COVID-19 - Situação em Portugal, no concelho e no mundo (dados de 10/09/2021)
Temos, finalmente, razões para sorrir. Todos os indicadores desta pandemia tendem para “o lado bom”. Baixa o número de Doentes Ativos. Baixa o número de Novos Doentes por Milhão de Habitantes. Tanto o Índice de Transmissibilidade da DGS como o nosso Fator de Crescimento a Sete Dias estão abaixo do valor de 1. Baixa o número de doentes internados. E tanto a Taxa de Letalidade da Covid-19 como o número absoluto de pessoas falecidas por Covid-19 baixam.
No dia 10 de setembro a situação era a seguinte:
- Índice de Transmissibilidade (DGS) para o território nacional – 0,87
- Índice de Transmissibilidade (DGS) para o Continente – 0,87
- Fator de Crescimento (nosso cálculo) - 0,95 (embora com tendência para subir)
- Incidência (DGS) para o território nacional – 440,7 casos
- Incidência (DGS) para o continente – 447,9 casos
Mas, apesar destes números, ainda não podemos declarar a guerra ganha. Há que continuar a tomar as devidas providências. A vacinação em massa ajudou muito a inverter a tendência da pandemia. Mas mesmo a vacinação não evita por completo a doença. E, infelizmente, algumas pessoas vacinadas irão contrair a doença e eventualmente irão sucumbir. Mas serão muito menos do que seriam se não houvesse vacinas…
Observa-se neste gráfico a evolução do número diário de Novos Casos, em clara descida, como mostra a Linha de Tendência (a ponteado).
Igualmente, a tendência do Fator de Crescimento é francamente descendente. Ou seja, a pandemia continua a crescer, mas a um ritmo mais lento. Esta tendência já levou à regressão da pandemia.
O número de doentes internados baixa sustentadamente e tudo indica que a situação se vai manter, pelo menos nos próximos dias.
No distrito de Porto houve uma nítida melhoria da situação, com a única exceção do concelho de Paços de Ferreira. E mesmo neste concelho, o agravamento foi ligeiro. Apresenta-se, para comparação, a situação no concelho de Lisboa (a capital da Nação) e no concelho de Lagos (como mera referência duma região altamente exposta ao contágio). Em ambos os concelhos a situação está pior do que na generalidade dos concelhos do distrito do Porto.
Não se podem apresentar os habituais gráficos comparativos das situações em alguns países europeus, porque a nossa fonte deixou de publicar os respetivos dados. Mas pelos dados disponíveis verifica-se que Portugal, tanto em termos de Incidência como de Taxa de Letalidade, se encontra abaixo dos nossos principais congéneres europeus.
Para terminar, vale a pena repetir o apelo.
A DGS aliviou muito as regras de higiene e comportamento, nomeadamente o uso de máscara, a lotação de recintos públicos, etc. Mas a pandemia, embora controlada, não está vencida. E continua a depender inteiramente de nós manter esta tendência descendente que muito nos faz sorrir.
NÃO SE DESCUIDE
José Campos Garcia*
*Médico
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