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NOTICIAS DA UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE

Adufeiras da USE atuaram em Maçãs de D. Maria

Professor Manuel Friães e as Adufeiras da USE

Esse motivo esteve na base de um convite da autarquia local para que o nosso presidente da Direção e professor de História Contemporânea, Manuel Augusto Dias, proferisse uma palestra sobre esse tema.

Ficou agendada para o passado dia 20 de novembro de 2022, e como a Universidade Sénior de Ermesinde se encarregou da animação musical, levou o seu grupo de Adufeiras e aproveitou para fazer uma visita àquele concelho do centro do país.

Chegados a Alvaiázere, pouco depois das 10h, visitámos a Igreja matriz, templo consagrado a Santa Maria Madalena, construído na segunda metade do século XVI, pensa-se que pela direção do grande arquiteto do séc. XVI, João de Castilho. Apreciámos a particularidade de uma tela na Capela Mor, com a Última Ceia, mas em volta de uma mesa redonda. E no adro da igreja, tivemos oportunidade de apreciar o Coreto de Alvaiázere, inaugurado a 24 de junho de 1929, que é um bom exemplo do típico coreto dos anos trinta do século XX.

Após uma pequena caminhada por algumas ruas da vila, fomos conhecer o Museu Municipal, que tem um papel muito importante na preservação e divulgação da identidade alvaiazerense. Dá-nos a conhecer a história desta povoação.

Tem duas exposições permanentes: “Tempo, Espaço e Memória” onde podemos apreciar os ofícios tradicionais até ao século XX, do concelho de Alvaiázere; e “Conduzidos pelo Tempo” Arqueologia do concelho de Alvaiázere, que representa a ocupação deste território deste o Paleolítico até à Idade Média. Apreciámos alguns artefactos encontrados nas escavações. É de realçar que foi na ocupação romana que surgiu a tradição do chícharo.

No museu podemos ainda apreciar exposições temporárias como: relógios de bolso (com 127 exemplares de diferentes proveniências, sendo o maior número originário da Suíça).

Há ainda outra exposição Trajos que contam histórias, que nos mostra peças de roupa tradicionais dos diferentes países para onde se deslocaram (emigraram) os seus habitantes. Vimos ainda as malas utilizadas nas deslocações, cartas manuscritas documentos de identificação...

Ainda neste museu, há outra exposição temporária que nos remete para os primórdios das bicicletas, motorizadas, “sidecars”.

Após esta visita foi a hora do almoço, onde pudemos provar os chícharos (Alvaiázere é a capital desta leguminosa), no fim do qual seguimos para Maçãs de D. Maria, freguesia do município de Alvaiázere. Deve o seu nome ao facto de ter pertencido a D. Maria Pais Ribeiro, a famosa “Ribeirinha” que foi amante de D. Sancho I de Portugal, que lha doou.

No auditório da Junta de Freguesia procedeu-se à comemoração dos 508 anos do Foral Manuelino tendo atuado, com grande brilhantismo, antes e depois da palestra “os forais de Maçãs de Dona Maria” proferida por Manuel Augusto Dias, o grupo das Adufeiras da Universidade Sénior de Ermesinde, dirigidos pelo professor Manuel Friães. Seguiu-se um bem servido lanche aos visitantes, servido pela Junta de Freguesia de Maçãs de D. Maria e, no final, foi oferecido um magusto.

Manuela Meireles