Grupo de teatro “Os Casquinhas” estreou a peça “O Convite Dourado” no Fórum Cultural de Ermesinde
No passado dia 26 de junho, o grupo de teatro “Os Casquinhas”, da Associação Académica e Cultural de Ermesinde (AACE), levou ao Fórum Cultural da nossa cidade, a peça “o Convite Dourado”, uma adaptação de Gabriel Pinto e Bárbara Braz do clássico infantil “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, do autor britânico Roald Dahl e com a encenação de Soraia Larassou.
“Convite Dourado” conta a história de Charlie, um menino pobre que, é galardoado com um convite para visitar a famosa fábrica de chocolate do excêntrico proprietário funileiro Willy Wonka. A peça conta com a colaboração do grupo Arte Im Anjos, que intercedeu através de momentos musicais.
A fábrica de Wonka não recebia visitas há uma série de anos e para mudar essa situação, o confeiteiro decidiu promover um concurso mundial para escolher o próximo herdeiro do seu património de chocolate. Durante a narrativa, conhecemos Charlie, um menino de um extrato social baixo, que vive com a mãe viúva e com os seus quatro avós acamados.
Ao longo da representação vamos conhecendo as crianças que são contempladas com os convites, a primeira criança a ganhar o bilhete dá pelo nome de Augusto e anuncia que come muitas barras de chocolate por dia.
Já a segunda a ser premiada, chama-se Veruca Sal, uma menina rica, mimada de carácter caprichoso, e com algumas atitudes inapropriadas com o pai, depois, a terceira a Violeta Chatachicla tem como hábito mascar muitas chicletes e já ganhou mais de 200 troféus e mantém um recorde mundial da arte de mascar chiclete.
O outro contemplado chama-se Miguel Teeve e é um metediço, mal-humorado, viciado em televisão e videojogos. Este é um dos personagens que não mostra interesse pelo convite dourado que recebeu.
Com o avançar da história é anunciado que o quinto convite tinha sido achado no Paraguai, mas depois, confirmou-se que se tratava de um falso alarme. É nesse momento, que Charlie é presenteado com a sorte e encontra o último convite dourado, sendo abordado por uma mulher para o dar em troca de dinheiro. O dono da loja a quem Charlie comprou a barra de chocolate intercede a favor da criança e faz com que a interesseira o deixe em paz.
Charlie chega a casa e anuncia que ganhou o convite, e o avô Joe diz que o acompanha até à fábrica. No dia seguinte, lá estão todos os vencedores acompanhados pelos pais, que antes de entrarem têm de assinar um longo e extenso contrato.
No interior da fábrica, as crianças e os pais conhecem Willy Wonka e os seus estranhos empregados. Dentro da fábrica, cada criança egoísta recebe um castigo e uma música composta pelos funcionários do confeiteiro. Cada castigo é uma punição pelos seus atos egoístas.
O primeiro a sair é Augusto que na sala dos chocolates, cai num rio de chocolates e é sugado por um cano. Já na sala de invenções, todos recebem uma Everlasting Gobstopper, uma chiclete experimental que contém uma refeição completa, ignorando os avisos do anfitrião, Violeta começa a mascar a invenção e transforma-se numa amora gigante. O grupo alcança a sala de bebidas efervescentes, onde Charlie e o avô Joe ignoram os avisos do Wonka e não cumprem com o contrato que assinaram.
Já na sala dos ovos dourados, Veruca fascinada pelos gansos, ordena que lhe deem um, mas, acaba por cair numa calha de lixo. O grupo alcança outra sala, onde testa a Wonka’s Wonkavision, nesse momento, Miguel resolve teletransportar-se a si mesmo, sendo reduzido a uma pessoa com poucos centímetros de altura.
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De todos, só sobram Charlie e o avô, que vão reclamar o prémio, mas Wonka, revela que eles não ganharam, pois, violaram o contrato que assinaram. Enfurecido, o avô sugere a Charlie que partilhe uma amostra do Gobstopper com o Sr. Slugworth, mas o menino recusa e aí, num ato de desprendimento, Wonka declara Charlie vencedor e revela que Slugworth é na verdade um empregado contratado para testar a moralidade dos candidatos, e que Charlie foi a única criança a passar no teste. Depois, os três entram no Wonkavator, um elevador de vidro multi-direcional e voam para fora da fábrica. Nessa viagem, Wonka revela que o prémio real é a fábrica inteira e que criou a competição para encontrar um herdeiro que merecesse continuar o seu legado.
O confeiteiro revela ainda que Charlie e a sua família se podem mudar imediatamente para a fábrica, e pede a Charlie para nunca se esquecer do homem que de repente ganhou tudo o que sempre quis. A criança acaba por perguntar: “o que aconteceu” e Wonka responde: “ele viveu feliz para sempre.”
Nas palavras da encenadora, Soraia Larassou, a ideia para este projeto nasceu na Feira do Chocolate e do Livro de Alfena. “Estar presente na Feira do Chocolate e do Livro em Alfena fez-me lembrar a Fantástica Fábrica de Chocolate e principalmente os valores que a história nos traz. Resolvi desafiar-me a seguir em frente com o texto, contando com a ajuda do Gabriel Pinto e dos pais e mães dos Casquinhas».
Este projeto final d’ Os Casquinhas” contou com 21 atores, sendo que 11 fizeram a sua estreia.
Por:
Diogo Moreira
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