausa em diversos contextos das nossas vidas? Quantas opiniões, relatos, vivências ouvimos? Mas será que estamos esclarecidos em relação ao tema?
A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que marca o fim dos períodos menstruais espontâneos e da fertilidade. É considerada oficial após 12 meses seguidos sem menstruação, sem qualquer interferência de fármacos com hormonas.
Este processo ocorre porque há uma redução na atividade dos ovários, deixando de ser libertados óvulos mensalmente e diminuindo a produção de algumas hormonas.
A menopausa costuma ocorrer entre os 45 e os 55 anos. Designa-se menopausa precoce se ocorre antes dos 45 anos, mas depois dos 40 anos, e tardia se ocorre depois dos 54 anos. Em casos em que ocorre antes dos 40 anos, tem o nome de insuficiência ovárica prematura. Menopausa iatrogénica diz respeito à que é consequente a intervenções médicas, como quimio ou radioterapia e ooforectomia (cirurgia de remoção dos ovários), podendo neste último caso designar-se menopausa cirúrgica.
Antes da menopausa propriamente dita, existe um período chamado de transição menopáusica, no qual se iniciam irregularidades do ciclo menstrual e que tem duração variável. Designa-se por perimenopausa o período que compreende a transição menopáusica e o primeiro ano após a menopausa.
Apesar de ser um processo biológico natural, as alterações hormonais associadas à menopausa podem desencadear inúmeros sintomas nas mulheres que, dependendo da sua intensidade, podem ter grande impacto na qualidade de vida das mesmas.
Cada mulher vive a menopausa de forma diferente, mas alguns sintomas são comuns e precoces, podendo iniciar-se nos anos prévios à menopausa:
- Perturbações vasomotoras, conhecidas como afrontamentos (ondas de calor súbitas) e suores, são as queixas mais comuns, afetando 60-80% das mulheres. Geralmente fazem-se sentir mais na metade superior do corpo, podendo ser acompanhadas por outros sintomas como aumento da frequência cardíaca e até vertigens. Não são controláveis nem previsíveis.
- Perturbações genito-urinárias ocorrem em consequência da atrofia da mucosa vaginal que pode provocar secura, irritação local, dores nas relações, queixas de urgência urinária e maior tendência para infeções urinárias. Este quadro pode reduzir a libido da mulher.
- Perturbações psicológicas que incluem alterações do sono, sintomas depressivos, alterações na memória e na capacidade de concentração.
Os sintomas mais tardios da menopausa ocorrem a nível multissistémico, com o aumento de eventos cardiovasculares como acidentes vasculares cerebrais e enfarte agudo do miocárdio, aumento de queixas osteoarticulares e da incidência de osteoporose, perda de elasticidade cutânea, entre muitos outros.
O diagnóstico da menopausa é clínico, baseado na ausência de menstruação durante 12 meses consecutivos. Análises com doseamentos hormonais têm um valor limitado, mas podem ser importantes em casos específicos.
Para muitas mulheres não é necessário nenhum tratamento, ou porque os sintomas acabam por desaparecer ou porque não têm grande impacto na sua qualidade de vida.
Em casos em que os sintomas são mais intensos ou impactam a qualidade de vida das mulheres, há algumas opções para controlar os mesmos:
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*Telma Lopes - Médica Especialista de Medicina Geral e Familiar, UCSP Matosinhos - Unidade Local de Saúde de Matosinhos
*Catarina Rebelo - Médica de Família em Dublin (República da Irlanda)
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