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Edição de 29-02-2024
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    Arquivo: Edição de 30-06-2022

    SECÇÃO: Opinião


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    Do Macaco ao Homem? Talvez não (2.ª parte)

    OS MAMÍFEROS E OS PRIMATAS

    A ciência que estuda a evolução dos Seres Vivos ao longo do tempo chama-se Paleontologia. Este estudo envolve biólogos e geólogos, entre outros, pois é feito sobre os vestígios que esses Seres Vivos deixaram nas rochas, nomeadamente nas rochas sedimentares.

    Assim, o paleontólogo estuda o registo fóssil. Sem fósseis não há ciência, só poderá haver especulação. E muitas vezes essa especulação baseia-se em preconceitos e não em ciência propriamente dita. Dá-se como exemplo a ideia de que o Homem de Neanderthal seria menos inteligente do que o Homo sapiens e, por isso, teria sido extinto por este, quando o registo fóssil diz uma coisa diferente. Mas sobre isso falaremos noutro artigo.

    Ao registo fóssil encontrado nas rochas juntam-se outros registos que vieram ajudar o estudo dos nossos antepassados. Fala-se concretamente dos estudos do ADN (informação genética) e do ADN mitocondrial, que podem ser colhidos nesses fósseis. Sobre este último diz-se que o ADN mitocondrial é o ADN das mitocôndrias. As mitocôndrias são organelos celulares que se julga em tempos terem sido bactérias independentes. Teriam colonizado outras células e o benefício foi mútuo, pelo que esta simbiose dura até ao presente. As mitocôndrias passam duma geração para a seguinte por via exclusivamente materna. O pai não transmite as suas mitocôndrias à geração seguinte. Pelo que as nossas mitocôndrias nos foram dadas exclusivamente pela nossa mãe. A razão deste fenómeno ultrapassa o âmbito que se deseja para este artigo.

    Aspeto que teria um Cinodonte, de acordo com o registo fóssil
    Aspeto que teria um Cinodonte, de acordo com o registo fóssil
    Hoje tentar-se-á estudar o que se pensa que foi a evolução dos mamíferos até ao aparecimento da primeira linhagem que teria dado origem aos Seres Humanos.

    No estudo da Paleontologia nada é definitivo. Os vestígios são muito escassos e só permitem elaborar uma teoria sobre o que teria acontecido. Pelo que muitas vezes o que se disse ontem já não tem validade hoje. Não haverá forma de termos certezas absolutas.

    Percorrendo os estratos sedimentares vão-se recolhendo vestígios fósseis que se podem datar, recorrendo a vários métodos. Depois de estudados esses vestígios, vão-se agrupando através da taxonomia e estuda-se o possível parentesco entre eles.

    O primeiro fóssil encontrado que pode corresponder à linhagem que deu origem aos mamíferos foi o de um animal a que os paleontólogos atribuíram o nome de “Cinodonte”, animal semelhante a um réptil, mas já com algumas caraterísticas que mais tarde seriam próprias dos mamíferos, mantendo outras caraterísticas próprias dos répteis. Esses animais viveram no final da era Paleozoica, portanto, há cerca de duzentos e cinquenta milhões de anos, e sobreviveram à catástrofe que lhe pôs fim. Pelo que fizeram a transição para a era Mesozoica e conviveram com os dinossauros.

    Reconstituição dum Morganucodon watsoni de acordo com o registo fóssil
    Reconstituição dum Morganucodon watsoni de acordo com o registo fóssil
    O primeiro fóssil com caraterísticas mais completas de mamífero correspondeu a um animal semelhante a uma doninha a que foi atribuído o nome de Morganucodon watsoni e viveu há cerca de duzentos milhões de anos.

    Estes animais não evoluíram muito durante a era mesozoica, pois tinham a formidável competição dos grandes répteis – os dinossauros. Mantiveram-se sempre furtivos e noturnos.

    A era Mesozoica terminou com estrondo, provavelmente com um gigantesco meteorito que atingiu a Terra na região correspondente hoje ao Golfo do México. Esta catástrofe cósmica teria levantado tal quantidade de poeira que envolveu o planeta num longo inverno e matou a maior parte dos animais e plantas então existentes.

    Mas os pequenos mamíferos sobreviveram. E o desaparecimento dos grandes répteis permitiu que este grupo animal se desenvolvesse e tivesse dado origem a animais tão diversos quanto uma baleia ou um rato pigmeu.

    Entramos, portanto, na era Cenozoica, a nossa Era.

    Não existe muito registo fóssil da linhagem que deu origem aos primatas, pelo que muito do que se julga saber foi construído sobre vestígios muito escassos e, por isso, sujeitos a variadas interpretações e muitas controvérsias. Mas julga-se que o primeiro arquiprimata (primata antigo) teria sido um animal arborícola semelhante a um esquilo. Os primeiros fósseis genuinamente primatas teriam correspondido a animais que viveram há cerca de cinquenta a sessenta milhões de anos e eram animais tipicamente arborícolas com muitas das caraterísticas que acompanham a Ordem até aos nossos dias: cérebro grande em comparação ao tamanho corporal, sistema visual complexo, com olhos grandes dirigidos para a frente, o que permite a visão binocular estereoscópica (tridimensional),

    (...)

    leia este artigo na íntegra na edição impressa.

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    José campos Garcia*

    *Médico

     

     

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