Nada acontece por acaso
Quando o mundo começa a encolher e fica menos redondo, somos confrontados com lindas histórias, com mimos que vêm adoçar o azedo que infiltra períodos já trágicos, da nossa vivência.
E como nada acontece por acaso, num 8 de março de um ano já transato, o Dia da Mulher, levantei-me por volta das 9 horas, servi o pequeno almoço ao doente e decidi caminhar sem grande destino já que era imperativo que a minha ausência fosse curta.
Entretanto, enquanto percorria a rua de Costa Cabral, reparei na florista já aberta. É aí que em ocasiões diversas adquiro aqueles mimosos raminhos de flores com que presenteio os meus Amigos e Família. Decidi comprar um bouquet e oferecê-lo a mim própria, afinal era o meu dia e deveria autocelebrar o meu merecido estatuto de mulher.
Foi então que tudo se desenrolou, uma verdadeira história de amor.
Um rapaz rondando os 40 anos, asseado, provavelmente um filho do infortúnio, pediu à dona da loja uma Rosa Vermelha especial e muito bonita para oferecer à sua filhinha, que não via há 16 anos, agora uma mulher a quem não queria desiludir.
Com ar temeroso, sua voz e olhar irradiando amor disse: por favor, não quero essa, mas sim aquela mais viçosa e vermelhinha.
Balbuciou em voz apagada quanto custa? Naquele balbuciar percebi muita coisa.
A florista, mulher meiga e afável informou o valor da rosa, 2 euros, enfeitou carinhosamente o seu pé, colocando um precioso laço brilhante, esse também encarnado.
O homem olhou embebecido, voltando a dizer: sabe é a primeira vez que vou conhecer a minha filha. A ansiedade tomou conta do seu rosto, da sua voz trémula. Puxando pelo porta-moedas, abriu-o. Tirou uma nota de 10 euros, a única existente, olhando para ela demoradamente.
Emocionada disse-lhe: não troque a nota, deixe que lhe pague a rosa, é um prazer. Desejo - lhe um encontro onde a fada boa não lhe falte e todos os seus sonhos se concretizem à roda dessa nova flor.
Sem hesitar pediu um papel à florista dizendo:
(...)
leia este artigo na íntegra na edição impressa.
Nota: Desde há algum tempo que o jornal "A Voz de Ermesinde" permite aos seus leitores a opção pela edição digital do jornal. Trata-se de uma opção bastante mais acessível, 6,50 euros por ano, o que dá direito a receber, pontualmente, via e-mail a edição completa (igual à edição impressa, página a página, e diferente do jornal online) em formato PDF. Se esta for a sua escolha, efetue o pagamento (de acordo com as mesmas orientações existentes na assinatura do jornal impresso) e envie para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o nome, o NIF e o seu endereço eletrónico para lhe serem enviadas ao longo do ano, por e-mail, as 12 edições do jornal em PDF.
Mas se preferir a edição em papel receba comodamente o Jornal em sua casa pelo período de 1 ano (12 números) pela quantia de 13,00 euros.
Em ambos os casos o NIB para a transferência é o seguinte: 0036 0090 99100069476 62
Posteriormente deverá enviar para o nosso endereço eletrónico ([email protected]) o comprovativo de pagamento, o seu nome, a sua morada e o NIF.
Por:
Eugénia Ascensão
|