CORREIO DO LEITOR
Meditação
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Quem me vê caminhar solitário pelas zonas nobres da nossa cidade, ficará a pensar que esta alma penada parece desligada das coisas belas e outras menos agradáveis que proliferem na nossa cidade. Pois se pudessem entrar no redemoinho das minhas meditações logo poderiam mudar as suas análises, pois do imenso que nos prende, ou fazem prender a atenção, esta pérola que se passa no Parque Urbano há tempos que me chamou à atenção e me faz meditar. Numa analogia com a surpresa das eleições do dia 18, com surpresas para todos gostos e desgostos, nas minhas meditações mais uma desagradável analogia. Este partido radical, que a democracia levou ao colo quase para a cadeira do poder, tem como lema embirrar com os nossos irmãos ciganos e de certo modo, a escala de imigrantes. Por analogia no Parque Urbano, também verifico a radicalidade de duas etnias, gaivotas e pombos, que muitos idiotas contrariando a lei alimentam a pão fresco, regueifa, milho, biscoitos de gatos, etc. Como mostra a foto, também aqui existe a forte discriminização, ou seja, antes de haver gaivotas, os pombos eram donos e senhores da bela piscina aquática ali existente. Porém, o número de gaivotas aumentou e os pombinhos foram sendo escorraçados do seu pelouro e banhinhos matinais, já de longa data. Resumindo a analogia, se o partido radical não gosta dos ciganos nossos irmãos, aqui as gaivotas não gostam de pombos. E não só os escorraçam do velho habitat, como, e já presenciei, na Gandra, no cemitério n.º1 e junto aos bombeiros, ver estas radicalistas a comer pombos por elas mortos. Mas preocupante é que ninguém faz nada. Estas aves são um perigo público, derivado às doenças que transportam. Li, vai pouco tempo, no Jornal de Notícias que foram encontradas gaivotas mortas em Ílhavo e Aveiro contaminadas com a doença da gripe das aves. E no cemitério n. º1 de Ermesinde um casal (de 63 e 68 anos) e outro casal no cemitério de Alfena faleceram devido à doença CRIPTOCOSE, ou CRYPTOCOCOCCUS, (ver Internet) transmitida pelos pombos (estas doenças não escolhem classes). No possível, fica o alerta para as entidades responsáveis tomarem medidas, e se preocuparem um pouco mais com a saúde pública. Sei que não é fácil, mas tentar não custa e evitar que tanto irresponsável ande descaradamente alimentando quem amanhã lhes pode provocar muito sofrimento, ou serem vítimas da sua negligência.
João Dias Carrilho: C.C. n.º 454502
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